TJPA - 0008435-39.2018.8.14.0107
1ª instância - Vara Civel e Empresarial de Dom Eliseu
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Polo Passivo
Partes
Nenhuma parte encontrada.
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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31/07/2025 16:15
Juntada de Petição de diligência
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31/07/2025 16:15
Mandado devolvido entregue ao destinatário
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25/07/2025 00:21
Juntada de Petição de petição
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23/07/2025 21:21
Publicado Intimação em 23/07/2025.
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23/07/2025 21:21
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 23/07/2025
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22/07/2025 08:16
Recebido o Mandado para Cumprimento
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22/07/2025 07:54
Expedição de Mandado.
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22/07/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE DOM ELISEU Fórum Juiz Clodomiro Dutra de Moraes Rua Jequié, 312, Esplanada, Dom Eliseu/PA - E-mail: [email protected] - Fone: (94) 98409-4032 PROCESSO nº. 0008435-39.2018.8.14.0107 AUTORA: ANA PEREIRA LIMA REU: CETELEM - BANCO BNP PARIBAS BRASIL S.A DECISÃO Vistos, Primeiramente, chamo o feito à ordem e registro que cadastro a presente DECISÃO como SENTENÇA, apenas para fins de correção do trâmite eletrônico do processo, sendo necessário o registro do código 11373 – Anulação de Sentença, tendo em vista a Decisão Monocrática de 2º Grau (ID 106081824), que anulou a sentença anteriormente proferida por este Juízo.
Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL c/c REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por ANA PEREIRA LIMA em face de BANCO CETELEM S.A., na qual a parte autora alega que jamais contratou a operação financeira registrada sob o contrato nº 97-818216382/16, na modalidade de cartão de crédito consignado com reserva de margem, mas vem sofrendo descontos mensais em seu benefício previdenciário, o qual é sua única fonte de renda.
Após o retorno dos autos à origem, a parte autora apresentou manifestação (ID 146603665), reiterando que não assinou a proposta de adesão de cartão de crédito consignado acostada aos autos no ID 31146260 – págs. 3-4, vinculada ao contrato nº 97-818216382/16, razão pela qual impugna a existência da relação jurídica contratual.
Pois bem.
A controvérsia posta nos autos gira em torno da autenticidade da assinatura constante no referido contrato, cuja verificação é essencial para o deslinde da causa.
Dessa forma, torna-se imprescindível a produção de prova técnica especializada, neste caso, perícia grafotécnica.
Nos termos do art. 370 do Código de Processo Civil, incumbe ao Juiz determinar, de ofício, as provas necessárias à instrução do processo, mesmo que não requeridas pelas partes, sempre que entender necessárias à formação do seu convencimento.
Tendo sido deferida a inversão do ônus da prova (ID Num. 27958454 - Pág. 1), é ônus do requerido demonstrar a validade e a autenticidade do contrato impugnado.
Diante disso, é dever do réu custear as despesas da perícia, conforme interpretação sistemática dos arts. 373, II, e 98, §1º, VI, do CPC. É este também entendimento consolidado no Tema 1061 do STJ, que atribui à instituição financeira o ônus de provar a autenticidade de contrato impugnado pelo consumidor, mesmo que este seja beneficiário da gratuidade de justiça.
Trata-se de ônus probatório objetivo e financeiro que não se confunde com a distribuição dinâmica da prova processual (CPC, art. 373, §1º).
Senão, vejamos: Tema 1061 do STJ: "na hipótese em que o consumidor/autor impugnar a autenticidade da assinatura constante em contrato bancário juntado ao processo pela instituição financeira, caberá a esta o ônus de provar a sua autenticidade (CPC, arts. 6º, 368 e 429, II)."(2ª Seção, DJe de 09/12/2021). 3.
Na mesma oportunidade, a 2ª Seção definiu que havendo impugnação da autenticidade da assinatura constante de contrato bancário por parte do consumidor, caberá à instituição financeira o ônus de provar sua autenticidade, mediante perícia grafotécnica ou outro meio de prova. (...). (AgInt no AREsp n. 2.179.672/CE, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 5/6/2023, DJe de 7/6/2023.) – [grifei] Com efeito, o referido tema firmou a tese de que, "na hipótese em que o consumidor/autor impugnar a autenticidade da assinatura constante em contrato bancário juntado ao processo pela instituição financeira, caberá a esta o ônus de provar a sua autenticidade (CPC, arts. 6º, 368 e 429, II)" (STJ, 2ª Seção, DJe de 09/12/2021).
