TRF1 - 0008994-28.2015.4.01.4300
1ª instância - 5ª Palmas
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
03/02/2023 00:00
Intimação
Seção Judiciária do Estado do Tocantins 5ª Vara Federal de Execução Fiscal e Juizado Especial Cível da SJTO Processo 0008994-28.2015.4.01.4300 EXECUÇÃO FISCAL (1116) EXEQUENTE: CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRACAO DE TOCANTINS EXECUTADO: CARLOS EDUARDO NEVES BARBOSA Classificação: Tipo A (Resolução CJF nº 535/2006) SENTENÇA Trata-se de EXECUÇÃO FISCAL (1116) ajuizada por CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRACAO DE TOCANTINS em face de CARLOS EDUARDO NEVES BARBOSA, objetivando o recebimento do crédito constante do(s) título(s) que ampara(m) a petição inicial.
A parte exequente foi intimada para indicar eventual causa interruptiva ou suspensiva do prazo prescricional (id 1451906352).
A parte exequente informou não ter ocorrido qualquer causa interruptiva/suspensiva da prescrição (id 1455960864).
FUNDAMENTAÇÃO A prescrição intercorrente é modalidade de extinção do crédito fundada na ausência de localização do devedor ou de bens penhoráveis ao longo do prazo de suspensão e de arquivamento provisório.
Sobre o tema, o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA fixou, sob a sistemática dos recursos repetitivos, o seguinte entendimento: “4.
Teses julgadas para efeito dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973): 4.1.) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/80 - LEF tem início automaticamente na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução; 4.1.1.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que editalícia, logo após a primeira tentativa infrutífera de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.1.2.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., em se tratando de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na vigência da Lei Complementar n. 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a primeira tentativa frustrada de citação do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronunciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão inicia-se automaticamente o prazo prescricional aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) durante o qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato; 4.3.) A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens.
Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e penhorados os bens, a qualquer tempo - mesmo depois de escoados os referidos prazos -, considera-se interrompida a prescrição intercorrente, retroativamente, na data do protocolo da petição que requereu a providência frutífera. 4.4.) A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 245 do CPC/73, correspondente ao art. 278 do CPC/2015), ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar o prejuízo que sofreu (exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial - 4.1., onde o prejuízo é presumido), por exemplo, deverá demonstrar a ocorrência de qualquer causa interruptiva ou suspensiva da prescrição. 4.5.) O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução ficou suspensa.” (REsp 1340553/RS, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/09/2018, DJe 16/10/2018) No caso, recorde-se que: Em 01/10/2015, foi ajuizada a execução.
Em 27/05/2016, foi proferida decisão que determinou a suspensão do curso da execução se não fossem localizados bens penhoráveis.
A parte exequente tomou ciência da não localização da parte executada e/ou de bens penhoráveis, no dia 01/08/2016 (Súmula 314/STJ).
Ressalte-se que pedidos de diligências, posteriores à suspensão e com resultados infrutíferos, não interrompem/suspendem o curso do prazo, senão o executado permaneceria exposto eternamente ao processo executivo, ao talante da parte exequente, o que contrariaria a segurança jurídica e a estabilização das relações sociais.
Essa a orientação do STJ: “os requerimentos para realização de diligências que se mostraram infrutíferas em localizar o devedor ou seus bens não têm o condão de suspender ou interromper a prescrição intercorrente (...) “A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens (Tese 568 do STJ).” (STJ, AgInt no AREsp 1165108/SC, Rel.
Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/02/2020, DJe 28/02/2020).
No mesmo sentido, o Eg.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO: “O mero requerimento de bloqueio de ativos financeiros do executado por meio do BACENJUD, ou de outras diligências com resultado negativo, não possui o condão de suspender ou interromper a prescrição intercorrente.” (TRF1, AC 0009391-26.2011.4.01.4301, DESEMBARGADOR FEDERAL MARCOS AUGUSTO DE SOUSA, TRF1 - OITAVA TURMA, PJe 20/08/2020 PAG.).
De lá pra cá nenhum bem da parte executada foi localizado e tampouco indicado à penhora.
Partindo desses pressupostos, conclui-se ter ocorrido a extinção do crédito excutido, pela prescrição intercorrente, pois transcorrido mais de 5 (cinco) anos desde o arquivamento provisório do processo sem que tenham sido localizados bens penhoráveis de titularidade dos devedores, operou-se a prescrição intercorrente, ao menos desde 01/08/2022.
