TJMA - 0802373-79.2023.8.10.0108
1ª instância - Vara Unica de Pindare-Mirim
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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15/05/2025 15:01
Arquivado Definitivamente
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15/03/2025 00:34
Decorrido prazo de LARISSA SENTO SE ROSSI em 07/03/2025 23:59.
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15/03/2025 00:34
Decorrido prazo de ROBERTO DOREA PESSOA em 07/03/2025 23:59.
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15/03/2025 00:34
Decorrido prazo de FABIO ROBERTO AMORIM DE ARAUJO em 07/03/2025 23:59.
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10/02/2025 15:31
Publicado Intimação em 10/02/2025.
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10/02/2025 15:31
Publicado Intimação em 10/02/2025.
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10/02/2025 15:31
Publicado Intimação em 10/02/2025.
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10/02/2025 15:31
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 07/02/2025
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10/02/2025 15:31
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 07/02/2025
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10/02/2025 15:31
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 07/02/2025
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06/02/2025 15:05
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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06/02/2025 15:05
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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06/02/2025 15:05
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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06/02/2025 15:03
Ato ordinatório praticado
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30/01/2025 14:03
Recebidos os autos
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30/01/2025 14:03
Juntada de despacho
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09/10/2024 11:52
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para a Turma Recursal
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27/06/2024 15:01
Juntada de contrarrazões
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19/06/2024 00:17
Publicado Intimação em 19/06/2024.
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19/06/2024 00:17
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/06/2024
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17/06/2024 08:42
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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28/05/2024 17:06
Recebido o recurso Sem efeito suspensivo
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17/05/2024 17:54
Conclusos para decisão
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30/01/2024 21:05
Decorrido prazo de LARISSA SENTO SE ROSSI em 22/01/2024 23:59.
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22/01/2024 17:28
Juntada de recurso inominado
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29/11/2023 03:58
Publicado Intimação em 28/11/2023.
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29/11/2023 03:58
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 27/11/2023
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29/11/2023 03:58
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 27/11/2023
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27/11/2023 00:00
Intimação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO VARA ÚNICA DA COMARCA DE PINDARÉ-MIRIM Endereço: Rua da Palmeira, s/n, Fórum Des.
Orestes Mourão, Centro, Pindaré-Mirim/MA - CEP: 65370-000 E-mail: [email protected] Telefone/WhatsApp: (98) 3654-2245 Processo: 0802373-79.2023.8.10.0108 Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Requerente: DEUSAMAR SILVA ANDRADE Requerido: BANCO BRADESCO S.A.
SENTENÇA I – RELATÓRIO Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL proposta por DEUSAMAR SILVA ANDRADE contra BANCO BRADESCO S.A., ambos qualificados na peça portal.
O requerente alega, em síntese, que está sofrendo prejuízos em razão dos descontos realizados em sua conta bancária, referentes a empréstimo consignado sob o nº 0123371974152 que segundo a parte postulante não contratou.
Inicial anunciando descontos mensais na conta bancária da parte autora, embora a parte autora alegue não ter contratado tal serviço.
Citado, o requerido apresentou contestação, requerendo a improcedência dos pedidos.
Na sequência, sobreveio réplica da parte autora.
Vieram os autos conclusos. É o relatório.
Decido.
II – DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE Conforme disposto no art. 355 do Código de Processo Civil, “O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I – não houver necessidade de produção de outras provas”.
Aliás, a própria jurisprudência pátria é uníssona no sentido de que, em casos dessa natureza, deve a causa ser decidida de plano pelo magistrado, sem uma dilação probatória.
Nesse sentido, eis o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, litteris: Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa é dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder. (STJ – Resp 2.832.
RJ.
Relator: Min.
Sálvio de Figueiredo).
Diante disto, verifica-se que a presente controvérsia discute matéria unicamente de direito, sendo cabível julgamento antecipado da lide.
Este se caracteriza em procedimento ajustado à estreiteza do conflito de ordem fática e de direito, quando o dado fenômeno a ser provado aparece de forma evidente, indiscutível, à margem de qualquer dúvida para a cognição do magistrado.
III – MÉRITO Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito, com indenização por danos materiais e morais, na qual a parte requerente alega que foram realizados empréstimos consignados em seu nome junto ao banco requerido, que nega ter contraído, em virtude do qual vêm sendo descontadas parcelas em seu benefício previdenciário.
Com efeito, o banco requerido, em sua contestação, logrou êxito em comprovar a existência dos débitos, pois juntou o contrato de nº 0123371974152, referente ao empréstimo contratado pela parte requerente nos quais demonstram a existência de relação jurídica.
Em que pese a irresignação da parte autora, não há prova dos descontos em duplicidade.
