30/05/2025 22:09

Arquivado Definitivamente
30/05/2025 22:02

Juntada de Certidão
15/04/2025 18:14

Decorrido prazo de ABC AGROPECUARIA BRASIL NORTE S A PRODUCAO E EXPORTACAO em 14/04/2025 23:59.
05/04/2025 00:37

Decorrido prazo de ABC AGROPECUARIA BRASIL NORTE S A PRODUCAO E EXPORTACAO em 04/04/2025 23:59.
05/04/2025 00:37

Decorrido prazo de Ministério Público Federal (Procuradoria) em 04/04/2025 23:59.
05/04/2025 00:13

Decorrido prazo de PORPINO ALIMENTACAO LTDA - EPP em 04/04/2025 23:59.
03/04/2025 00:58

Decorrido prazo de Ministério Público Federal (Procuradoria) em 02/04/2025 23:59.
03/04/2025 00:58

Decorrido prazo de Ministério Público Federal (Procuradoria) em 02/04/2025 23:59.
19/03/2025 16:36

Juntada de manifestação
18/03/2025 14:34

Juntada de petição intercorrente
14/03/2025 11:48

Juntada de manifestação
14/03/2025 00:07

Publicado Sentença Tipo B em 14/03/2025.
14/03/2025 00:07

Disponibilizado no DJ Eletrônico em 14/03/2025
13/03/2025 11:22

Juntada de manifestação
13/03/2025 11:21

Juntada de manifestação
13/03/2025 00:00

Intimação

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARÁ 5ª VARA FEDERAL PROCESSO N.: 1056040-51.2023.4.01.3900 CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120) IMPETRANTE: ABC AGROPECUARIA BRASIL NORTE S A PRODUCAO E EXPORTACAO Advogado do(a) IMPETRANTE: JORGE VINICIUS SALATINO DE SOUZA - MG100323 IMPETRADO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), DELEGADO DA DELEGACIA DA RECEITA DO BRASIL EM BELÉM - DRF PA SENTENÇA Trata-se de mandado de segurança impetrado em face da União Federal (Fazenda Nacional), indicando como autoridade o Delegado da Receita Federal em Belém, pretendendo, em suma, limitação a 20 salários mínimos na apuração da base de cálculo de contribuições parafiscais arrecadadas por conta de terceiros, nos termos do artigo 4º da Lei 6.950/1981, com as alterações promovidas em seu texto pelos artigos 1º e 3º do Decreto-Lei 2.318/198.

Indeferimento da liminar no ID 1895208658.

Parecer do MPF, pela sua não intervenção no ID 1897836187.

Informações da autoridade no ID 2004825168.

Vieram os autos conclusos.

Conclusos.

Sentencio.

A controvérsia central da demanda consiste na (im)possibilidade de apurar e recolher as contribuições destinadas a terceiros com a limitação de 20 (vinte) salários mínimos, conforme previsto no parágrafo único do artigo 4º da Lei nº 6.950/1981.

O referido dispositivo legal estabelece: Art. 4º - O limite máximo do salário-de-contribuição, previsto no art. 5º da Lei nº 6.332, de 18 de maio de 1976, é fixado em valor correspondente a 20 (vinte) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

Parágrafo único - O limite a que se refere o presente artigo aplica-se às contribuições parafiscais arrecadadas por conta de terceiros.

Nos termos do dispositivo acima, a base de cálculo das contribuições previdenciárias ficava restrita às parcelas remuneratórias que não excedessem 20 (vinte) salários mínimos.

Essa limitação também se aplicava às denominadas "contribuições parafiscais" – ou contribuições de terceiros –, destinadas a entidades diversas do ente titular da competência tributária e que utilizavam a mesma base de cálculo das contribuições previdenciárias.

Posteriormente, o artigo 3º do Decreto-Lei nº 2.318/1986 afastou expressamente o limite de 20 (vinte) salários mínimos para a contribuição das empresas à previdência social: Art 3º Para efeito do cálculo da contribuição da empresa para a previdência social, o salário de contribuição não está sujeito ao limite de vinte vezes o salário mínimo, imposto pelo art. 4º da Lei nº 6.950, de 4 de novembro de 1981.