Por fim, não são devidos honorários de sucumbência, pois não seria legítimo que a extinção do feito (e até mesmo do próprio crédito) pelo simples transcurso do tempo gere para o devedor, já beneficiado pela extinção do crédito, seja favorecido pelo desfecho anormal do processo, mormente porque foi ele quem deu causa à propositura da ação.
Este é o entendimento do Col.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, “segundo o qual o reconhecimento da prescrição intercorrente, notadamente em razão da não localização de bens do executado, não infirma a existência das premissas que autorizavam o ajuizamento da execução, relacionadas com a presunção de certeza e liquidez do título executivo e com a inadimplência do devedor, de modo que é inviável atribuir ao credor os ônus sucumbenciais, sob pena de indevidamente beneficiar a parte que não cumpriu oportunamente com a sua obrigação” (AgInt no REsp 1938667/PR, Rel.
Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/06/2021, DJe 23/06/2021); ressalte-se: “à luz do princípio da causalidade, o pronunciamento da prescrição intercorrente, por ausência de localização de bens da parte devedora, não autoriza a fixação de verba honorária de sucumbência em seu favor” (AgInt no REsp 1892095/SP, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/03/2021, DJe 11/03/2021), e também “Consoante a jurisprudência de ambas as Turmas que compõem esta 2ª Seção, a decretação da prescrição intercorrente por ausência de localização de bens penhoráveis não afasta o princípio da causalidade em desfavor do devedor, nem atrai a sucumbência para a parte exequente” (AgInt nos EDcl no REsp 1813803/SP, Rel.
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/12/2020, DJe 18/12/2020).
DISPOSITIVO Ante o exposto, JULGO EXTINTA esta execução, com fundamento no art. 487, II, c/c art. 924, V, do Código de Processo Civil, c/c art. 40, § 4º, da Lei nº 6.830/1980, em razão do reconhecimento da prescrição intercorrente dos créditos.
Custas ex lege.
Incabíveis honorários advocatícios de sucumbência, consoante o disposto no § 5º do art. 921 do CPC.
Intimem-se.
Transitada em julgado, arquivem-se os autos.
Palmas/TO, Juiz Federal (assinado eletronicamente) -
02/08/2022 02:15
Decorrido prazo de CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRACAO DE TOCANTINS em 01/08/2022 23:59.
-
30/07/2022 01:21
Decorrido prazo de CARLOS EDUARDO NEVES BARBOSA em 29/07/2022 23:59.
-
20/06/2022 09:57
Juntada de substabelecimento
-
18/06/2022 02:34
Publicado Intimação - Usuário do Sistema em 17/06/2022.
-
18/06/2022 02:34
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/06/2022
-
17/06/2022 09:46
Processo Suspenso ou Sobrestado Por decisão judicial
-
16/06/2022 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Tocantins 5ª Vara Federal de Execução Fiscal e Juizado Especial Cível da SJTO PROCESSO: 0008994-28.2015.4.01.4300 CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116) POLO ATIVO: CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRACAO DE TOCANTINS REPRESENTANTES POLO ATIVO: JUSCELINO DE JESUS DA MOTTA KRAMER - TO928 POLO PASSIVO:CARLOS EDUARDO NEVES BARBOSA PROCESSO MIGRADO PARA O PJE DESTINATÁRIO(S): CARLOS EDUARDO NEVES BARBOSA Ficam as partes intimadas para se manifestarem sobre a conformidade (eventuais peças omitidas e/ou com qualidade comprometida) do processo migrado ao PJe, no prazo de 30 (trinta) dias.
PALMAS, 15 de junho de 2022. (assinado eletronicamente) -
15/06/2022 10:51
Expedição de Outros documentos.
-
15/06/2022 10:51
Expedida/certificada a intimação eletrônica
-
15/06/2022 10:51
Expedição de Outros documentos.
-
15/06/2022 10:50
Juntada de Certidão de processo migrado
-
11/05/2022 12:26
MIGRACAO PJe ORDENADA
-
11/05/2022 12:25
RECEBIDOS EM SECRETARIA
-
31/07/2017 12:23
SUSPENSAO PROCESSO CIVEL : ORDENADA; NAO LOCALIZADOS BENS / DEVEDOR - suspenso até 05/18
-
23/05/2017 17:47
PRAZO: CERTIFICADO TRANSCURSO IN ALBIS
-
19/04/2017 15:16
RECEBIDOS EM SECRETARIA
-
17/04/2017 09:49
CARGA: RETIRADOS ADVOGADO AUTOR
-
27/03/2017 18:08
RECEBIDOS EM SECRETARIA
-
27/03/2017 18:07
DEVOLVIDOS C/ DESPACHO
-
10/10/2016 07:00
Conclusos para despacho - MOVIMENTAÇÃO DUPLICADA PARA ATENDER AO PROVIMENTO 131/2016.