Explico.
No histórico de consignações do INSS, observa-se que consta o contrato referente ao empréstimo consignado número nº 012337197415 2, no valor total de R$ 14.627,52, dividido em 72 parcelas de R$ 203,16.
Consta ainda informação do valor liberado: R$ 7.343,53.
Pois bem.
Analisando o contrato juntado à contestação, consta o contrato de nº 371974152, com final idêntico àquele do histórico do INSS, havendo diferença somente quanto ao prefixo "0123", presente em todos os demais contratos elaborados pelo Bradesco.
Portanto, trata-se do mesmo negócio jurídico.
Além disso, o valor liberado e o valor das parcelas são os mesmo.
Quanto ao valor de R$ 14.627,52, este representa apenas a multiplicação das parcelas (72x) pelo valor mensal da prestação (R$ 203,16), ou seja, ao custo efetivo da operação.
O autor também argumenta que os descontos foram realizados na conta bancária, a título de empréstimo pessoal.
Porém, tal alegação também não prospera.
No caso, a parte autora possuía um empréstimo anterior, de nº 3479407907, este sim, contratado na modalidade pessoal, também com parcelas de R$ 203,00.
Esse empréstimo, no entanto, no ano de 2019, foi objeto de refinanciamento, sendo excluído justamente por força da contratação do empréstimo nº 371974152.
De mais a mais, os extratos juntados pela parte autora são do ano de 2018, quando ainda estava vigente o contrato nº 3479407907, antes, portanto, do refinanciamento, de modo que não ocorreu a apontada duplicidade de descontos.
Nesse diapasão, tenho por certo que o banco requerido cumpriu com seu ônus probatório, tanto à luz do direito comum (art. 373, II, CPC) como em face da legislação consumerista (art. 6º, VIII, CDC), ao demonstrar a regular contratação dos referidos empréstimos através dos contratos juntados, onde há assinatura da parte autora aquiescendo com os termos lá determinados.
Embora o autor tenha alegado que não recebeu o valor do empréstimo, competia-lhe o dever de colaborar com a justiça (art. 6º, CPC) e fazer a juntada do seu extrato bancário, contudo, assim não procedeu.
Saliente-se que este foi o entendimento consignado pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão em sede do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – IRDR nº 53983/2016, o qual, foi julgado em 12 de setembro de 2018.
Portanto, há de prevalecer no caso em análise, a força obrigacional dos contratos e, portanto, deve ser observado o princípio pacta sunt servanda ao contrato em litígio, uma vez que a parte autora conscientemente firmou contrato de empréstimo consignado com o banco requerido, como provado nos autos.
Nessa quadra, a pretensão declaratória de inexigibilidade do empréstimo aqui deduzida, vinculada à causa de pedir apontada na inicial, não encontra supedâneo fático probatório, pelo que improcede.
E, sendo assim tão pouco há de se levar em conta o pedido de repetição do indébito, tendo em vista que o débito aqui discutido não caracteriza cobrança abusiva, mas sim exercício regular do direito creditício do Banco Requerido.
De igual modo, também não considero viável a pretensão indenizatória.
As premissas legais estabelecem como elementos necessários à responsabilidade civil a prática de um ato ilícito (ou defeito no fornecimento de serviço ou produto), um dano decorrente de tal ato, a culpa (podendo esta ser dispensada em caso de responsabilidade civil objetiva) e o nexo de causalidade entre o ato ilícito e o dano, sendo certo que a ausência de quaisquer deles implica na ausência do dever de indenizar.
Em conclusão, se não houve demonstração do nexo de causalidade entre os fatos apontados na inicial pela requerente e o alegado dano suportado, não há a caracterização da responsabilidade civil e, por via de consequência, não há que se falar em indenização.
Indo adiante, passo a analisar a possibilidade de aplicação da multa por litigância de má-fé.
Nesse ponto, cumpre destacar que o parâmetro de boa-fé adotado pelo CPC é o objetivo.
Assim, não cabe ao julgador fazer uma análise subjetiva do comportamento da parte, isto é, aferir se houve intenção de enganar o juízo, mas tão somente verificar se a sua conduta corresponde ao padrão razoavelmente esperado.
Fatores esses que dispensam a instauração de procedimento próprio.
Nesse sentido, destaco a doutrina de Fredie Didier Júnior: O inciso II do art. 14 do CPC brasileiro não está relacionado com a boa-fé subjetiva, à intenção do sujeito processual: trata-se de norma que impõe condutas em conformidade com a boa-fé objetivamente considerada, independentemente da existência de boas oumás intenções. (Curso de Direito Processual Civil.
