TJPB - 0801307-59.2024.8.15.0021
1ª instância - Vara Unica de Caapora
Polo Ativo
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
10/09/2025 04:21
Publicado Decisão em 09/09/2025.
-
10/09/2025 04:21
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 08/09/2025
-
08/09/2025 00:00
Intimação
Poder Judiciário da Paraíba Vara Única de Caaporã Gabinete Virtual PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) 0801307-59.2024.8.15.0021 DECISÃO Vistos, etc.
Requereu o demandante o deferimento da concessão da assistência judiciária gratuita, afirmando não poder arcar com os custos de um processo sem prejuízo ao seu sustento e de sua família.
Em que pese a Constituição Federal assegurar a “assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos” (art. 5º, LXXIV, CF/88), é fácil verificar que tanto o art. 99, § 3º, do CPC, como toda a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, condicionam o seu indeferimento e/ou redução a existência de prova que demonstrem ter a parte condições de efetuar o pagamento.
Fixado este ponto, não verifiquei, através dos documentos juntados pelo autor, qualquer “elemento que evidencie a falta dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade” (art. 99 § 2º, do CPC), razão pela qual não há outro caminho a seguir que não seja o de DEFERIR, com os ônus e bônus a ela inerentes, a GRATUIDADE JUDICIÁRIA, dela já excluída, por ora, e nos exatos termos do art. 98, § 5º, do CPC, os atos previstos no art. 98, § 1º, V e VI, do CPC.
Ressalto que esta presunção legal pode ser elidida pelo demandado, com documentos que comprovem sua alegação neste sentido, ocasião em que, verificada a capacidade econômica para suportar os encargos oriundos de uma demanda judicial, a obtenção da benesse é evidentemente indevida, constituindo a má-fé, conforme se observa do art. 80, I, do CPC, o que acarretará a penalidade prevista no art. 100, parágrafo único, do Código de Processo Civil.
Dessa forma, dando prosseguimento ao feito, cuidam os autos de pedido de tutela antecipada requerida pela autora, alegando, em síntese, que foi aprovada em 26º lugar em concurso público que previa 10 (dez) vagas iniciais e mais 10 vagas de cadastro reserva para o cargo de Professor da Educação Infantil.
Desse modo, afirma que verificou que houve as nomeações, contudo, muitos dos nomeados pediram exoneração ou não assumiram, restando vaga a quantidade prevista em edital.
Além disso, alega que a prefeitura vem demonstrando a existência de orçamento suficiente para preencher as vagas em aberto na educação, pois vem nomeando diversas pessoas, de forma precária, por discricionariedade do município, sem o rigor constitucional exigível para o devido provimento.
Assim, requer, liminarmente, que seja nomeada no concurso para o qual foi aprovada e, no mérito, pugna pela procedência do pedido.
A petição veio acompanhada de documentos. É o relatório.
DECIDO.
A tutela de urgência, espécie de tutela provisória, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental (art. 294, parágrafo único, do CPC).
Outrossim, a dita tutela de urgência subdivide-se em duas espécies, sendo elas a antecipada e a cautelar.
Nos moldes do art. 300, do CPC, os pressupostos para a concessão das tutelas de urgência de natureza cautelar e antecipada são a probabilidade do direito invocado e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
No caso dos autos, estando a Fazenda Pública no polo passivo, mister destacar que ela goza de inúmeras prerrogativas.
Entre elas, vale destacar a Lei 8437/92, os arts. 1º e 2º-B da Lei 9494/97, o art. 7º, §§2º e 5º da Lei 12016/2009 e o art. 29-B da Lei 8036/90, que são todas situações em que é defeso conceder medida liminar contra a Fazenda Pública.
