TJMA - 0801109-56.2017.8.10.0037
1ª instância - 2ª Vara de Grajau
Polo Ativo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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29/06/2021 10:49
Arquivado Definitivamente
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11/06/2021 15:05
Juntada de Certidão
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07/06/2021 16:41
Juntada de Alvará
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01/06/2021 17:08
Juntada de petição
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01/05/2021 07:29
Decorrido prazo de RUBENS GASPAR SERRA em 27/04/2021 23:59:59.
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01/05/2021 07:29
Decorrido prazo de FELIPE GAZOLA VIEIRA MARQUES em 27/04/2021 23:59:59.
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27/04/2021 07:34
Decorrido prazo de FELIPE GAZOLA VIEIRA MARQUES em 26/04/2021 23:59:59.
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27/04/2021 07:34
Decorrido prazo de RUBENS GASPAR SERRA em 26/04/2021 23:59:59.
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13/04/2021 13:15
Juntada de petição
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05/04/2021 01:24
Publicado Intimação em 05/04/2021.
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31/03/2021 03:25
Decorrido prazo de RUBENS GASPAR SERRA em 01/03/2021 23:59:59.
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30/03/2021 13:36
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 30/03/2021
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30/03/2021 00:00
Intimação
Processo n.º 0801109-56.2017.8.10.0037 DESPACHO
Vistos.
Inicialmente, determino a alteração da Classe Judicial da ação para Cumprimento de Sentença.
Trata-se de pedido de cumprimento de sentença formulado pelo credor.
O pedido manejado é relativo a dívida decorrente de decisão judicial da qual não mais cabe recurso; de modo que incidentes à espécie as disposições do Capítulo III, do Título II, do Livro I, da Parte Especial do CPC. Intime-se a executada, no prazo de 15 dias úteis, para pagar a importância exequenda de R$ 6.494,04 (seis mil e noventa e quatro reais e quatro centavos), sob pena de multa de 10%, sobre o valor do débito, na forma do § 1º do artigo 523 do Código de Processo Civil. Advirta-se, ainda, que o pagamento no prazo assinalado a isenta da multa da fase de cumprimento de sentença. Caso ocorra pagamento, intime-se a parte exequente para, no prazo de 05 dias, dizer sobre quitação do débito, possibilitando a resolução da fase de cumprimento de sentença.
Ressalto que seu silêncio importará em anuência em relação à satisfação integral do débito. Desta forma, havendo anuência com o valor depositado, basta ao credor deixar transcorrer o prazo sem manifestação, a fim de evitar a sobrecarga da serventia com a juntada de petições desnecessárias. Caso a quantia não seja suficiente para a quitação, caberá ao credor trazer, no mesmo prazo, planilha discriminada e atualizada do débito, já abatido o valor depositado, acrescida da multa sobre o remanescente, na forma do artigo 523, § 2º, do CPC.
Caso não ocorra o pagamento, proceda-se à penhora, inclusive por meio eletrônico.
Cientifico à executada de que, transcorrido o prazo sem o pagamento voluntário, iniciam-se os 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, na forma do artigo 525 do CPC, que somente poderá versar sobre as hipóteses elencadas em seu parágrafo primeiro, observando-se em relação aos cálculos os parágrafos 4º e 5º.
A Secretaria deverá observar, para o adequado cumprimento do disposto no § 3º do artigo 523 do Código de Processo Civil, no prazo para pagamento voluntário (artigo 526) e de impugnação (artigo 525), a fim de se cumprir com exatidão o disposto no artigo 525, § 6º, do CPC, posto que essa disposição determina a existência de um prazo para a parte e a determinação de uma diligência a ser praticada por este Juízo.
Deixo de arbitrar honorários advocatícios, uma vez que são indevidos, conforme Enunciado 97 do FONAJE (nova redação – XXXVIII Encontro – Belo Horizonte-MG).
Publique-se.
Intimem-se.
Cumpra-se.
Expedientes necessários.
Grajaú/MA, data do sistema.