Portanto, diante da necessidade da prova técnica para elucidação dos fatos, passa-se à nomeação do perito.
Ante o exposto: NOMEIO o Sr.
EDILSON DA SILVA, inscrito no CPF nº *58.***.*94-68, residente na Rua Gonçalves Dias, nº 572, Centro, Dom Eliseu/PA, telefone: (94) 98113-1489, perito cadastrado no CAPJUS/TJPA, para realização da perícia grafotécnica no contrato objeto da presente demanda.
INTIME-SE o perito nomeado, preferencialmente por telefone, para que informe, no prazo de 15 (quinze) dias, se aceita o encargo, apresentando sua proposta de honorários, nos termos do art. 465, §2º, do CPC.
INTIMEM-SE as partes para, no mesmo prazo de 15 (quinze) dias, a contar da intimação deste despacho, nos termos do art. 465, §1º, do CPC: a) Arguição de eventual impedimento ou suspeição do perito nomeado; b) Apresentação de quesitos; c) Indicação de assistentes técnicos, se desejarem.
Após apresentação da proposta de honorários, INTIME-SE o réu para, no prazo de 15 (quinze) dias, realizar o depósito dos honorários periciais, conforme determinado em razão da inversão do ônus da prova.
Desde logo, ABRO AO RÉU o prazo IMPRORROGÁVEL de 30 (trinta) dias, contados da intimação, para que o BANCO CETELEM S.A. encaminhe fisicamente à Secretaria Judiciária desta Vara a via original do contrato nº 97-818216382/16, no seguinte endereço: Fórum Juiz Clodomiro Dutra de Moraes Rua Jequié, nº 312, Bairro Esplanada Dom Eliseu/PA – CEP: 68.633-000 Telefone: (94) 98409-4032 ADVERTÊNCIA: O não cumprimento da determinação no prazo estabelecido acarretará preclusão da prova pericial, podendo o Juízo, com base no art. 400, I, do CPC, admitir como verdadeiros os fatos alegados na inicial.
INTIMEM-SE.
Transcorrido o prazo legal, com ou sem manifestação, certifique-se e voltem os autos conclusos para as providências cabíveis.
Servirá a presente COMO MANDADO/OFÍCIO, conforme autoriza o Provimento nº 013/2009 - CJRM.
CUMPRA-SE.
Dom Eliseu/PA, 21 de julho de 2025.
Juíza REJANE BARBOSA DA SILVA Titular da Vara Cível e Empresarial de Dom Eliseu/PA -
21/07/2025 13:59
Expedição de Outros documentos.
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21/07/2025 13:59
Expedição de Outros documentos.
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21/07/2025 13:59
Anulada a(o) sentença/acórdão
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21/07/2025 11:12
Conclusos para julgamento
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21/07/2025 11:12
Cancelada a movimentação processual Conclusos para decisão
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10/07/2025 10:15
Decorrido prazo de CETELEM - BANCO BNP PARIBAS BRASIL S.A em 16/06/2025 23:59.
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17/06/2025 21:09
Juntada de Petição de petição
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12/05/2025 19:24
Juntada de Petição de petição
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07/05/2025 05:32
Publicado Decisão em 06/05/2025.
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07/05/2025 05:32
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 07/05/2025
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05/05/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE DOM ELISEU Fórum Juiz Clodomiro Dutra de Moraes Rua Jequié, 312, Esplanada, Dom Eliseu/PA - E-mail: [email protected] - Fone: (94) 98409-4032 PROCESSO nº. 0008435-39.2018.8.14.0107 POLO ATIVO: AUTOR: ANA PEREIRA LIMA POLO PASSIVO: REU: CETELEM - BANCO BNP PARIBAS BRASIL S.A DECISÃO Trata-se de ação indenizatória proposta por ANA PEREIRA LIMA em face do CETELEM - BANCO BNP PARIBAS BRASIL S.A, conforme qualificação contida nos autos.
Verifico que a sentença proferida nos autos foi anulada e houve determinação no sentido de ser realizada perícia grafotécnica, uma vez que a prova seria imprescindível para o deslinde da controvérsia da causa.
No entanto, observo que é possível resolver a controvérsia da causa através da análise do extrato bancário no período em que foi realizado o empréstimo.
Com efeito, a instituição financeira juntou aos autos contrato e tela que, em tese, comprova a transferência da quantia para a conta da autora.
Vê-se, portanto, que a controvérsia dos autos está em analisar se o valor do empréstimo teria sido creditado na conta da demandante.
