TJMA - 0802331-71.2021.8.10.0117
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Gabinete Do(A) Desembargador(A) Jose Goncalo de Sousa Filho
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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14/11/2023 10:09
Baixa Definitiva
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14/11/2023 10:09
Remetidos os Autos (por julgamento definitivo do recurso) para Instância de origem
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14/11/2023 10:08
Expedição de Certidão de trânsito em julgado.
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10/11/2023 00:04
Decorrido prazo de MARIA DE JESUS FELIX PEREIRA em 09/11/2023 23:59.
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10/11/2023 00:04
Decorrido prazo de PARANA BANCO S/A em 09/11/2023 23:59.
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25/10/2023 10:19
Juntada de petição
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18/10/2023 00:05
Publicado Decisão (expediente) em 18/10/2023.
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18/10/2023 00:05
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 17/10/2023
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18/10/2023 00:05
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 17/10/2023
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17/10/2023 11:18
Expedição de Comunicação eletrônica.
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17/10/2023 00:00
Intimação
SEGUNDA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO GABINETE DO DESEMBARGADOR JOSÉ GONÇALO DE SOUSA FILHO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0802331-71.2021.8.10.0117 – SANTA QUITÉRIA - MA APELANTE : MARIA DE JESUS FELIX PEREIRA ADVOGADO: MARCIO EMANUEL FERNANDES DE OLIVEIRA (MA Nº 22.861-A) APELADO: PARANA BANCO S/A ADVOGADO: MANUELA FERREIRA (OAB/MA 15155-A) RELATOR SUBSTITUTO: DESEMBARGADOR SEBASTIÃO JOAQUIM LIMA BONFIM EMENTA APELAÇÃO CÍVEL.
CONSUMIDORA.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO.
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL NÃO REGULARIZADA COMO DETERMINADO JUDICIALMENTE.
EXIGÊNCIA NECESSÁRIA, QUANDO HÁ INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES.
SENTENÇA MANTIDA. 1.
Em regra, mostra-se desnecessária a juntada da procuração específica para atendimento da exigência do art. 105 do CPC/ 2015, contudo, havendo suspeita de irregularidade na representação, como no caso, necessário se faz o cumprimento da determinação judicial para sua juntada; 2.
Não sendo cumprida a determinação judicial de emenda da inicial, com a devida juntada de documento que comprove que a parte reside no endereço que declina, como no caso, a extinção do feito sem julgamento do mérito é medida que se impõe; 3.
Entendo que o cumprimento dessa determinação de emenda da inicial se justifica, em virtude do ajuizamento de demandas, em grandes proporções, questionando a contratação de empréstimos consignados, muitas delas, que, sequer, a parte autora sabe existir, sendo indispensável o correto endereço, para que a mesma, se necessário, seja localizada, evitando possíveis condenações em custas processuais, honorários advocatícios e até mesmo em litigância de má-fé; 4.
Recurso desprovido.
DECISÃO MONOCRÁTICA Maria de Jesus Félix Pereira, em 20/06/2022, interpôs recurso de apelação cível, visando reformar a sentença proferida em 08/06/2022 (Id.23542008), pelo Juiz de Direito da Comarca de Santa Quitéria/MA, Dr.
Cristiano Regis Cesar da Silva, que nos autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito C/C Indenização por Dano Moral e Material, ajuizada em 15/10/2021em face do Banco Paraná S/A, assim decidiu: "Desta feita, considerando que não houve cumprimento integral do comando judicial, determino a extinção do feito, sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, IV e VI, do CPC.
Oficie-se à OAB e ao Ministério Público Estadual, encaminhando-se cópia desta sentença e dos documentos anexos.
Condeno ainda o demandante ao pagamento de custas e honorários advocatícios que arbitro de forma equitativa (artigo 85, § 2º do CPC) em 10% (dez por cento) do valor da causa, suspensa a exigibilidade nos termos do artigo 98,§3º, do CPC." Em suas razões recursais contidas no Id. 23542010, aduz em síntese, a parte apelante, que “o exposto quando é feito O PEDIDO DEJUSTIÇA NESTA COMARCA, O QUE OCORRE É TOTALMENTE DIVERSO DO ESPERADO, pois como vimos na sentença é dada uma IMPORTÂNCIA MUITO MAIOR AO QUE É CHAMADO DE “APARENTE CAPTAÇÃO ILÍCITA DE CLIENTELA” do que ao próprio julgamento do mérito da ação, apesar de serem práticas corriqueiras e muitas pessoas, lamentavelmente, morrerem sem antes ter seus míseros proventos recompostos, mormente pelo fato das vítimas contarem com idade avançada, sucumbindo antes mesmo de descobrir as práticas perpetradas contra seus patrimônios, alguns juízes preferem acusar seus patronos ou seja, quem busca defender essas pessoas, basta analisar os fundamentos da sentença onde percebe-se muito mais a análise do trabalho dos patronos do que o mérito da ação.".