Juiz ALESSANDRO ARRAIS PEREIRA Titular da 2ª Vara -
29/03/2021 19:46
Juntada de Certidão
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29/03/2021 19:42
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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29/03/2021 19:41
Expedição de Comunicação eletrônica.
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29/03/2021 19:36
Classe Processual alterada de PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) para CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156)
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29/03/2021 17:48
Proferido despacho de mero expediente
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19/03/2021 16:09
Conclusos para despacho
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19/03/2021 16:09
Juntada de Certidão
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19/03/2021 13:29
Juntada de petição
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19/03/2021 08:09
Transitado em Julgado em 05/03/2021
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06/03/2021 02:09
Decorrido prazo de SHYLENE RIBEIRO DE SOUSA em 05/03/2021 23:59:59.
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06/03/2021 02:09
Decorrido prazo de RUTH DA SILVA SOUSA em 05/03/2021 23:59:59.
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03/03/2021 07:11
Decorrido prazo de RUBENS GASPAR SERRA em 26/02/2021 23:59:59.
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02/03/2021 12:25
Decorrido prazo de SHYLENE RIBEIRO DE SOUSA em 01/03/2021 23:59:59.
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02/03/2021 12:25
Decorrido prazo de RUTH DA SILVA SOUSA em 01/03/2021 23:59:59.
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11/02/2021 00:18
Publicado Intimação em 11/02/2021.
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11/02/2021 00:18
Publicado Intimação em 11/02/2021.
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10/02/2021 02:06
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 10/02/2021
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10/02/2021 02:06
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 10/02/2021
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10/02/2021 00:00
Intimação
SENTENÇA Vistos etc.
Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais e Repetição de Indébito, proposta por MARIA DE NAZARÉ MAGALHÃES ARAUJO em face de BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A, todos qualificados.
Dispensado o relatório, conforme dispõe o art. 38 da Lei n° 9.099/95.
Fundamentação.
DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO.
Dispõe o art. 355, inciso I, do novo Código de Processo Civil que o Juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando não houver necessidade de produção de outras provas.
Frisa-se que o destinatário final dessa medida é o Juiz, a quem cabe avaliar quanto à conveniência e/ou necessidade da produção de novas provas para formação do seu convencimento.
Na presente controvérsia, discute-se matéria de fato e de direito, todavia os elementos carreados aos autos já são suficientes para a resolução da lide, não havendo mais necessidade de realização de audiência de instrução.
Soma-se a isso que o artigo 370 e seu parágrafo único, do Código de Processo Civil, dispõem que o Juiz, na condição de destinatário da prova, determinará as necessárias à instrução do processo, indeferindo diligências inúteis ou meramente protelatórias.
E não só pode como deve, quando satisfeito acerca do tema controvertido, dispensar outras requeridas pelos litigantes, sob pena de ofensa aos princípios da economia e celeridade processuais.
Isso porque o poder do juiz de impedir atos que possam retardar o andamento do processo deve ser entendido no espírito do artigo 139, inciso II, que traz o princípio mais amplo segundo o qual cabe ao juiz velar pela duração razoável do processo.
Ressalte-se, por fim, o disposto no art. 434, caput, do CPC, segundo o qual “incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações”.
Essa regra é dirimida pelo parágrafo único do art. 435 do diploma processual, in verbis: “Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º.
Note-se, contudo, que o respectivo comprovante de ordem de pagamento, não é documento o qual se possa considerar desconhecido, inacessível ou indisponível ao réu, razão pela qual deveria ter sido apresentado com a contestação.
DAS PRELIMINARES.
Inicialmente, necessário registar que a matéria versada nestes autos, a saber, os famosos "empréstimos consignados", foi alvo de incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR nº 53983/2016), cuja análise, por óbvio, coube ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão.
Referido incidente foi julgado em 12.09.18, com os Eminentes Desembargadores fixando 04 (quatro) teses jurídicas a serem seguidas pelos juízes a quo quando forem analisar as ações que tratam dessa matéria.