Analisando o contrato id n°. 31146260 (pg. 03), verifico que o valor do empréstimo teria sido creditado junto ao Banco 237 (Bradesco), Agência de Dom Eliseu 2527, conta 8722-P.
Desta forma, a análise do extrato da conta da demandante e, consequente utilização do empréstimo, é suficiente para sanar a controvérsia do presente caso.
A referida prova é capaz de afastar a dúvida acerca da realização e recebimento do empréstimo bancário e se mostra mais célere e econômica quando comparada à realização da perícia grafotécnica.
Nesse contexto, com fundamento no art. 370 do Código Processo Civil e aplicando o instituto da distinguishing por analogia ao presente caso, promovo a solicitação do extrato bancário na conta da parte autora.
Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, retornem os autos conclusos para análise.
Serve a presente decisão como mandado/comunicação/ofício.
Cumpra-se.
Versa sobre a META 2.
Dom Eliseu/PA, 02 de maio de 2025.
Juíza Rejane Barbosa da Silva Titular da Vara Cível e Empresarial da Comarca do Dom Eliseu/PA -
02/05/2025 15:01
Expedição de Outros documentos.
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02/05/2025 15:01
Expedição de Outros documentos.
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02/05/2025 15:01
Proferidas outras decisões não especificadas
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16/04/2025 10:32
Conclusos para decisão
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16/04/2025 10:32
Cancelada a movimentação processual Conclusos para despacho
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28/11/2024 10:59
Juntada de Petição de petição
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27/08/2024 17:53
Expedição de Outros documentos.
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11/02/2024 01:31
Decorrido prazo de CETELEM - BANCO BNP PARIBAS BRASIL S.A em 07/02/2024 23:59.
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11/02/2024 00:17
Decorrido prazo de CETELEM - BANCO BNP PARIBAS BRASIL S.A em 07/02/2024 23:59.
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09/02/2024 13:46
Juntada de Petição de petição
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14/12/2023 13:42
Expedição de Outros documentos.
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14/12/2023 13:42
Ato ordinatório praticado
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14/12/2023 09:21
Juntada de despacho
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23/05/2023 13:36
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para Instância Superior
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08/05/2023 13:16
Juntada de Petição de contrarrazões
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19/04/2023 12:59
Expedição de Outros documentos.
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19/04/2023 12:59
Ato ordinatório praticado
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29/03/2023 12:11
Decorrido prazo de BANCO CETELEM S.A. em 27/03/2023 23:59.
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27/03/2023 18:03
Juntada de Petição de apelação
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06/03/2023 00:46
Publicado Sentença em 06/03/2023.
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04/03/2023 00:15
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 04/03/2023
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03/03/2023 00:00
Intimação
Tribunal de Justiça do Estado do Pará Comarca de Dom Eliseu Vara Cível e Empresarial de Dom Eliseu Processo: 0008435-39.2018.8.14.0107 Requerente: ANA PEREIRA LIMA Requerido: BANCO CETELEM S.A.
SENTENÇA 1.
RELATÓRIO Cuida-se de Ação Declaratória de Inexistência de Empréstimo Consignado c/c Indenização por Danos Morais e Repetição do Indébito com Pedido de Antecipação de Tutela proposta por ANA PEREIRA LIMA em desfavor do BANCO CETELEM S.A., objetivando que seja declarada a inexistência do débito relativo ao contrato de empréstimo consignado, com cartão de crédito e margem consignável questionado.
Em consequência, pugnou pela restituição em dobro das parcelas descontadas e pela condenação da parte demanda ao pagamento de danos morais.
Alega que desconhece o contrato e que o instrumento possivelmente foi celebrado mediante fraude.
Tece arrazoado jurídico e, ao final, pugna pela concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, bem como pela antecipação dos efeitos da tutela a fim de determinar a suspensão dos descontos referentes ao contrato impugnado.
No mérito, requer: a) a declaração da inexistência de relação jurídica e o cancelamento do contrato nº 97-818216382/16; b) a repetição de indébito, em dobro, dos valores descontados indevidamente; e c) a condenação do Requerido ao pagamento de indenização por danos morais.
Em contestação (ID 31146257), o demandado refuta as alegações da requerente e pugna pela improcedência dos pedidos.
Réplica apresentada em ID 72948660.
Decido.
FUNDAMENTAÇÃO A promovente alega que o contrato nº 97-818216382/16 foi realizado sem seu consentimento.