A controvérsia reside em determinar se houve revogação da limitação da base de cálculo em relação às contribuições destinadas a terceiros, em vista da revogação expressa do caput do art. 4º da Lei n. 6.950/81.

O Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial Representativo de Controvérsia nº (REsp n. 1.898.532/CE, relatora Ministra Regina Helena Costa, Primeira Seção, julgado em 13/3/2024, DJe de 2/5/2024), tombado sob o Tema Repetitivo nº 1079, fixou a seguinte Tese jurídica vinculante: i) o art. 1° do Decreto-Lei 1.861/1981 (com a redação dada pelo DL 1.867/1981) definiu que as contribuições devidas ao Sesi, ao Senai, ao Sesc e ao Senac incidem até o limite máximo das contribuições previdenciárias; ii) especificando o limite máximo das contribuições previdenciárias, o art. 4°, parágrafo único, da superveniente Lei 6.950/1981, também especificou o teto das contribuições parafiscais em geral, devidas em favor de terceiros, estabelecendo-o em 20 vezes o maior salário mínimo vigente; e iii) o art. 1°, inciso I, do Decreto-Lei 2.318/1986, expressamente revogou a norma específica que estabelecia teto limite para as contribuições parafiscais devidas ao Sesi, ao Senai, ao Sesc e ao Senac, assim como o seu art. 3° expressamente revogou o teto limite para as contribuições previdenciárias; iv) portanto, a partir da entrada em vigor do art. 1°, 1, do Decreto-Lei 2.318/1986, as contribuições destinadas ao Sesi, ao Senai, ao Sesc e ao Senac não estão submetidas ao teto de vinte salários.

Assim, desde a vigência do Decreto-lei n. 2.318/86, não há que se falar em limitação da base de cálculo das contribuições de terceiros ao teto de vinte salários mínimos.

Em observância aos deveres de estabilidade e previsibilidade dos precedentes judiciais, o STJ modulou os efeitos da decisão apenas para as empresas que obtiveram pronunciamento judicial ou administrativo favorável até a data de início do julgamento, restringindo-se a limitação da base de cálculo apenas até a publicação do acórdão.

No caso concreto, não há nos autos qualquer decisão judicial favorável à impetrante, tampouco notícia de pronunciamento administrativo que lhe assegure a limitação da base de cálculo das contribuições de terceiros.

Assim, deve-se aplicar integralmente o precedente vinculante, nos termos do art. 927, III, do CPC.

Acrescenta-se que a pendência de embargos de declaração opostos ao julgamento do Tema nº 1.079 não suspende o trâmite das ações individuais sobre o mesmo assunto.

Embargos de declaração não possuem efeito suspensivo automático (CPC, art. 1.026, caput).

Na ausência de nova decisão monocrática decretando a suspensão nacional dos processos, não cabe ao juízo de primeiro grau decretar a suspensão de processos que versem sobre questão repetitiva já definida em julgamento de recursos repetitivos, ainda que esteja pendente de apreciação algum recurso contra esta decisão.

Ainda, a situação não configura prejudicialidade externa, apta a justificar a suspensão do procedimento (CPC, art. 313, V, 'a'), pois não há relação de dependência de declaração de (in)existência de determinada e concreta relação jurídica, mas somente relação de afinidade com a causa submetida à sistemática de recursos repetitivos.

De todo modo, o pedido de suspensão do processo com fundamento no dispositivo apontado somente pode ser deduzido antes da prolação de sentença de mérito (EREsp n. 1.558.149/SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Corte Especial, julgado em 4/10/2023, DJe de 10/5/2024).

Diante do exposto, o precedente vinculante encontra-se eficaz, cabendo apenas sua aplicação ao caso concreto.

Por tais razões, é o caso de denegar a segurança.

Ante o exposto: a) denego a segurança e extinguindo o processo com resolução do mérito (CPC, art. 487, I); b) condeno a impetrante ao pagamento das custas processuais finais; c) afasto a condenação em honorários advocatícios, nos termos do art. 25 da Lei nº 12.016/2009; d) em caso de interposição de recurso, intime-se a parte contrária para apresentação de contrarrazões oportunamente, remetam-se os autos ao TRF1, em caso de apelação; e) com o retorno dos autos do TRF1, arquivem-se os autos, caso mantida a presente sentença; e f) não havendo interposição de recurso, certifique-se o trânsito em julgado e arquivem-se os autos.

