TJRJ - 0805320-92.2023.8.19.0064
1ª instância - Valenca Jui Esp Civ
Polo Ativo
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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30/06/2025 17:23
Arquivado Definitivamente
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30/06/2025 17:23
Baixa Definitiva
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30/06/2025 14:42
Juntada de petição
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12/06/2025 14:25
Transitado em Julgado em 03/06/2025
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04/06/2025 00:49
Decorrido prazo de GERTRUDES ALMEIDA LEITE em 03/06/2025 23:59.
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04/06/2025 00:49
Decorrido prazo de Light Serviços de Eletricidade SA em 03/06/2025 23:59.
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20/05/2025 00:18
Publicado Intimação em 20/05/2025.
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20/05/2025 00:18
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 19/05/2025
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16/05/2025 22:29
Expedição de Outros documentos.
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16/05/2025 22:29
Extinta a execução ou o cumprimento da sentença
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15/05/2025 16:47
Conclusos ao Juiz
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25/03/2025 11:39
Juntada de Petição de requisição de mandado de pagamento
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20/03/2025 09:28
Juntada de Petição de petição
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21/02/2025 12:31
Transitado em Julgado em 17/02/2025
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18/02/2025 00:39
Decorrido prazo de GERTRUDES ALMEIDA LEITE em 17/02/2025 23:59.
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18/02/2025 00:39
Decorrido prazo de Light Serviços de Eletricidade SA em 17/02/2025 23:59.
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03/02/2025 01:48
Publicado Intimação em 03/02/2025.
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02/02/2025 02:56
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 31/01/2025
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31/01/2025 00:00
Intimação
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Comarca de Valença Juizado Especial Cível da Comarca de Valença Rua Comendador Araújo Leite, 166, Centro, VALENÇA - RJ - CEP: 23811-360 SENTENÇA Processo: 0805320-92.2023.8.19.0064 Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) AUTOR: GERTRUDES ALMEIDA LEITE RÉU: LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE SA Dispensado o relatório, nos termos do artigo 38 da Lei 9099/95.
Trata-se de demanda na qual a parte autora afirma ser cliente da concessionária ré, encontrando-se adimplente com as suas obrigações.
Relata que no dia 31/10/2023, por volta das 12 horas, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido, tendo se normalizado somente às 3h do dia seguinte dia.
Pontua que buscou uma solução administrativa, porém não obteve êxito.
Assim, requer a condenação da empresa ré a reparar os danos morais suportados.
Examinados, DECIDO.
A relação existente entre as partes é inegavelmente de consumo, na forma do que dispõem os artigos 2º e 3º da Lei n° 8.078/90, devendo a lide ser analisada à luz das regras enumeradas no Código de Defesa do Consumidor e seus princípios.
Vale dizer que está o consumidor em posição de fragilidade, hipossuficiente que é a parte autora em suas espécies fática, econômica e técnica, da qual presume-se a boa-fé que deve nortear todo negócio jurídico, cabendo à ré desconstituir as alegações a sua alegação, por força da inversão do ônus da prova.
Nesse contexto, o artigo 14 do CDC prevê a responsabilidade objetiva do fornecedor pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos aos vícios dos serviços ou de qualidade e adequação.Aplica-se a teoria do risco do empreendimento ou da atividade econômica.
Desse modo, uma vez comprovado o vício do produto ou serviço, o fornecedor só não será responsabilizado quando provar que, tendo fornecido o produto ou serviço, o vício inexiste; ou a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, nos precisos termos do §3º do artigo 12 ou 13do CDC.
Portanto, há verossimilhança no alegado pela parte autora, de modo que se impõe a aplicação do disposto no art. 6º, VIII, do CDC, invertendo-se o ônus da prova como forma de facilitar sua defesa em juízo.
Desse modo, a parte ré não se desincumbiu de comprovar qualquer fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito autoral, sequer impugnado especificadamente os protocolos apresentados na peça exordial (2336956798, 2336993180 e 2337076728), mas tão somente suscita alegações acerca da normalização do serviço prestado na unidade consumidora em seu sistema interno. Às concessionárias e permissionárias de serviço público cabe a obrigação precípua de prestar, quanto aos essenciais, de forma adequada, segura, eficiente e continuamente os serviços aos consumidores, conforme preceitua o art. 22 e seu parágrafo único do CDC.
Os vícios no Código de Defesa do Consumidor são os vícios por inadequação (artigo 18 e seguintes) e os por insegurança (artigo 12 e seguintes).