Aduz mais, que a sentença merece reforma, pois “.o Estatuto do Idoso garante que um envelhecimento com condições dignas é um direito individual e sua proteção, um direito social. É obrigação do Estado garantir à pessoa idosa proteção à vida e à saúde, que consistem no respeito à integridade física e moral, ademais, pelo fundamento da dignidade da pessoa o Estatuto do Idoso garante que um envelhecimento com condições dignas é um direito individual e sua proteção, um direito social. É obrigação do Estado garantir à pessoa idosa proteção à vida e à saúde, que consistem no respeito à integridade física e moral, ademais, pelo fundamento da dignidade da pessoa .".
Alega também, que “.O juiz a quo questiona também algumas inconsistências em seu interrogatório: no caso em tela a demandante sublinhou que já fez empréstimo, em que pese não saber precisar o ano, o valor e número de prestações, deixando expressamente consignado que foi convocada pelo sindicato para tratar sobre descontos que estaria suportando.".
Com esses argumentos, requer: "O integral provimento ao recurso para ANULAR a sentença recorrida, com o CONSEQUENTE RETORNO DOS AUTOS AO JUÍZO A QUO PARA UM IMEDIATO julgamento, no sentido de decidir desde logo o mérito, a fim de acolher o pedido inicial do Autor e assim atingir uma solução satisfativa, se concretizando o efetivo acesso à justiça e consequentemente uma real decisão de mérito POIS FICA DEMONSTRADO A BOA FÉ, uma vez restando claro que a autora por meio de seu advogado EFETUOU RECLAMAÇÃO NO SITE CONSUMIDOR.GOV de acordo com os" termos de uso, no item 4, v,a., onde requereu administrativamente a exibição do contrato, bem como de, ou seja, da entrega do valor supostamente contratado, porém, o réu permaneceu, deixando claro, que a avença nunca existiu, ademais, o Consumidor.gov.br é um serviço público que permite a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução de conflitos de consumo pela internet. 1) Que seja DECLARADA A DESNECESSIDADE DE COMPROVANTE DE ENDEREÇO EM NOME DO AUTOR (A), BEM COMO A DESNECESSIDADE DE DOCUMENTOS PESSOAIS DOS PROPRIETÁRIOS E SEUS ENDEREÇOS, vez que apenas dificulta ao acesso do idoso ao judiciário. 2) Que seja DECLARADA A DESNECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO DE EXTRATOS BANCÁRIOS por parte da autora seja como meio de prova ou para provar hipossuficiência, vez que todos os requisitos exigidos no art. 319 do NCPC estão presentes na petição inicial do requerente. 3) Que seja DECLARADA A DESNECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS DAS TESTEMUNHAS que assinaram o instrumento procuratório BEM COMO ENDEREÇOS, vez que tais exigências apenas dificulta cada vez mais o acesso ao judiciário. 6) O arbitramento de honorários advocatícios no importe de 20% (vinte por cento) do valor da condenação; 7) Deixa de juntar comprovante de recolhimento das custas do recurso, por ser a parte Recorrente assistida pela gratuidade da justiça, tudo devidamente comprovado com a exordial..
A parte apelada, apresentou as contrarrazões constantes no Id. 23542020, defendendo, em suma, a manutenção da sentença.
Manifestação da Douta Procuradoria-Geral de Justiça pelo conhecimento do apelo, deixando de opinar sobre o mérito por entender inexistir hipótese de intervenção ministerial (Id.24880820). É o relatório.
Decido.
Verifico que os pressupostos de admissibilidade exigidos para o regular processamento do recurso foi devidamente atendido pela parte apelante, daí porque, o conheço, uma vez que a mesma litiga sob o pálio da justiça gratuita.
Na origem, consta da inicial, que a parte autora foi cobrada por dívida oriunda de contrato de empréstimo consignado que diz não ter celebrado, pelo que requereu seu cancelamento e indenização por danos morais e materiais.
Inicialmente cabe registrar, que na Sessão do dia 12.09.2018, o Plenário deste egrégio Tribunal de Justiça julgou o mérito do IRDR nº 53.983/2016 para fixar 4 (quatro) teses jurídicas relativas às ações que tratam de contratos de empréstimos consignados envolvendo pessoas idosas, analfabetas e de baixa renda.
Conforme relatado, a controvérsia recursal diz respeito a incidência, ou não, da extinção do feito sem resolução do mérito em virtude da parte apelante não ter cumprido a determinação judicial de comprovar, que reside no endereço que indica na inicial e não proceder com a juntada da procuração judicial, em que a parte autora outorga poderes para defendê-la em juízo, em face da instituição bancária demandada, quando compelido pela magistrada de 1º grau, sob pena de extinção do feito sem apreciação do mérito.