Por sua vez, a promovida alega no mérito a inexistência de danos morais, bem como inexistência de responsabilidade da ré, posto que agiu de forma lícita, pedindo ao final, a improcedência do pleito inicial.
Noutro giro, o juiz, como destinatário das provas (arts. 370 e 371 do CPC), e com fulcro no princípio do livre convencimento motivado, pode atestar o momento para julgamento, analisando as provas dos autos, e evitando o desnecessário tramitar processual, em homenagem à razoável duração do processo, garantia constitucional, art. 5º da Carta Magna.
Assim, entendo que já há provas suficientes para o julgamento do presente processo.
Dessa forma, não vejo necessidade de audiência de instrução e julgamento, porquanto matéria de prova eminentemente documental.
No caso em tela, verificou-se a situação prevista no art. 355, I, do CPC, eis que o litígio versa sobre questões de direito e de fato, contudo não havendo prova a produzir, já que a documentação juntada aos autos é suficiente ao conhecimento da matéria.
Deixo de apreciar eventuais preliminares suscitadas pela parte demandada, pois o mérito será decidido em seu favor (parte a quem aproveite a decretação da nulidade), o que faço com fundamento no art. 282, §2º do CPC.
Antes de adentrar na apreciação da matéria de fundo faz-se necessário tecer algumas considerações a respeito do instituto do empréstimo consignado realizado por beneficiários de aposentadoria e de pensão do regime geral da previdência social administrado pelo INSS.
Com o objetivo de estimular o crédito, reduzir a inadimplência e, consequentemente, a taxa de juros, o congresso nacional aprovou a Lei n. 10.820/2003 que dispõe sobre a autorização para desconto de prestações em folha de pagamento dos servidores.
A redação do art. 6º expandiu a autorização para descontos nos benefícios previdenciários de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil realizados por titulares de benefícios, desde que observados as condições estabelecidas pelo INSS em regulamento Da redação do texto legal acima mencionado extraem-se as seguintes conclusões: necessidade da existência de contrato como requisito de validade do empréstimo; observância das condições estabelecidas pelo INSS; ausência de responsabilidade solidária da autarquia previdenciária pelos débitos contraídos pelos beneficiários; e respeito ao limite de 40% (quarenta por cento) do valor dos benefícios.
A fim de cumprir a determinação legal, o INSS, por meio da presidência, expediu a Instrução Normativa n. 28, de 16 de maio de 2008 (publicada no DOU de 19/05/2008) na qual foram estabelecidos os critérios e procedimentos operacionais relativos à consignação de descontos para pagamento de empréstimos contraídos nos benefícios da Previdência Social.
Para o deslinde da questão posta em juízo, naquilo que é mais relevante, merece destacar os seguintes artigos da instrução, verbis: Art. 3º Os titulares de benefícios de aposentadoria, pensão por morte do RGPS, da Renda Mensal Vitalícia prevista na Lei nº 6.179, de 1974 , do BPC, de que trata o art. 20 da Lei nº 8.742, de 1993 , e de benefícios que tenham como requisito para sua concessão a preexistência do BPC de que trata o art. 20 da Lei nº 8.742, de 1993 , poderão autorizar os descontos no respectivo benefício, dos valores referentes ao pagamento de crédito consignado, concedidos por instituições consignatárias acordantes, desde que: (Redação do caput dada pela Instrução Normativa INSS Nº 136 DE 11/08/2022).
I - o crédito consignado seja realizado com instituição consignatária que tenha celebrado ACT com o INSS e contrato com a Dataprev, para esse fim; (Redação do inciso dada pela Instrução Normativa INSS Nº 134 DE 22/06/2022).
II - mediante contrato firmado e assinado com apresentação do documento de identidade e/ou Carteira Nacional de Habilitação - CNH, e Cadastro de Pessoa Física - CPF, junto com a autorização de consignação assinada, prevista no convênio; e III - a autorização seja dada de forma expressa, por escrito ou por meio eletrônico e em caráter irrevogável e irretratável, não sendo aceita autorização dada por telefone e nem a gravação de voz reconhecida como meio de prova de ocorrência.
IV - fica a critério da instituição consignatária acordante a contratação de crédito consignado em benefícios pagos por meio de representante legal (tutor nato, tutor judicial, curador ou guardião). (Redação do inciso dada pela Instrução Normativa INSS Nº 136 DE 11/08/2022).