-
10/10/2016 07:00
REDISTRIBUICAO AUTOMATICA - REDISTRIBUIÇÃO CONFORME PROVIMENTO COGER N. 131/2016.
-
28/09/2016 10:37
Conclusos para despacho
-
02/08/2016 11:42
RECEBIDOS EM SECRETARIA
-
27/07/2016 11:19
CARGA: RETIRADOS ADVOGADO AUTOR
-
15/07/2016 11:57
DILIGENCIA CUMPRIDA - (2ª) BACENJUD FRUSTRADO
-
12/07/2016 14:34
DILIGENCIA CUMPRIDA - TENTATIVA BACENJUD
-
08/06/2016 15:35
DEVOLVIDOS C/ DECISAO OUTROS (ESPECIFICAR)
-
03/05/2016 16:52
Conclusos para despacho
-
15/04/2016 11:09
PETICAO / OFICIO / DOCUMENTO: RECEBIDA(O) EM SECRETARIA
-
11/04/2016 16:35
RECEBIDOS EM SECRETARIA
-
08/04/2016 17:27
CARGA: RETIRADOS ADVOGADO AUTOR
-
08/04/2016 12:02
MANDADO: DEVOLVIDO / CUMPRIDO EM PARTE CITACAO, PENHORA E AVALIACAO
-
25/02/2016 16:43
MANDADO: EXPEDIDO CITACAO, PENHORA E AVALIACAO
-
22/02/2016 16:31
DEVOLVIDOS C/ DESPACHO
-
01/02/2016 14:52
Conclusos para despacho
-
18/12/2015 07:58
RECEBIDOS EM SECRETARIA
-
17/12/2015 10:37
REMETIDOS A VARA PELO CENTRO JUDICIARIO DE CONCILIACAO
-
30/11/2015 16:06
DEVOLVIDOS C/ DESPACHO - NÃO COMPARECIMENTO. DEVOLVER A ORIGEM
-
30/11/2015 16:06
Conclusos para despacho
-
30/11/2015 13:50
AUDIENCIA: NAO REALIZADA: CONCILIACAO
-
03/11/2015 16:10
AUDIENCIA: DESIGNADA: CONCILIACAO
-
13/10/2015 11:43
RECEBIDOS DA VARA NO CENTRO JUDICIARIO DE CONCILIACAO
-
09/10/2015 14:40
REMETIDOS PARA O CENTRO JUDICIARIO DE CONCILIACAO
-
09/10/2015 09:15
RECEBIDOS EM SECRETARIA
-
08/10/2015 16:46
REMETIDOS VARA PELA DISTRIBUICAO
-
08/10/2015 16:46
INICIAL AUTUADA
-
01/10/2015 10:22
DISTRIBUICAO AUTOMATICA
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
01/10/2015
Ultima Atualização
03/02/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Sentença Tipo A • Arquivo
Sentença Tipo A • Arquivo
Ato ordinatório • Arquivo
Ato ordinatório • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0011780-87.2019.4.01.3400
Vanessa Florio de Rosis Portugal
Uniao Federal (Fazenda Nacional)
Advogado: Joao Francisco de Camargo
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 22/04/2019 00:00
Processo nº 0009683-38.2015.4.01.3600
Raquel Barbosa Salviano Dantas
Ente Nao Cadastrado
Advogado: Vanessa Claudine Duarte Dal Molin
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 16/07/2015 14:57
Processo nº 0038430-72.2018.4.01.3800
Vania Lucia Biagioni
Instituto Nacional do Seguro Social
Advogado: Raphael Menezes da Silva Aleixo
2ª instância - TRF1
Ajuizamento: 03/10/2018 00:00
Processo nº 0019246-50.2010.4.01.3400
Rosely Maria Prieto Nunes
Uniao Federal
Advogado: Maria Jose Sonia de Barros Jorge
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 29/04/2010 00:00
Processo nº 1007099-05.2021.4.01.4300
Iziquiel Martins Falchione
Agencia do Inss Palmas Tocantins
Advogado: Renata Elisa de Souza Esteves
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 06/11/2023 14:23