TJPA - 0812586-73.2022.8.14.0301
1ª instância - 2ª Vara de Execucao Fiscal de Belem
Polo Ativo
Partes
Nenhuma parte ativa encontrada.
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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18/10/2024 13:34
Arquivado Definitivamente
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18/10/2024 13:34
Transitado em Julgado em 29/07/2024
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23/07/2024 14:41
Juntada de Petição de termo de ciência
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07/07/2024 02:03
Decorrido prazo de RITA DE CASSIA OLIVEIRA TEIXEIRA em 03/07/2024 23:59.
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04/07/2024 08:30
Decorrido prazo de RITA DE CASSIA OLIVEIRA TEIXEIRA em 27/06/2024 23:59.
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28/06/2024 14:19
Juntada de identificação de ar
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07/06/2024 01:20
Publicado Sentença em 06/06/2024.
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07/06/2024 01:20
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 07/06/2024
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05/06/2024 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ 2ª VARA DE EXECUÇÃO FISCAL DA COMARCA DE BELÉM Processo: 0812586-73.2022.8.14.0301 SENTENÇA Vistos, etc.
Tratam os presentes autos de EXECUÇÃO FISCAL ajuizada pelo Município de Belém em face de RITA DE CASSIA OLIVEIRA TEIXEIRA, visando a cobrança de débitos de IPTU/TAXAS MUNICIPAIS, atinente ao imóvel com sequencial nº 224346, referente aos exercícios de 2017 e 2019.
No documento de ID: 55150429 - Pág. 1 e seguintes consta Exceção de Pré-executividade requerendo a extinção do débito em comento face o falecimento da requerida antes do ajuizamento da presente demanda.
Manifestação do exequente sob ID: 93399185 - Pág. 1 e seguinte, requerendo o prosseguimento do feito, com o indeferimento das exceções apresentadas. É o sucinto relatório.
PASSO A DECIDIR.
Ora, por certo, a constatação de ilegitimidade da parte ré da execução para figurar no polo passivo é matéria de ordem pública passível de conhecimento de ofício pelo Juízo.
Neste sentido, constata-se que antes do ajuizamento da demanda a contribuinte já era falecida, tendo em vista que nos termos da certidão de óbito de ID: 55146534 - Pág. 1, esta faleceu em 09/12/2021, de modo que a cobrança deveria ter sido proposta pelo Município contra o espólio, nos termos do art. 75, VII do CPC, ou herdeiros, caso finalizada a partilha.
A executada, por ter falecido anteriormente ao presente processo, o qual só veio a ser ajuizado em 14/02/2022, não pode figurar no polo passivo, porquanto NÃO POSSUI CAPACIDADE DE SER PARTE, tendo todos os seus direitos e obrigações sido transferidos ao espólio ou aos herdeiros, uma vez ultimada a partilha, não sendo possível a regularização do polo passivo no presente caso.
Com efeito, a execução pretende a cobrança de débito de IPTU relativo aos exercícios de 2017 e 2019, com a demanda sendo ajuizada em 2022, ano este em que a executada já era falecida, pelo que a CDA respectiva deveria ter indicado o espólio na qualidade de devedor, como contribuinte, nos termos do art. 2º, §5º, I da Lei nº 6.830/80 e do art. 202, I do CTN.
O fato acima referido torna nulo o título executivo, consubstanciado na CDA, que conforme orientação jurisprudencial, não admite alteração ou substituição, em casos como o presente, tornando o de cujus parte ilegítima para figurar no polo passivo da demanda, devendo esta ser extinta.
Senão, vejamos: 'PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO REGIMENTAL.
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
EXECUÇÃO FISCAL.
AJUIZAMENTO POSTERIOR À DATA DO ÓBITO.
ILEGITIMIDADE PASSIVA.
IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA CDA.
EXTINÇÃO DO PROCESSO. 1.
Ajuizada a execução fiscal contra executado já falecido, mostra-se imperiosa a extinção do processo, nos termos do art. 267, VI, do CPC, porquanto ausente uma das condições da ação.2.
Atento ao enunciado da Súmula 392/STJ, a Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa até a prolação da sentença de embargos, vedada, entretanto, a modificação do sujeito passivo da execução.3.
Falecido o executado, antes do ajuizamento da execução fiscal, não há que se falar em substituição da CDA, uma vez que a ação já deveria ter sido proposta em face do espólio.
O redirecionamento só é possível quando a morte ocorre no curso da execução.4.
Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 772.042/MG, Rel.
Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/12/2015, DJe 03/02/2016)' Em decisão proferida pelo E.
TJPA, dentre as razões de decidir, expôs o des.
Roberto Gonçalves de Moura: 'Sendo assim, fica fácil deduzir que o ajuizamento da ação originária vai em confronto com o entendimento jurisprudencial no sentido de que, tendo ocorrido o falecimento antes do ajuizamento da ação, deveria ter sido proposta contra o espólio, enquanto que, se tivesse ocorrido no curso da ação, ser redirecionada a quem de direito, [...]' A referida decisão foi assim ementada: 'EMENTA: TRIBUTÁRIO.
APELAÇÃO CÍVEL.
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NA ESPÉCIE.
EXECUÇÃO FISCAL.
AJUIZAMENTO POSTERIOR À DATA DO ÓBITO.
ILEGITIMIDADE PASSIVA.
IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA CDA.
EXTINÇÃO DO PROCESSO.
APELAÇÃO CONHECIDA E IMPROVIDA.
DECISÃO UNÂNIME.
ACÓRDÃO Vistos, etc.