V - a revogação ou a destituição dos poderes ao representante legal não atingem os atos praticados durante sua vigência, salvo decisão judicial dispondo o contrário; (Inciso acrescentado pela Instrução Normativa INSS Nº 100 DE 28/12/2018). (Revogado pela Instrução Normativa INSS Nº 136 DE 11/08/2022): VI - no caso de operações realizadas pelo representante legal, caberá à instituição financeira verificar a possível restrição prevista no inciso IV do caput, sob pena de nulidade do contrato; e (Inciso acrescentado pela Instrução Normativa INSS Nº 100 DE 28/12/2018).
VII - É vedado ao procurador que apresente instrumento de mandato particular ou que esteja cadastrado no sistema apenas para fins de recebimento do benefício, autorizar o bloqueio ou o desbloqueio de benefício para operações de crédito, salvo autorização expressa em instrumento de mandato público, para este fim. (Redação do inciso dada pela Instrução Normativa INSS Nº 136 DE 11/08/2022). (...) § 1º-A.
O beneficiário poderá optar por utilizar os 5% (cinco por cento) de RMC no cartão consignado de benefício ou no cartão de crédito consignado. (Parágrafo acrescentado pela Instrução Normativa INSS Nº 134 DE 22/06/2022). (...) § 4º A autorização, por escrito ou por meio eletrônico, para a efetivação da consignação, retenção ou constituição de Reserva de Margem Consignável - RMC, valerá enquanto subscrita pelo titular do benefício, não persistindo, por sucessão, em relação aos respectivos pensionistas e dependentes. (Redação dada ao parágrafo pela Instrução Normativa INSS nº 39, de 18.06.2009, DOU 19.06.2009).
Art. 4º A contratação de operações de crédito consignado só poderá ocorrer, desde que: I - a operação financeira tenha sido realizada na própria instituição consignatária acordante ou por meio do correspondente bancário a ela vinculado, na forma da Resolução do Conselho Monetário Nacional - CMN nº 3.954, de 24 de fevereiro de 2011, sendo a primeira responsável pelos atos praticados em seu nome; e (Redação do inciso dada pela Instrução Normativa INSS Nº 134 DE 22/06/2022).
II - respeitada a quantidade máxima de nove contratos ativos para pagamento de empréstimo pessoal e um para o cartão de crédito do mesmo benefício, independentemente de eventuais saldos da margem consignável, sendo somente permitida a averbação de um novo contrato, condicionada à exclusão de um já existente. (Redação do inciso dada pela Instrução Normativa INSS Nº 89 DE 18/10/2017).
Art. 5º A instituição consignatária acordante, independentemente da modalidade de crédito adotada, somente encaminhará o arquivo para averbação de crédito após a devida assinatura do contrato por parte do beneficiário contratante, ainda que realizada por meio eletrônico. (Redação do artigo dada pela Instrução Normativa INSS Nº 134 DE 22/06/2022).
Art. 6º A inobservância do disposto no art. 5º implicará total responsabilidade da instituição consignatária acordante envolvida e, em caso de ilegalidade constatada pelo INSS, a operação será considerada irregular e não autorizada, sendo motivo de exclusão da consignação. (Redação do artigo dada pela Instrução Normativa INSS Nº 134 DE 22/06/2022).
Art. 7º A concessão de crédito consignado será feita a critério da instituição consignatária acordante, sendo os valores e demais condições objeto de livre negociação entre ela e o beneficiário, respeitadas as demais disposições desta Instrução Normativa. (Redação do artigo dada pela Instrução Normativa INSS Nº 134 DE 22/06/2022).
A instituição financeira responde irrestritamente pelos atos praticados por seus correspondentes bancárias relativos à empréstimos consignados, na forma do art. 4º, I.
Este inciso faz menção à Resolução do CMN n. 3.110/2003.
No entanto, esta Resolução foi revogada pelo art. 23, I, da Resolução do CMN n. 3.954/2011, a qual passou a disciplinar a matéria.
O art. 2º da Resolução CMN n. 3.954/2011 reforça a inteira responsabilidade da instituição financeira pelos atos praticados por seus correspondentes bancários.
Além das exigências relativas à documentação para celebração do empréstimo consignado já destacadas acima previstas tanto na IN do INSS n. 28/2008 quanto na Resolução CMN n. 3.954/2011, merece destacar ainda as disposições dos arts. 21, 22 e 28 da IN do INSS n. 28/2008: Art. 21.