Cumpre informar que houve a interposição de recurso especial, limitando-se esse a discussão em relação aos aspectos inerentes ao ônus da perícia grafotécnica, estando as outras 03 (três) teses albergadas pela coisa julgada, estando, portanto, o acórdão proferido do julgamento do IRDR transitado em julgado no que concerne às outras 03 (três) teses jurídicas, que foram albergadas pela coisa julgada.
Assim, a Corregedoria da Corte de Justiça maranhense editou recomendação (RECOM-CGJ - 82019), na qual orientou que os magistrados "prossigam no julgamento dos feitos inerentes à matéria" do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR nº 53.983/2016), que trata dos empréstimos consignados, ressalvando apenas a primeira tese firmada do julgamento quanto "ao ônus da perícia grafotécnica em tais casos", a qual não alcançou a coisa julgada, diante da discussão devolvida pelo recurso especial ao STJ do referido IRDR. Dito isso, rejeito a preliminar que reclama a suspensão do feito.
Não merece prosperar, de igual modo, a alegação de conexão.
Constata-se, no caso, a existência de demandas com objetos e causas de pedir diversas, com contratos de diferentes números e valores distintos.
Portanto, rejeito também essa preliminar.
Por fim, verifica-se que a parte autora trouxe, com a inicial, extrato bancário , embora este não deva ser considerado, pelo juiz, como documento essencial para a propositura da ação (Tese 1 do IRDR nº 53983/2016, parte não objeto de recurso especial).
MÉRITO.
A questão em debate deve ser analisada à luz do Código de Defesa do Consumidor, pois a relação jurídica existente entre as partes litigantes é oriunda de suposto contrato de prestação de serviços bancários.
Há de se dizer que pelo exame dos elementos coligidos aos autos, observa-se que a parte ré autorizou indevidamente empréstimo em nome da parte autora, contrato nº 805367707, no valor de R$ 804,46, a ser pago em 72 (setenta e duas) parcelas de R$ 23,08 (vinte e três reais e oito centavos), iniciando-se os descontos em dezembro de 2015.
Vale ressaltar que, derivando de relação de consumo, a responsabilidade do Banco pela deficiência na prestação do serviço prometido (empréstimo) independe de culpa.
Inteligência do art. 14, caput, do Código de Defesa do Consumidor, que privilegia a teoria do risco do empreendimento, perfeitamente aplicável às instituições financeiras.
Na situação em tela, a requerente fez prova da consignação de um empréstimo em seu benefício previdenciário, conforme se depreende do extrato de consulta que acompanha a inicial.
Verifico que embora o banco requerido tenha apresentado instrumento contratual supostamente assinado pelo autor, não demonstrou ter transferido a respectiva quantia para a conta bancária de titularidade deste ou ordem de pagamento para agência bancária situada nesta urbe.
No caso, as alegações trazidas pelo banco são insuficientes para justificar que a autora tivesse realizado o empréstimo, razão pela qual outra interpretação não se extrai senão a de que o autor não o realizou.
Em outras palavras: o banco não provou que foi a parte requerente quem fez o empréstimo.
A parte autora,
por outro lado, cumprindo o ônus probatório que lhe cabe, apresentou extratos que não registram movimentação da mencionada quantia em seu favor. Portanto, é crível que o crédito referente ao contrato questionado não chegou às mãos do autor, considerando ainda que não existem provas em sentido contrário.
Uma vez que a ordem pagamento teria sido, conforme o contrato, emitida para agência do Banco Bradesco, e sendo o requerido integrante desse grupo financeiro, é de se presumir que esse tenha acesso aos comprovantes da operação (OP), no entanto não os apresentou.
Ora, é ônus da parte ré, e não do juízo ou da parte autora, comprovar a ordem de pagamento.
Note-se, ademais, que apesar de a autora possuir conta corrente no Bradesco, o contrato previu contraprestação mediante ordem de pagamento (OP), em vez de simples transferência (TED/DOC).
