TRF2 - 5004978-80.2025.4.02.5006
1ª instância - Julgador Nao Especificado
Polo Ativo
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
10/09/2025 01:15
Juntada de Certidão - encerrado prazo - Ausência de confirmação de citação no Domicílio Judicial Eletrônico - Refer. ao Evento 6
-
09/09/2025 02:15
Publicado no DJEN - no dia 09/09/2025 - Refer. ao Evento: 5
-
08/09/2025 02:11
Disponibilizado no DJEN - no dia 08/09/2025 - Refer. ao Evento: 5
-
08/09/2025 00:00
Intimação
PROCEDIMENTO COMUM Nº 5004978-80.2025.4.02.5006/ES AUTOR: SUELLEN VASCONCELLOS DOS SANTOSADVOGADO(A): CHARLES ROBERTO DE OLIVEIRA LÍBIO (OAB SP414135) DESPACHO/DECISÃO Trata-se de ação ajuizada por SUELLEN VASCONCELLOS DOS SANTOS em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF, objetivando a suspensão do leilão extrajudicial do imóvel localizado na Avenida Meridional, 2100, apt. 409, torre A, Condomínio Vista de Bicanga Condomínio Clube, Bicanga, Serra/ES.
Com a inicial, vieram os documentos do evento 1. É o breve relatório. DECIDO.
Inicialmente, defiro o pedido de gratuidade da justiça, nos termos do art. 98, § 5º, do CPC/2015.
Nos termos do art. 300 do CPC/2015, “a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
Após a análise das alegações aduzidas na inicial e dos documentos constantes dos autos, não vislumbro, em sede de cognição sumária, a verossimilhança das alegações firmadas pela parte autora e, portanto, a probabilidade do direito. É certo que a notificação pessoal do mutuário – ocupante do imóvel - para a purgação da mora antes da realização do leilão em questão é requisito de validade da execução extrajudicial discutida nos autos, conforme posicionamento da jurisprudência pátria.
No entanto, conforme certidão de matrícula do imóvel (evento 1, OUT5, p.12), houve intimação pessoal da parte autora, conforme diligências realizadas nos dias 28/02/2025, às 10:45h e 05/03/2025, às 14:26h , sem êxito na purgação da mora, de modo que restou consolidada a propriedade em favor da CAIXA. Saliento que essa certidão goza de fé pública, presumindo-se verdadeira, de modo que somente poderá ser infirmada mediante prova em contrário e de suma importância para a concessão da medida requerida.
Assim, embora não se exija prova plena para efeito da concessão de tutela provisória de urgência, deve a parte autora, ao menos indicar, na petição inicial, de que maneira pretende comprovar os fatos constitutivos do direito que postula.
No caso, como as alegações da autora não encontram respaldo nos documentos, sendo estes insuficientes, não há amparo nos autos para se afirmar o preenchimento do requisito da probabilidade do direito.
Registre-se que não se trata de fazer prova negativa, mas da indicação dos meios de prova que poderiam, em tese, vir a infirmá-la, ainda que essas provas estejam em poder da ré ou de terceiros.
Noutro giro, saliento que os dispositivos do Decreto-Lei nº 70/66 não se aplicam ao caso dos autos, pois a espécie cuida de contrato garantido por alienação fiduciária, e não por hipoteca.
No particular, dispõe o art. 39, II, da Lei n. 9.514/97: Art. 39. Às operações de crédito compreendidas no sistema de financiamento imobiliário, a que se refere esta Lei: (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) I - não se aplicam as disposições da Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964, e as demais disposições legais referentes ao Sistema Financeiro da Habitação - SFH; II - aplicam-se as disposições dos arts. 29 a 41 do Decreto-Lei nº 70, de 21 de novembro de 1966, exclusivamente aos procedimentos de execução de créditos garantidos por hipoteca. (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) Quanto às comunicações dos leilões, a lei exige apenas que se realizem mediante correspondência dirigida ao endereço constante do contrato, (art. 26-A, §2º-A, da Lei 9.514/97), circunstância que não fica averbada na matrícula do imóvel, tratando-se, portanto, de fato que deverá ser comprovado pela parte ré. Ademais, essa comunicação ocorre unicamente para permitir o exercício do direito de preferência a que alude o §2º-B do mesmo dispositivo legal, e não para purga da mora, oportunidade esta que não existe mais após a consolidação da propriedade no regime da Lei 9.514/97.