Intimem-se.

Belém, data da assinatura eletrônica.

MARIA CAROLINA VALENTE DO CARMO Juíza Federal
12/03/2025 10:57

Processo devolvido à Secretaria
12/03/2025 10:57

Juntada de Certidão
12/03/2025 10:57

Expedida/certificada a comunicação eletrônica
12/03/2025 10:57

Denegada a Segurança a PORPINO ALIMENTACAO LTDA - EPP - CNPJ: 22.***.***/0001-00 (IMPETRANTE)
27/02/2025 14:35

Conclusos para julgamento
27/02/2025 14:35

Levantada a suspensão ou sobrestamento dos autos
27/02/2025 14:35

Levantada a Causa Suspensiva ou de Sobrestamento - Suspensão / Sobrestamento por Recurso Especial Repetitivo de número 1079
06/02/2024 13:58

Processo suspenso por Recurso Especial Repetitivo 1079
06/02/2024 13:56

Processo devolvido à Secretaria
06/02/2024 13:56

Cancelada a conclusão
30/01/2024 16:01

Conclusos para julgamento
30/11/2023 00:24

Decorrido prazo de DELEGADO DA SECRETARIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL NO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA em 29/11/2023 23:59.
29/11/2023 00:17

Decorrido prazo de PORPINO ALIMENTACAO LTDA - EPP em 28/11/2023 23:59.
21/11/2023 15:37

Juntada de Informações prestadas
14/11/2023 20:39

Mandado devolvido entregue ao destinatário
14/11/2023 20:39

Juntada de Certidão de oficial de justiça
14/11/2023 09:38

Recebido o Mandado para Cumprimento
08/11/2023 13:12

Juntada de parecer
06/11/2023 15:11

Juntada de manifestação
06/11/2023 10:57

Expedição de Mandado.
04/11/2023 06:50

Processo devolvido à Secretaria
04/11/2023 06:50

Juntada de Certidão
04/11/2023 06:50

Expedida/certificada a comunicação eletrônica
04/11/2023 06:50

Não Concedida a Medida Liminar
26/10/2023 09:02

Conclusos para decisão
26/10/2023 09:01

Juntada de Certidão
25/10/2023 11:00

Remetidos os Autos (em diligência) da Distribuição ao 5ª Vara Federal Cível da SJPA
25/10/2023 11:00

Juntada de Informação de Prevenção
24/10/2023 17:34

Recebido pelo Distribuidor
24/10/2023 17:34

Distribuído por sorteio

Detalhes

Situação
Ativo

Ajuizamento
24/10/2023

Ultima Atualização
30/05/2025

Valor da Causa
R$ 0,00

Documentos

Sentença Tipo B • Arquivo

Decisão • Arquivo

Documento Comprobatório • Arquivo

Informações relacionadas

Processo nº 1002863-14.2023.4.01.3500

Luis Gonzaga de Assis

Fundacao Nacional de Saude

Advogado: Welton Marden de Almeida

1ª instância - TRF1

Ajuizamento: 21/01/2023 15:35

Exibir Processo

Processo nº 1066049-11.2023.4.01.3500

Sheila Goncalves de Oliveira

Fundacao Nacional de Saude

Advogado: Wilian Fraga Guimaraes

1ª instância - TRF1

Ajuizamento: 18/12/2023 18:38

Exibir Processo

Processo nº 0000248-91.2007.4.01.3900

Maria Jose Dejard de Mendonca

Uniao Federal

Advogado: Joelma de Nazare Ferreira Paes

1ª instância - TRF1

Ajuizamento: 10/01/2007 09:53

Exibir Processo

Processo nº 1043501-94.2020.4.01.3500

Magnayle Rocha Ribeiro

Instituto Nacional do Seguro Social - In...

Advogado: Elnice Barbosa de Oliveira

1ª instância - TRF1

Ajuizamento: 17/12/2020 16:21

Exibir Processo

Processo nº 1009591-64.2025.4.01.3900

Josias Franco de Araujo

Inss Instituto Nacional Previdencia Soci...

Advogado: Samea da Silva Barbosa

1ª instância - TRF1

Ajuizamento: 03/03/2025 13:16

Exibir Processo