A instituição financeira, ao realizar as operações de consignação/retenção/constituição de RMC dos titulares de benefícios deverá, sem prejuízo de outras informações legais exigidas (art. 52 do Código de Defesa do Consumidor - CDC), observar a regulamentação expedida pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil, em especial as disposições constantes da Resolução nº 2.878, de 26 de julho de 2001, e alterações posteriores, bem como dar ciência prévia ao beneficiário, no mínimo, das seguintes informações: ...
VIII - o CNPJ da agência bancária que realizou a contratação quando realizado na própria rede, ou, o CNPJ do correspondente bancário e o CPF do agente subcontratado pelo anterior, acrescido de endereço e telefone.
Art. 22.
Sempre que o beneficiário receber o benefício por meio de crédito em conta corrente, o crédito do empréstimo concedido deverá ser feito, obrigatoriamente, nessa conta, constituindo motivo de recusado pedido de consignação a falta de indicação da conta ou indicação de conta que não corresponda àquela pela qual o benefício é pago.
Art. 28.
A instituição consignatária acordante concedente de crédito deverá conservar os documentos que comprovam a operação pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados da data do término do contrato de empréstimo e da validade do cartão de crédito ou cartão consignado de benefício. (Redação do artigo dada pela Instrução Normativa INSS Nº 134 DE 22/06/2022).
Registro que a Resolução do CMN n. 2.878/2001 mencionada no caput do art. 21 foi revogada pelo art. 5º da Resolução do CMN n. 3.694/2001 a qual passou a disciplinar a matéria.
A consequência jurídica imediata da realização de empréstimo consignado sem observância das exigências susum mencionadas é a exclusão imediata do empréstimo sem prejuízo da devolução das parcelas já descontadas até a efetiva exclusão, com correção monetária pela taxa SELIC, e responsabilização pelos danos causados ao consumidor na forma do CDC, conforme pontuado no caput do art. 21.
Nesse sentido merece destacar o art. 47, §5º e art. 48 da IN do INSS n. 28/2008: Art.47.
As reclamações serão recebidas diariamente pela OGPS e serão adotadas as seguintes providências: ... § 5º Caberá, exclusivamente à instituição financeira, a responsabilidade pela devolução do valor consignado/retido indevidamente, no prazo máximo de dois dias úteis da constatação da irregularidade, corrigido com base na variação da SELIC, desde a data de vencimento da parcela referente ao desconto indevido em folha, até o dia útil anterior ao da efetiva devolução, observada a forma disposta no art. 23, enviando comprovante à Dataprev.
Art. 48.
Quando a reclamação for considerada procedente por irregularidade na contratação ou consignação/averbação incorreta ou indevida em benefício, a instituição financeira deverá: I - enviar em arquivo magnético à DATAPREV a exclusão da operação de crédito considerada irregular; e II - proceder ao ressarcimento dos valores descontados indevidamente ao beneficiário, no prazo e na forma estabelecidos no § 5º do art. 47, encaminhando o comprovante do depósito ou outro documento que comprove a quitação do valor à Dataprev.
A exclusão deve ser promovida pela própria instituição financeira que realizou o empréstimo com violação às normas estatuídas pelo INSS (nos termos do art. 6º, §1º da Lei n. 10.820/2003) ou pela própria Agência da Previdência Social (APS) em cumprimento à ordem judicial.
Nesse sentido é o que dispõe o art. 44 da IN do INSS n. 28/2008.
Ademais, é importante consignar que a responsabilidade das instituições financeiras por concessão de empréstimos consignados de forma irregular não se limita ao dever de ressarcir os prejuízos causados ao consumidor.
Deve também ser responsabilizada administrativamente perante o INSS.
Para isso foi criada a Diretoria de Benefícios do INSS em Brasília.
A IN do INSS n. 28/2008 tratou da matéria no seu art. 52.
Traçadas as premissas conceituais e legais acima, passo a apreciar o pleito declinado na petição inicial à luz das provas produzidas nos autos durante a instrução, a fim de aferir se o pedido deve ou não ser deferido.
Da existência de provas a respeito do negócio jurídico.
Compulsando dos autos, verifica-se que a controvérsia se cinge à ocorrência ou não de celebração de negócio jurídico pela parte autora.
O caso se submete ao regime jurídico previsto no Código de Defesa do Consumidor, haja vista que as partes se amoldam nos conceitos de consumidor e fornecedor previstos nos arts. 2º, 3º, §2º e 29 do CDC.
Vale destacar o enunciado da Súmula n. 297 do STJ: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.
Analisando os autos, a parte autora comprovou, mediante prova no processo que há desconto em seu benefício previdenciário oriundo do contrato nº 97-818216382/16, se desincumbindo, desta forma, do ônus previsto no art. 373, inc.