O juiz de 1º grau, julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, tendo em vista que a parte apelante, não procedeu à emenda da petição inicial no prazo determinado, entendimento que, a meu sentir, merece ser mantido. É que, a parte autora, após ser intimada, do inteiro teor do despacho do juízo a quo (Id. 23541998), não colacionou aos autos os documentos de identificação das testemunhas que assinaram a procuração, bem como de seus respectivos comprovantes de endereço, não restando alternativa, senão a extinção do feito, como de fato ocorreu.
Ora, sendo determinado pela magistrada a emenda da inicial, com a comprovação do endereço e apresente a procuração assinada a rogo pela parte autora, com assinatura de duas testemunhas do ato, acompanhadas das cópias dos documentos pessoais destas (RG ou CPF e comprovante de residência) em razão da parte autora ser pessoa analfabeta, a extinção do feito é medida que se impõe, até porque além de não ser prova impossível ou draconiana, pois perfeitamente possível de ser conseguida por quem litiga, se justifica essa determinação, em virtude do ajuizamento de grande quantidade de demandas questionando a contratação de empréstimos consignados, muitas delas, que sequer a parte autora sabe existir.
Sobre o tema, destaco a jurisprudência desta Corte: "APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO CONVERTIDA EM EXECUÇÃO DE QUANTIA CERTA.DETERMINAÇÃO JUDICIAL DE EMENDA À INICIAL.
ART. 801 C/C ART. 924, I, DO CPC.
NÃO ATENDIMENTO.
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO.1. É ônus da parte guardar observância da decisão que determina juntada de documentos essenciais à propositura da ação. 2.
Descumprida a determinação do Juiz para que o autor emende a inicial, correta a extinção sem julgamento do mérito, na mais estrita observância ao art. 801 c/c art. 924, I, do CPC.3.
Apelação conhecida e improvida. 4.
Unanimidade. (ApCiv 0143842019, Rel.
Desembargador(a) RICARDO TADEU BUGARIN DUAILIBE, QUINTA CÂMARA CÍVEL, julgado em 08/07/2019 , DJe 15/07/2019)".
Por entender que o Magistrado agiu com acerto e dentro dos ditames legais ao julgar o feito, indefiro o pleito em que a parte recorrente, pugna, que seja retirado do comando sentencial a determinação de envio de ofício para a ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA.) e ao Ministério Público Estadual.
Nesse passo, ante o exposto, sem interesse ministerial, fundado no art. 932, inc.
IV, “c”, do CPC c/c a Súmula 568, do STJ, monocraticamente, nego provimento ao recurso, para manter integralmente a sentença guerreada.
Desde logo, advirto as partes, que a interposição de embargos de declaração com caráter meramente protelatório, será apenada com multa, nos termos do art. 1.026, §2º, do CPC.
Intimem-se as partes, bem como notifique-se a Douta Procuradoria-Geral de Justiça.
Cumpra-se por atos ordinatórios.
Cópia da presente, se necessário, servirá como mandado de intimação, de notificação, de ofício e para as demais comunicações de estilo.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos, dando-se baixa nos cadastros e registros pertinentes.
Publique-se.
Cumpra-se.
São Luís (MA), data do sistema.
Desembargador Sebastião Joaquim Lima Bonfim Relator Substituto A7 “CONCILIAR É MELHOR QUE LITIGAR” -
16/10/2023 16:27
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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10/10/2023 15:37
Conhecido o recurso de MARIA DE JESUS FELIX PEREIRA - CPF: *07.***.*31-28 (APELANTE) e não-provido
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24/04/2023 12:45
Conclusos ao relator ou relator substituto
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20/04/2023 00:28
Decorrido prazo de MARIA DE JESUS FELIX PEREIRA em 14/04/2023 23:59.
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20/04/2023 00:28
Decorrido prazo de PARANA BANCO S/A em 14/04/2023 23:59.
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12/04/2023 12:36
Juntada de parecer - falta de interesse (mp)
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21/03/2023 02:52
Publicado Despacho (expediente) em 21/03/2023.
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21/03/2023 02:52
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 20/03/2023
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20/03/2023 09:43
Expedição de Comunicação eletrônica.
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20/03/2023 00:00
Intimação
QUARTA CÂMARA CÍVEL GABINETE DO DESEMBARGADOR JOSÉ GONÇALO DE SOUSA FILHO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0802331-71.2021.8.10.0117 D E S P A C H O Vista à Douta Procuradoria-Geral de Justiça para as providências que entender necessárias, nos termos do art. 932, inciso VII, do CPC.
Após, voltem-me os autos conclusos.
Cumpra-se.
São Luís (MA), data do sistema.
DESEMBARGADOR JOSÉ GONÇALO DE SOUSA FILHO Relator RS -
17/03/2023 16:28
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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28/02/2023 23:45
Proferido despacho de mero expediente
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14/02/2023 16:41
Recebidos os autos
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14/02/2023 16:41
Conclusos para despacho
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14/02/2023 16:41
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
14/02/2023
Ultima Atualização
16/10/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
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