Acordam os Excelentíssimos Senhores Desembargadores componentes da 1ª Turma de Direito Público, por unanimidade de votos, conhecer o recurso de apelação e lhe negar provimento, tudo nos termos do voto do Desembargador Relator.
Plenário Virtual da 1ª Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, no período de dezesseis a vinte e três dias do mês de setembro do ano de dois mil e dezenove.
Julgamento presidido pela Desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira.
Turma Julgadora: Desembargadores Roberto Gonçalves de Moura (Relator), Ezilda Pastana Mutran (Membro) e Rosileide Maria da Costa Cunha (Membro).
Belém, 23 de setembro de 2019.
Desembargador ROBERTO GONÇALVES DE MOURA Relator (2249064, 2249064, Rel.
ROBERTO GONCALVES DE MOURA, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito Público, Julgado em 2019-09-16, Publicado em 2019-09-25)' RESTA, POIS, AFASTADA A PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ DO TÍTULO QUE EMBASA A PRESENTE EXECUÇÃO, POR NÃO TER PROCEDIDO À CORRETA INDICAÇÃO DO DEVEDOR.
Em caso idêntico, a desa.
Relatora Ezilda Pastana Mutran (Agravo de Instrumento, Processo nº 00058594020178140000, decisão proferida em 12/07/2018) assim decidiu: 'Assim, percebe-se que ao tempo do ajuizamento da ação de execução fiscal, o executado já havia falecido, o que demonstra a sua ilegitimidade para figurar no polo passivo da ação.
Ressalte-se que não se aplica ao caso, o disposto no artigo informado (responsabilidade dos sucessores), pois não se trata de óbito ocorrido após a citação da parte executada.
Em suma, o redirecionamento da execução fiscal contra o espólio ou contra os herdeiros (conforme o caso) somente é possível quando o falecimento da parte executada ocorrer depois de ter sido citada nos autos da execução fiscal.
Do contrário, a hipótese é de extinção da ação por ilegitimidade passiva, que é uma das condições da ação.
Dessa forma, como ao tempo da dos créditos, e da própria distribuição da execução fiscal, o único devedor indicado na CDA já era falecido, somente mediante a lavratura de nova CDA e o ajuizamento de nova execução pode o credor, em tese, intentar haver o crédito alegado, não sendo caso de aplicação do art. 2º, § 8º, da Lei de Execuções Fiscais, que prevê a possibilidade de emenda ou substituição da CDA, até a decisão de primeira instância, para a correção de erro formal ou material no título executivo.
Nesse sentido, a Súmula 392 do STJ que, a par de permitir a substituição da CDA por defeito material ou formal, veda a alteração do polo passivo da execução fiscal.
E tal Súmula foi confirmada quando do julgamento do REsp nº 1045472/BA (TEMA 166), submetido ao rito dos recursos repetitivos, [...]' Ademais, como visto, não é possível a substituição da CDA ou o redirecionamento da execução para o espólio ou para os sucessores do executado, face o estabelecido na Súmula 392 do STJ, e posto que só seria possível no caso de falecimento no curso do processo de execução, o que não é o caso dos autos, quando a cobrança judicial dos débitos deveria ter sido vertida originariamente em face do espólio devedor.
ANTE O EXPOSTO, pelos fatos e fundamentos ao norte alinhados, e por tudo mais que dos autos consta, acolho a exceção de pré-executividade para declarar extinta a execução, sem resolução de mérito, em virtude do reconhecimento da ilegitimidade passiva, e, em consequência, JULGO EXTINTO O PROCESSO, sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, VI do Código de Processo Civil.
Sem custas, nos termos do art. 39, parágrafo único da Lei 6830/80.
Sem condenação em honorários, visto que a matéria foi conhecida de ofício pelo juízo.
Deixo de remeter os autos em grau de remessa necessária, com fulcro no art. 496, §3º, II, do NCPC.
Caso haja penhora, proceda-se a baixa respectiva, independentemente do recolhimento de custas, notificando-se o Cartório de Registro de Imóveis e o Depositário Público, para os fins de direito.
P.R.I.C.
Após o trânsito em julgado, devidamente certificado pela Secretaria, ARQUIVEM-SE OS PRESENTES AUTOS, com as cautelas legais, dando-se baixa no Sistema.
Belém/PA, 29 de maio de 2024.
ADRIANO GUSTAVO VEIGA SEDUVIM Juiz de Direito Titular da 2ª Vara de Execução Fiscal da Comarca de Belém -
04/06/2024 11:08
Expedição de Outros documentos.
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04/06/2024 11:08
Expedição de Outros documentos.
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04/06/2024 11:08
Expedição de Aviso de recebimento (AR).
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29/05/2024 11:53
Extinto o processo por ausência de pressupostos processuais
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29/05/2024 11:06
Conclusos para julgamento
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29/05/2024 11:05
Cancelada a movimentação processual
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23/11/2023 10:12
Expedição de Certidão.
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14/07/2023 02:37
Decorrido prazo de MUNICÍPIO DE BELÉM em 24/05/2023 23:59.
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23/05/2023 12:33
Juntada de Petição de petição
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28/03/2023 12:08
Expedição de Outros documentos.
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28/03/2023 12:08
Expedição de Outros documentos.
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24/11/2022 10:50
Proferido despacho de mero expediente
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20/08/2022 10:39
Conclusos para despacho
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20/08/2022 10:38
Cancelada a movimentação processual
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31/03/2022 09:53
Cancelada a movimentação processual
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23/03/2022 18:17
Juntada de Petição de petição
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14/02/2022 09:24
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
14/02/2022
Ultima Atualização
18/10/2024
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Despacho • Arquivo
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