I, do Código de Processo Civil, consoante se verifica no ID 27958451, página 14.
Assim, a parte autora se desincumbiu do ônus de comprovar os fatos constitutivos de seu direito.
Com a contestação, a parte promovida explicitou que os descontos são oriundos da realização de contrato de empréstimo consignado e da utilização de contrato de cartão de crédito consignado realizado pela parte aos autos o contrato com número de proposta de adesão nº 818216383, com valor de saque de R$ 1.086,80 (mil e oitenta e seis reais e oitenta centavos) exatamente como descrito na fatura do cartão de crédito acostada ao ID 31146258.
Ora, se a parte requerente afirma não ter contratado serviços de cartão de crédito com o banco demandado, por qual motivo, fez gastos com tal serviço e realizou saque de valores com o cartão? Desta forma, depreende-se do feito que a autora não só tinha conhecimento da existência do serviço de cartão de crédito como também fazia uso frequente de seus serviços.
Note-se que não há, nos autos, qualquer notícia de que o cartão da conta corrente da demandante tenha sido extraviado, mediante perda, furto ou roubo, tampouco emissão de segunda via ou alteração de senha por motivos de segurança.
Diante disso, as circunstâncias do caso, bem como o conjunto probatório juntado, em sua maioria, pela consumidora, retiram a credibilidade da versão por ela sustentada ao longo do feito, não sendo crível que os descontos efetuados foram irregulares ou até mesmo em benefício de terceiros. É certo, ainda, que o cartão magnético e a senha pessoal devem permanecer sob os cuidados e guarda do consumidor.
Além disso, a utilização da senha do cartão bancário equivale à assinatura do contrato, o que afasta qualquer irregularidade na realização das transações bancárias.
Mais além, a autora, como consumidora do serviço de cartão de crédito e tendo ciência de quem seria seu fornecedor, se acaso estivesse insatisfeita com a cobrança dos valores contestados ou mesmo alegando que não teria conhecimento dessas cobranças, poderia se valer dos canais de atendimento ao cliente para dirimir a questão, o que em momento algum foi demonstrado nos autos.
Sobre o assunto, assim decidiu o STJ: RECURSO ESPECIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL.
INSTITUIÇÃO BANCÁRIA.
SAQUES.
COMPRAS A CRÉDITO.
CONTRAÇÃO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL.
CONTESTAÇÃO.
USO DO CARTÃO ORIGINAL E DA SENHA PESSOAL DO CORRENTISTA.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.
DEFEITO.
INEXISTÊNCIA.
RESPONSABILIDADE AFASTADA. 1.
Recurso especial julgado com base no Código de Processo Civil de 1973 (cf.
Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2.
Controvérsia limitada a definir se a instituição financeira deve responder por danos decorrentes de operações bancárias que, embora contestadas pelo correntista, foram realizadas com o uso de cartão magnético com "chip" e da senha pessoal. 3.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a responsabilidade da instituição financeira deve ser afastada quando o evento danoso decorre de transações que, embora contestadas, são realizadas com a apresentação física do cartão original e mediante uso de senha pessoal do correntista. 4.
Hipótese em que as conclusões da perícia oficial atestaram a inexistência de indícios de ter sido o cartão do autor alvo de fraude ou ação criminosa, bem como que todas as transações contestadas foram realizadas com o cartão original e mediante uso de senha pessoal do correntista. 5.
O cartão magnético e a respectiva senha são de uso exclusivo do correntista, que deve tomar as devidas cautelas para impedir que terceiros tenham acesso a eles. 6.
Demonstrado na perícia que as transações contestadas foram feitas com o cartão original e mediante uso de senha pessoal do correntista, passa a ser do consumidor a incumbência de comprovar que a instituição financeira agiu com negligência, imprudência ou imperícia ao efetivar a entrega de numerário a terceiros.
Precedentes. 7.
Recurso especial provido.(STJ - REsp: 1633785 SP 2016/0278977-3, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 24/10/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 30/10/2017) No mesmo sentido, o TJAL: APELAÇÃO CÍVEL.
DIREITO DO CONSUMIDOR.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO, DANO MORAL E PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA.
INCIDÊNCIA DO CDC.
AUSÊNCIA DE CONTRATO QUE NÃO AFASTA A COMPROVAÇÃO DA CONTRATAÇÃO.
BANCO COLACIONA AOS AUTOS PROVAS DA CONTRATAÇÃO DO CARTÃO DE CRÉDITO POR PARTE DA AUTORA.