Salvador: Editora Juspodium, 2013. vol. 1, p. 70-71.
Grifo nosso) Na hipótese, a parte autora afirmou na peça vestibular que o empréstimo existente junto ao banco requerido era indevido.
Todavia, como já destacado, a parte requerida comprovou a existência da relação jurídica entre as partes e apresentou o contrato assinado pela parte autora.
Assim, em uma análise objetiva, verifico que o requerente alterou a verdade dos fatos, na tentativa de induzir a erro o julgador.
Tal conduta, nos termos do artigo 80, inciso II, do NCPC, enquadra-se perfeitamente como litigância de má-fé.
Nesse sentido, os seguintes julgados: AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANO MORAL – CONTRATO DEVIDAMENTE ASSINADO – ÔNUS DA PROVA – DANO MORAL – NÃO CONFIGURADO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
Deve ser mantida a condenação em litigância de má-fé cominada, quando a parte altera a verdade dos fatos, negando a existência da relação jurídica e os débitos devidamente comprovados pela parte adversa. (TJ-MT 10288843520208110003 MT, Relator: CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, Data de Julgamento: 22/06/2022, Terceira Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 23/06/2022) APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C DANO MORAL –EMPRÉSTIMO – CONTRATO ASSINADO APELANTE - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – DESNECESSIDADE DE PROCEDIEMENTO PRÓPRIO PARA APURAR A MÁ-FÉ DA PARTE – MULTA CABÍVEL 1 - Em sua defesa, a apelada sustentou a existência de relação jurídica entre as partes e apresentou dados referentes à dívida do recorrente, anexando, inclusive, documento com sua assinatura. 2 – A apelante alterou a verdade dos fatos na tentativa de induzir a erro o julgador, sendo que tal conduta, nos termos do artigo 80, inciso II, do NCPC, enquadra-se perfeitamente como litigância de má-fé.
RECURSO DESPROVIDO.
DECISÃO UNÂNIME. (Apelação Cível nº 201900830005 nº único0015608-04.2019.8.25.0001 - 2ª CÂMARA CÍVEL, Tribunal de Justiça de Sergipe - Relator (a): José dos Anjos - Julgado em 16/12/2019 (TJ-SE - AC: 00156080420198250001, Relator: José dos Anjos, Data de Julgamento: 16/12/2019, 2ª CÂMARA CÍVEL) Logo, na espécie, a má-fé é claramente identificada, de maneira indubitável, pois a parte autora agiu com o intuito de falsear a verdade dos fatos, devendo ser reconhecida a litigância de má-fé, de modo a conferir o caráter de repressão da malícia outrora utilizada, bem como o preventivo, para que não ocorra mais casos semelhantes.
IV – DISPOSITIVO ANTE O EXPOSTO, JULGO IMPROCEDENTE a pretensão deduzida pela parte Autora, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC.
Sem custas ou condenação em honorários, nos termos do art. 55 da Lei n. 9.099/95.
Em razão da litigância de má-fé da parte autora, aplico a multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado da causa.
Publique-se.
Intimem-se.
Após o trânsito em julgado, arquive-se.
Cumpra-se.
SIRVA-SE A PRESENTE COMO MANDADO/OFÍCIO.
Pindaré-Mirim, datado e assinado eletronicamente. -
24/11/2023 14:04
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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23/11/2023 16:08
Julgado improcedente o pedido
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21/11/2023 09:29
Conclusos para julgamento
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21/11/2023 08:33
Juntada de réplica à contestação
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03/11/2023 07:58
Publicado Ato Ordinatório em 27/10/2023.
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03/11/2023 07:58
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 26/10/2023
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26/10/2023 00:00
Intimação
ATO ORDINATÓRIO Provimento nº 22/2018, art. 1º, da Corregedoria Geral de Justiça.
Nos termos do Provimento nº 22/2018, inciso XIII, da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Maranhão, expedi intimação para o advogado do autor manifestar-se sobre o teor da contestação, no prazo de 15 (quinze) dias.
Pindaré-Mirim/MA, Quarta-feira, 25 de Outubro de 2023 DOUVIRAN TEIXEIRA AGEME Técnico Judiciário - Matrícula 133637 -
25/10/2023 14:58
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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25/10/2023 14:56
Juntada de Certidão
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17/10/2023 22:10
Juntada de contestação
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27/09/2023 14:43
Juntada de petição
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15/09/2023 18:31
Expedição de Comunicação eletrônica.
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14/09/2023 16:11
Proferido despacho de mero expediente
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13/09/2023 09:09
Conclusos para despacho
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13/09/2023 08:47
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
13/09/2023
Ultima Atualização
27/11/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
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