Desse modo, os documentos juntados pelo requerido não se revelam aptos a comprovar a realização do empréstimo, porquanto não logrou demonstrar de forma inequívoca que o valor foi disponibilizado em favor da parte autora.
Não se olvide que o cerne desta demanda foi objeto de IRDR julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, onde o Pleno do Tribunal admitiu o incidente, nos termos do Acórdão n.º 233.084/2018 (fls. 1.604 USQUE1.671), restando firmada, dentre outras, as seguintes teses jurídicas, dentre as quais cito a 1ª Tese: 1ª TESE (POR MAIORIA, APRESENTADA PELO SENHOR DESEMBARGADOR PAULO SÉRGIO VELTEN PEREIRA, COMO O ACRÉSCIMO SUGERIDO PELO SENHOR DESEMBARGADOR ANTONIO GUERREIRO JÚNIOR): "Independentemente da inversão do ônus da prova - que deve ser decretada apenas nas hipóteses autorizadas pelo art. 6º VIII do CDC, segundo avaliação do magistrado no caso concreto -, cabe à instituição financeira/ré, enquanto fato impeditivo e modificativo do direito do consumidor/autor (CPC, art. 373, II), o ônus de provar que houve a contratação do empréstimo consignado, mediante a juntada do instrumento do contrato ou outro documento capaz de revelar a manifestação de vontade do consumidor no sentido de firmar o negócio, permanecendo com o consumidor/autor, quando alegar que não recebeu o valor do empréstimo, o dever de colaborar com a justiça (CPC, art. 6º) e fazer a juntada do seu extrato bancário, podendo, ainda, solicitar em juízo que o banco faça a referida juntada, não sendo os extratos bancários no entanto, documentos indispensáveis à propositura da ação [...]”. (grifou-se) Observa-se, pois, caracterizado nestas situações vício da vontade de contratar, seja por dolo, (art. 154, NCC), seja por ausência do elemento vontade.
Outro ponto que merece registro é a afronta clara e fora de dúvida no que diz respeito ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, elevado, com a Carta de 1988, a fundamento da República Federativa do Brasil - artigo 1º, III, da CF.
Os empréstimos devem ser encarados como um auxílio, um socorro àquele que está passando por dificuldades momentâneas de ordem financeira, nos casos em que os mesmos procuram as instituições habilitadas para tal fim.
Assim, entendemos que tais recursos devem servir de estímulo e jamais como desgraça particular do hipossuficiente, onde a parte mais forte, no seu afã de auferir lucro, fere de morte, direitos e princípios constitucionais, notadamente este que se comenta, visto que, na busca de tais vantagens, não observa as diretrizes e requisitos mínimos necessários para uma formação perfeita, válida e eficaz do negócio jurídico.
Evidentemente, com a realização destes negócios jurídicos, há uma sensível alteração da situação patrimonial dos lesados, que terminam por comprometer parte de seus proventos com débitos excessivamente onerosos e cujos prejuízos são sentidos no seio familiar, que muitas vezes desagrega-se, e para evitar esta situação humilhante é que o Estado tem procurado amenizar tais efeitos nos contratos, especialmente mediante o Poder Judiciário, onde no exercício de seu mister interpretará a lei ao autorizar a revisão contratual, até mesmo porque, tal procedimento constitui prática abusiva repelida expressamente pelo Diploma Consumerista, consoante apresentam-nos o inciso IV, art. 39, in verbis: "Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas.
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços." A contratação indevida, por si só, gera dano moral, como bem delineado.
Ademais, quando se trata de alegação de fato negativo, cabe à parte ré provar o contrário, ou seja, positivar o respectivo fato (STJ.
RESP 493881/MG.
DJU 23.03.04).
Nesse sentido, é a jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - ÔNUS DA PROVA - FATO NEGATIVO - INVERSÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO - AUSÊNCIA DE CULPA NÃO COMPROVADA - QUANTUM DESPROPORCIONAL À GRAVIDADE DA NEGLIGÊNCIA DA RÉ E AOS DANOS SUPORTADOS PELA AUTORA - SENTENÇA REFORMADA.