Conforme se verifica na certidão da matrícula do imóvel (evento 1, OUT5, p.12), a consolidação da propriedade em favor da CEF ocorreu em 23/05/2025 e o primeiro leilão foi designado para o dia 16/09/2025, ou seja, após o prazo de 60 (sessenta) dias previsto no art. 27 da lei 9.514/1997.
Quanto à alegação de distorção no valor do imóvel, a autora não comprovou o valor deste no mercado imobiliário local, assim, não verifico, por ora, avaliação errônea do imóvel.
Desta forma, no tocante às normas efetivamente aplicáveis ao caso dos autos, não vislumbro, neste exame sumário, próprio da tutela de urgência, a existência de indícios de nulidade ou de ofensa ao devido processo legal no procedimento adotado pela ré.
Nesse contexto, entendo que a matéria necessita de ser submetida ao crivo do contraditório e, talvez ainda, à consequente dilação probatória, a fim de melhor determinar o convencimento acerca da comprovação inequívoca da probabilidade do direito da autora, o que não restou verificado de plano nas alegações iniciais.
Diante disso, ausente um dos requisitos previstos no art. 300 do CPC, INDEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA.
Intime-se a parte autora desta decisão.
Cite(m)-se a(s) parte(s) ré(s).
Caso a(s) parte(s) Ré(s) entenda(m) ser necessário, conveniente ou oportuno, poderá(ão) efetuar proposta de acordo ou pugnar pela designação de audiência de conciliação.
Apresentada a contestação, verificando-se pelo menos uma das alegações previstas no art. 337 (preliminares) ou no art. 350 (fato impeditivo, modificativo ou extintivo), todos do CPC/2015, intime(m)-se o(a)(s) parte(s) autor(a) para, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar(em) réplica.
Diligencie-se. À Secretaria para as providências necessárias. -
04/09/2025 16:54
Expedida/certificada a citação eletrônica
-
04/09/2025 16:54
Expedida/certificada a intimação eletrônica - Despacho/Decisão
-
04/09/2025 16:54
Não Concedida a Medida Liminar
-
03/09/2025 00:00
Lista de distribuição
Processo 5004978-80.2025.4.02.5006 distribuido para 1ª Vara Federal de Serra na data de 27/08/2025. -
28/08/2025 12:26
Conclusos para decisão/despacho
-
27/08/2025 15:20
Autos incluídos no Juízo 100% Digital
-
27/08/2025 15:20
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
30/11/-0001
Ultima Atualização
08/09/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
DESPACHO/DECISÃO • Arquivo
DESPACHO/DECISÃO • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 5001003-09.2025.4.02.9999
Dionisio Brandt
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Andre Amaral de Aguiar
2ª instância - TRF2
Ajuizamento: 04/09/2025 13:15
Processo nº 5025617-37.2025.4.02.5001
Maria da Penha de Souza Santos de Melo
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Jose Alcides Borges da Silva
1ª instância - TRF2
Ajuizamento: 30/11/-0001 00:00
Processo nº 5001492-90.2025.4.02.5005
Lauristone da Silva
Caixa Economica Federal - Cef
Advogado: Michel Radaeli Ludgero de Moura
1ª instância - TRF2
Ajuizamento: 04/04/2025 11:19
Processo nº 5003774-59.2025.4.02.5116
Maiane Barcellos de Almeida
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Diego Lima Lamoglia
1ª instância - TRF2
Ajuizamento: 30/11/-0001 00:00
Processo nº 5000980-72.2023.4.02.5104
Luiz Carlos da Silva
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Luciana Bahia Iorio Ribeiro
1ª instância - TRF2
Ajuizamento: 13/02/2023 10:23