Vale ressaltar que o pleito liminar contido nos autos não encontra óbice na legislação legal, uma vez que já entendeu o Superior Tribunal de Justiça que "a vedação contida nos arts. 1º, § 3º, da Lei 8.437/92 e 1º da Lei 9.494/97, quanto à concessão de antecipação de tutela contra a Fazenda Pública nos casos de aumento ou extensão de vantagens a servidor público, não se aplica nas hipóteses em que o autor busca sua nomeação e posse em cargo público, em razão da sua aprovação no concurso público" (STJ, AgRg no AREsp 15.804/GO, Rel.
Min.
Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 11/03/2013).
Analisando o caso concreto, verifico que a promovente foi aprovada em 26º lugar para o concurso de professor da educação infantil, onde se previa o provimento de 10 (dez) vagas.
Ou seja, a candidata foi aprovado fora do número de vagas, razão pela qual “não possuem direito líquido e certo à nomeação, mesmo que novas vagas surjam no período de validade do concurso - por criação de lei ou por força de vacância - cujo preenchimento está sujeito a juízo de conveniência e oportunidade da administração” (STJ, AgInt no RMS 52.807/PE, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/05/2019, DJe 22/05/2019) Tal presunção só pode ser afastada, conforme decidiu o Excelso Pretório no RE 837.311/PI, com o rito da repercussão geral, “na hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato” (STF, RE 837.311, Relator(a): Min.
LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 09/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-072 DIVULG 15-04-2016 PUBLIC 18-04-2016).
Tendo se classificado fora das vagas, não possui direito subjetivo à nomeação, que somente surgiria em caso de preterição, seja por inobservância da ordem de classificação, seja pela contratação de profissionais a título precário para desempenho das exatas funções inerentes ao cargo concorrido e em número correspondente à classificação do interessado.
Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
RECURSO ESPECIAL.
CONCURSO PÚBLICO.
CANDIDATO APROVADO FORA DO NÚMERO DE VAGAS.
CRIAÇÃO DE NOVOS CARGOS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME QUE NÃO ASSEGURA, DE PLANO, O DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO.
MERA EXPECTATIVA DE DIREITO.
ALTERAÇÃO DO JULGADO QUE DEMANDA ANÁLISE DE FATOS E PROVAS.
AGRAVO INTERNO DO PARTICULAR A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1.
Aos candidatos aprovados fora do número de vagas previstas no edital, compondo o chamado cadastro de reservas, tem-se que em princípio detém mera expectativa de direito a nomeação, sujeita a conveniência e oportunidade da Administração. 2.
Nos termos do que assentado pelo Supremo Tribunal Federal, o surgimento de novas vagas durante a validade do certame não gera automaticamente o direito a nomeação dos candidatos excedentes ao número de vagas original.
Para tanto, além das vagas, há que restar demonstrada a preterição arbitrária e imotivada pela Administração, evidenciando inequívoca necessidade do provimento do cargo, circunstância que deve ser cabalmente demonstrada pelo candidato. 3.
In casu, concluiu o Tribunal origem que o candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital não tem o direito subjetivo à nomeação, possuindo mera expectativa de direito, uma vez que não restou configurada nenhuma situação excepcional, atinente a preterição arbitrária e imotivada do candidato.
Esse entendimento se alinha a atual jurisprudência desta Corte Superior de que candidatos aprovados fora do número de vagas previstas no edital ou em concurso para cadastro de reserva não possuem direito líquido e certo à nomeação, mesmo que novas vagas surjam no período de validade do concurso - por criação de lei ou por força de vacância-, cujo preenchimento está sujeito a juízo de conveniência e oportunidade da Administração (RMS 47.861/MG, Rel.
Min.
HERMAN BENJAMIN, DJe 5.8.2015).
Precedentes: AgInt no RE no AgRg no RMS 47.953/SP, Rel.
Min.
HUMBERTO MARTINS, CORTE ESPECIAL, DJe 7.2.2017; AgRg no REsp. 1.557.822/PB, Rel.
Min.
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe 11.3.2016; AgInt no RMS 51.004/MT, Rel.
Min.
SÉRGIO KUKINA, DJe 4.10.2016. 4.