No sistema do estatuto consumerista, respondem pelo vício do produto ou do serviço os fornecedores que não demonstrem a comprovação de alguma excludente de sua responsabilidade, face à inversão do ônus da prova “ope legis” destinada ao consumidor.
Quanto aos danos extrapatrimoniais, o vício no produto é inegável e enseja a reparação dos danos morais sofridos pela parte autora, dano que se dá “in re ipsa – ipso facto”.
Aplicável à espécie o enunciado sumular TJ/RJ nº 192: "A indevida interrupção na prestação de serviços essenciais de água, energia elétrica, telefone e gás configura dano moral".
Com efeito, diferentemente do que alega a empresa ré, a interpretação a ser feita acerca do verbete sumular TJ/RJ nº 193 deve ser em sentido oposto, já que não se pode considerar breve interrupção de serviço essencial a ausência de energia elétrica por aproximadamente 15 (quinze) horas.
Quanto ao montante indenizatório deve ser fixado de forma razoável, considerando a repercussão do fato e evitando-se o enriquecimento de quem o pleiteia.
Deve ser considerado o caráter pedagógico da indenização e o objetivo de se evitar situações semelhantes, levando-se em conta, ainda, a capacidade econômica das partes.
Diante do exposto, JULGO PROCEDENTEo pedido, extinguindo o feito com resolução do mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para CONDENARa empresa ré a pagar à parte autora a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), a título de danos morais, incidindo correção monetária desde a data do arbitramento (Súmulas 362 do STJ e 97 do TJRJ) e juros de mora de 1% ao mês, contados da citação (artigo 405 do Código Civil).
Assim sendo, estão cientes as partes do disposto no art. 52, IV, da Lei 9.099/95 e art. 523, do vigente CPC, quanto à necessidade de cumprimento voluntário da sentença, sob pena de penhora, dispensada nova intimação.
Anote-se onde couber para que as publicações para a parte ré sejam feitas como requerido.
Sem custas e honorários advocatícios, conforme art. 55 da Lei nº 9.099/95.
Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se os autos.
P.I.
VALENÇA, 29 de janeiro de 2025.
KATERINE JATAHY KITSOS NYGAARD Juíza de Direito -
30/01/2025 13:00
Expedição de Outros documentos.
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30/01/2025 13:00
Julgado procedente o pedido
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07/01/2025 10:52
Expedição de Outros documentos.
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07/01/2025 10:52
Expedição de Outros documentos.
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07/01/2025 10:52
Expedição de Outros documentos.
-
10/12/2024 15:34
Conclusos para julgamento
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21/11/2024 10:18
Juntada de Petição de petição
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13/11/2024 10:16
Juntada de Petição de petição
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12/11/2024 00:36
Publicado Intimação em 11/11/2024.
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10/11/2024 00:03
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 08/11/2024
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08/11/2024 14:16
Expedição de Outros documentos.
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08/11/2024 14:16
Proferido despacho de mero expediente
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09/10/2024 17:38
Conclusos ao Juiz
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01/08/2024 18:15
Juntada de Petição de petição
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03/07/2024 00:03
Publicado Intimação em 03/07/2024.
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03/07/2024 00:03
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 02/07/2024
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02/07/2024 10:43
Expedição de Outros documentos.
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02/07/2024 10:43
Proferido despacho de mero expediente
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09/05/2024 15:35
Conclusos ao Juiz
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09/05/2024 00:35
Publicado Intimação em 09/05/2024.
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09/05/2024 00:35
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 08/05/2024
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07/05/2024 16:14
Expedição de Outros documentos.
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07/05/2024 16:14
Proferido despacho de mero expediente
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07/05/2024 15:40
Conclusos ao Juiz
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07/05/2024 15:39
Audiência Conciliação realizada para 18/04/2024 11:00 Juizado Especial Cível da Comarca de Valença.
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07/05/2024 15:39
Juntada de Ata da Audiência
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02/05/2024 13:45
Juntada de ata da audiência
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21/04/2024 00:10
Publicado Intimação em 19/04/2024.
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21/04/2024 00:10
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/04/2024
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18/04/2024 07:59
Juntada de Petição de petição
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18/04/2024 07:35
Expedição de Outros documentos.
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18/04/2024 07:35
Proferido despacho de mero expediente
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16/04/2024 15:04
Juntada de Petição de contestação
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12/04/2024 13:43
Conclusos ao Juiz
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14/12/2023 10:35
Expedida/certificada a citação eletrônica
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14/12/2023 10:35
Audiência Conciliação designada para 18/04/2024 11:00 Juizado Especial Cível da Comarca de Valença.
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14/12/2023 10:35
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
14/12/2023
Ultima Atualização
30/06/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
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