A necessidade de provar é algo que se encarta, dentre os imperativos jurídico-processuais, na categoria de ônus, sendo por isso que a ausência de prova acarreta um prejuízo para aquele que deveria provar e não o fez.
Dessa forma, se o juiz não se exime de sentenciar e a prova não o convence, é preciso verificar em desfavor de quem se operou o malogro da prova. Tendo o autor alegado em suas razões fato negativo, compete à empresa ré comprovar o fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito do mesmo, apresentando o documento que encontra-se na sua posse para que sejam esclarecidos os pontos controvertidos da demanda. (Acórdão nº 1.0687.06.043685-8/001(1) de TJMG.
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 17 de Junho de 2008.
Magistrado Responsável: D.
Viçoso Rodrigues). (grifou-se) Eis as lições do célebre mestre Nagib Slaibi Filho, que se amolda perfeitamente ao entendimento acima delineado: Na ação declaratória negativa, o juiz afirma a inexistência da relação jurídica ou a inautenticidade do documento. Em face do princípio de que não é cabível a exigência de prova negativa, nas ações declaratórias negativas cabe ao demandado provar o fato que o autor diz não ter existido.
Devida, portanto, a condenação do banco a reparar o abalo moral suportado pelo reclamante, dispensando-se quaisquer indagações a respeito dos incômodos sofridos por ele na qualidade de consumidor, uma vez que o simples fato da violação do seu patrimônio, capaz de causar desequilíbrio ao seu orçamento doméstico, serve para respaldar a condenação do réu, em valor razoável eis que não se pode olvidar que aqueles que se socorrem dos juizados especiais não esperam uma menor reparação para as injustiças de que se acham vítimas, mas sim uma justiça mais célere e eficaz.
Quanto à fixação do quantum debeatur a título de dano moral, trata-se de incumbência do magistrado, que deve fundamentar o seu arbitramento na equidade e em diretrizes estabelecidas pela doutrina e jurisprudência, que utilizam os seguintes requisitos: (I) extensão do dano (CC, art. 944); (II) comportamento do autor do dano; (III) dupla finalidade da indenização por danos morais.
Em observância aos critérios de fixação para indenização de danos morais, quais sejam, de um lado, o caráter reparatório visando amenizar a dor experimentada em função da agressão moral, em um misto de compensação e satisfação e de outro o caráter punitivo ao causador da ofensa, na tentativa de inibir novos episódios lesivos, observando-se ainda o princípio da razoabilidade, arbitro o quantum indenizatório no montante de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Comprovada a fraude na contratação em debate, não há o que se discutir quanto ao direito ao reembolso dos valores descontados.
Outrossim, conforme extrato de ID 5492744, emitido pelo INSS em 31/01/2017, foram comprovadamente deduzidas 14 (catorze) parcelas de R$ 23,08 (vinte e três reais e oito centavos), resultando no montante de R$ 323,12 (trezentos e vinte três reais e doze centavos), o qual, pelo dobro, totaliza R$ 646,24 (seiscentos e quarenta e seis reais e vinte e quatro centavos), que deverá ser objeto de reembolso ao autor, nos termos do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.
DISPOSITIVO.
Diante do exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos constantes na petição inicial, para: (1) DECLARAR a nulo o contrato de n° 805367707, assim como declarar inexigíveis todos os débitos oriundos do referido empréstimo; (2) CONDENAR o banco demandado ao pagamento da importância de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a título de danos morais, devidamente corrigida monetariamente pelo INPC a partir da publicação desta sentença (súmula 362 do STJ) e de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir do evento danoso – primeiro desconto, em dezembro de 2015 - (súmula 54 do STJ); (3) RESTITUIR os valores descontados indevidamente que, pelo dobro, resultam no total de R$ 646,24 (seiscentos e quarenta e seis reais e vinte e quatro centavos), devendo ainda incidir juros de mora de 1% ao mês a contar do primeiro desconto (Súmula 54 do STJ) -, e correção monetária calculada pelo INPC a partir do ajuizamento da demanda.