Vale ressaltar que a Corte de origem não reconheceu a comprovação da existência de nova vaga, na vigência do certame, para o cargo almejado pela parte autora.
Nestes termos, o acolhimento da pretensão recursal demandaria, necessariamente, a incursão no acervo fático-probatório dos autos, o que se mostra inviável em sede de Recurso Especial.
Precedentes: AgInt no AREsp. 177.407/RJ, Rel.
Min.
REGINA HELENA COSTA, DJe 21.2.2017; AgRg no AREsp. 814.809/BA, Rel.
Min.
ASSUSETE MAGALHÃES, DJe 1.2.2017. 5.
Agravo Interno do particular a que se nega provimento (STJ, AgInt no REsp 1509674/DF, Rel.
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/04/2017, DJe 20/04/2017).
Por outro lado, admite-se o surgimento de direito subjetivo de nomeação quando o classificado originalmente fora das vagas passa a integrar o quantitativo editalício em virtude de desistência ou desclassificação de candidatos inicialmente mais bem colocados.
Contudo, os documentos juntados não são suficientes para demonstrar a desistência dos candidatos aprovados dentro do número de vagas, bem como não há nenhuma prova de contratação a título precário.
Pelo que se vê, no caso em análise inexiste prova inequívoca das alegações da peça vestibular, que demandam a instrução do processo, com a oitiva da Fazenda Pública, o que não autoriza o deferimento do pedido de tutela antecipada postulado.
ANTE O EXPOSTO, INDEFIRO o pedido de antecipação dos efeitos da tutela requerida pela parte promovente, o que faço com supedâneo no art. 300, do CPC.
Assim, CITE-SE o réu para que, querendo, apresente resposta no prazo de 15 (quinze) dias, com as advertências do art. 344 do CPC. É que em muitas oportunidades, a práxis tem mostrado que a audiência de conciliação (art. 334 do CPC) não traz qualquer benefício ao processo, seja pelo desinteresse da parte em transacionar, ou seja pela natureza jurídica dos direitos que não admitem transação (art. 334, § 4º, II, do CPC).
Em ambos os casos, tenho que agendar uma audiência de conciliação ofenderia, sobretudo, a razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF/88), realizando um ato estéril que traria apenas a perda de tempo.
Dessa forma, e sendo certo que a autocomposição deve ser perseguida “sempre que possível” (art. 3º, § 2º, do CPP), entendo que este caso foge a regra geral do art. 344, do CPC, não havendo qualquer prejuízo as partes que podem, a qualquer momento, transacionar.
Caaporã/PB, data e assinatura eletrônicas.
PHILIPPE GUIMARÃES PADILHA VILAR Juiz de Direito em substituição cumulativa -
14/08/2025 22:01
Juntada de provimento correcional
-
07/03/2025 10:49
Não Concedida a Medida Liminar
-
17/02/2025 10:54
Conclusos para despacho
-
30/01/2025 11:38
Decorrido prazo de JULIANA VERISSIMO DE ARAUJO em 29/01/2025 23:59.
-
28/01/2025 01:11
Decorrido prazo de JULIANA VERISSIMO DE ARAUJO em 27/01/2025 23:59.
-
05/12/2024 00:26
Publicado Despacho em 05/12/2024.
-
05/12/2024 00:26
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 04/12/2024
-
04/12/2024 21:26
Juntada de Petição de documento de comprovação
-
04/12/2024 00:00
Intimação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA COMARCA DE CAAPORÃ Juízo do(a) Vara Única de Caaporã Rua Salomão Veloso, S/N, Centro, CAAPORÃ - PB - CEP: 58326-000 Tel.: ( ) ; e-mail: Telefone do Telejudiciário: (83) 3216-1440 ou (83) 3216-1581 DESPACHO Nº do Processo: 0801307-59.2024.8.15.0021 Classe Processual: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Assunto: [Cadastro Reserva ] AUTOR: JULIANA VERISSIMO DE ARAUJO REU: MUNICIPIO DE PITIMBU Vistos, etc.
Compulsando os autos, verifico na exordial o requerimento do benefício da justiça gratuita.
Entretanto, a parte autora não junta documentação apta a embasar o pedido de gratuidade judicial.
Embora o Código de Processo Civil, em seu art. 98, confira a possibilidade da concessão do benefício da gratuidade judiciária aos necessitados, quais sejam: aqueles que não têm condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio ou da própria família; não é defeso ao magistrado aferir a real capacidade financeira do postulante, conforme entendimento jurisprudencial.
Registre-se que o próprio texto constitucional, em seu artigo 5ª, LXXIV, assim preceitua: “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
Diante do exposto, intime-se a parte promovente para acostar aos autos as duas últimas declarações de imposto sobre a renda, o três últimos comprovantes de rendimentos e o valor das custas processuais cobradas no presente processo como forma de comprovar sua real impossibilidade de arcar com o pagamento.
Informo, inclusive, que, conforme o Código de Normas Judicial da Corregedoria de Justiça do TJPB, "a parte deverá apresentar junto com a petição inicial a guia de custas, ainda que haja o requerimento de gratuidade processual, salvo nos casos de processos com isenção legal de custas" (art. 386, §3º, do Provimento CGJ - TJPB nº49/2019).
Prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento da gratuidade requerida.
Diligências e intimações necessárias.
Caaporã, na data da assinatura eletrônica. [DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006] SILVANA CARVALHO SOARES Juíza de Direito em Substituição Cumulativa O PRESENTE ATO JUDICIAL, assinado eletronicamente, servirá como instrumento para intimação, notificação, deprecação ou ofício para todos os fins, nos termos do art. 102 do Código de Normas Judiciais da CGJ/PB.
Segue no timbre os dados e informações necessários que possibilitam o atendimento de seu desiderato pelo destinatário. -
03/12/2024 20:58
Expedida/certificada a intimação eletrônica
-
27/11/2024 10:55
Expedição de Outros documentos.
-
27/11/2024 10:55
Assistência Judiciária Gratuita não concedida a JULIANA VERISSIMO DE ARAUJO (*44.***.*34-07).
-
27/11/2024 10:55
Determinada Requisição de Informações
-
27/11/2024 10:55
Determinada a emenda à inicial
-
09/11/2024 21:12
Juntada de Petição de petição
-
09/11/2024 21:08
Juntada de Petição de documento de comprovação
-
09/11/2024 21:06
Juntada de Petição de documento de comprovação
-
09/11/2024 21:03
Autos incluídos no Juízo 100% Digital
-
09/11/2024 21:03
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
09/11/2024
Ultima Atualização
10/09/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
Decisão • Arquivo
DECISÃO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0875404-07.2024.8.15.2001
Edvaldo Clemente da Silva
Tereza Cristina Pascoal Moreira
Advogado: Lidiani Martins Nunes
1ª instância - TJPB
Ajuizamento: 02/12/2024 12:11
Processo nº 0866494-88.2024.8.15.2001
Mauro Alves de Oliveira
Banco Bradesco
Advogado: Karina de Almeida Batistuci
1ª instância - TJPB
Ajuizamento: 16/10/2024 15:54
Processo nº 0866494-88.2024.8.15.2001
Mauro Alves de Oliveira
Banco Bradesco
Advogado: Danilo do Nascimento Ferreira das Neves
2ª instância - TJPB
Ajuizamento: 05/02/2025 09:47
Processo nº 0836764-18.2024.8.15.0001
Manuel Inocencio de Sousa
Banco Bradesco
Advogado: Carlos Fernando de Siqueira Castro
1ª instância - TJPB
Ajuizamento: 08/11/2024 09:57
Processo nº 0848728-95.2019.8.15.2001
Dagoberto Vieira Cirino
Banco do Brasil
Advogado: Wilson Sales Belchior
1ª instância - TJPB
Ajuizamento: 22/08/2019 08:56