Sem custas e honorários.
Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se as partes por seus advogados.
Após o trânsito em julgado, comprovado o pagamento expeça-se o competente ALVARÁ e, em seguida, arquivem-se com as baixas necessárias.
Caso haja recurso, retornem os autos conclusos para deliberação.
Grajaú-MA, data do sistema. Juiz ALESSANDRO ARRAIS PEREIRA Titular da 2ª Vara de Grajaú -
09/02/2021 09:39
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
-
09/02/2021 09:39
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
-
09/02/2021 09:38
Expedição de Comunicação eletrônica.
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09/02/2021 09:38
Expedição de Comunicação eletrônica.
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06/02/2021 22:57
Julgado procedente o pedido
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06/01/2021 09:57
Conclusos para despacho
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06/01/2021 09:57
Juntada de Certidão
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14/12/2020 12:34
Juntada de Certidão
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03/12/2020 21:33
Audiência Conciliação realizada conduzida por Juiz(a) em 01/12/2020 15:40 2ª Vara de Grajaú .
-
01/12/2020 12:19
Juntada de petição
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19/11/2020 15:51
Mandado devolvido entregue ao destinatário
-
19/11/2020 15:51
Juntada de diligência
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13/11/2020 14:21
Juntada de Certidão
-
03/11/2020 12:21
Juntada de Certidão
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31/10/2020 09:56
Expedição de Aviso de recebimento (AR).
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31/10/2020 09:55
Expedição de Comunicação eletrônica.
-
31/10/2020 09:51
Expedição de Mandado.
-
09/10/2020 16:13
Publicado Intimação em 08/10/2020.
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09/10/2020 16:13
Disponibilizado no DJ Eletrônico em #(data)
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06/10/2020 12:02
Classe Processual alterada de PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) para PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)
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06/10/2020 12:02
Juntada de Certidão
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06/10/2020 11:38
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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06/10/2020 11:33
Audiência Conciliação designada para 01/12/2020 15:40 2ª Vara de Grajaú.
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06/10/2020 11:33
Juntada de Certidão
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23/02/2020 12:03
Proferido despacho de mero expediente
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22/10/2019 08:53
Conclusos para despacho
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22/10/2019 08:53
Juntada de Certidão
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20/08/2019 17:19
Juntada de petição
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12/05/2019 11:32
Suspeição
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25/01/2019 11:06
Conclusos para despacho
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25/01/2019 11:06
Encerramento de suspensão ou sobrestamento
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15/09/2017 20:16
Expedição de Comunicação eletrônica
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28/08/2017 15:30
Processo Suspenso por depender do julgamento de outra causa, de outro juízo ou declaração incidente
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17/08/2017 13:43
Juntada de Petição de petição
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17/08/2017 13:34
Conclusos para despacho
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17/08/2017 13:34
Juntada de Certidão
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17/08/2017 13:29
Audiência conciliação cancelada para 18/08/2017 09:20.
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16/08/2017 18:07
Juntada de Petição de contestação
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05/08/2017 07:45
Juntada de Certidão
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04/08/2017 14:02
Mandado devolvido entregue ao destinatário
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15/07/2017 12:29
Expedição de Comunicação eletrônica
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15/07/2017 12:29
Expedição de Aviso de recebimento (AR)
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15/07/2017 12:29
Expedição de Mandado
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07/07/2017 13:03
Audiência conciliação designada para 18/08/2017 09:20.
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12/06/2017 09:23
Juntada de Ato ordinatório
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08/05/2017 17:26
Proferido despacho de mero expediente
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03/04/2017 13:53
Conclusos para despacho
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27/03/2017 11:19
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
27/03/2017
Ultima Atualização
30/03/2021
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Petição • Arquivo
Petição • Arquivo
Sentença • Arquivo
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