DEMONSTRADA POR MEIO DE FATURAS E COMPRAS EFETUADAS PELA AUTORA.
NEGATIVA DE CONTRATAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO.
DESCONTOS DE ANUIDADE DO CARTÃO DE CRÉDITO REALIZADOS NA CONTA DA PARTE AUTORA.
PAGAMENTO DAS FATURAS MENSAIS.
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.
INEXISTÊNCIA DE DEVER DE INDENIZAR.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE DANO MORAL.
SENTENÇA MANTIDA.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS RECURSAIS, OBSERVADA CONDIÇÃO SUSPENSIVA DE EXIGIBILIDADE, NOS TERMOS DO ART. 98, § 3º, DO CPC.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJ-AL - AC: 07003287320198020006 AL 0700328-73.2019.8.02.0006, Relator: Des.
Domingos de Araújo Lima Neto, Data de Julgamento: 11/03/2021, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 15/03/2021) Consigne-se, ainda, que a parte autora não fez juntar aos autos nenhum extrato bancário da sua conta referente ao período do contrato controvertido nos autos, o que poderia desacreditar os argumentos da parte demanda.
O consumidor/autor, quando alegar que não recebeu o valor do empréstimo, tem o dever de colaborar com a Justiça (CPC, artigo 6º) e fazer a juntada do seu extrato bancário, o que não aconteceu no presente caso.
Assim sendo, vê-se que a parte demandada comprovou documentalmente todos os fatos alegados, consoante os documentos anexados à peça contestatória.
Desta forma, não há que se falar em ilegalidade da conduta do promovido.
Por fim, a parte autora afirma que se contrato houve este foi feito sem sua intenção, conclusão esta que se encontra em dissonância com a prova dos autos posto que, repito, o contrato anexado aos autos se revela plenamente válido uma vez que atendeu a todos os requisitos previstos em lei.
Verifica-se, portanto, que não está demonstrada ilegalidade nos descontos efetuados no benefício previdenciário, e, desta feita, incabíveis os pleitos de indenização por danos morais e materiais, bem como pedido de cancelamento do negócio com cessação dos descontos.
De mais a mais, milita em desfavor da parte autora o fato de possuir vasto histórico de contratação de empréstimos consignados, não tendo a petição inicial informado se esses outros contratos também estão sendo contestados administrativa ou judicialmente.
Ademais, o tempo decorrido da combatida contratação até o ajuizamento da demanda também não favorece a requerente, já que não é razoável que tenha aceitado passivamente, por tanto tempo, descontos indevidos em seu benefício previdenciário.
Assim, conquanto o pedido não tenha sido atingido pela prescrição quinquenal, fato é que a passividade da autora por extenso período constitui indício de que a contratação foi realmente legal, como alega e comprova suficientemente o banco réu.
De passagem, vale refletir que o Poder Judiciário tem sido acionado excessivamente por vários contratantes de empréstimos consignados, os quais, muitas vezes, aproveitando-se da incapacidade das instituições financeiras de produzir provas em todos os feitos, buscam indevidamente a anulação dos mútuos e indenização por danos morais, mesmo tendo efetivamente contratado e recebido o valor correspondente à época.
Não se quer dizer, aqui, que esse é o caso da presente demanda, contudo, esse contexto, sem dúvidas, desperta cuidados adicionais, a fim de não interferir em transações legais, das quais todas as partes se beneficiaram oportunamente.
Por fim, colaciono julgado do Egrégio Tribunal de Justiça do Pará relativo a caso semelhante e que corrobora o posicionamento aqui sustentado: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANOS MORAIS.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
COMPROVADA EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO NEGOCIAL.
FRAUDE NÃO EVIDENCIADA.
SENTENÇA INTEGRALMENTE REFORMADA. recurso conhecido e provido à unanimidade. 1.
A jurisprudência pátria tem entendido que a comprovação de que o empréstimo foi disponibilizado ao consumidor é essencial à aferição da regularidade na contratação. 2.
No caso concreto, o apelante logrou êxito em comprovar que o valor emprestado foi disponibilizado à apelada em conta corrente de sua titularidade, não tendo ela sequer se insurgido sobre este fato.
Além disso, pelo contexto fático, os documentos utilizados no momento da contratação, indicam que a autora efetivamente pactuou a tomada do empréstimo consignado, corroborando a tese recursal de inexistência de fraude, impondo-se a reforma integral da sentença impugnada. 3.
Recurso conhecido e provido para reconhecer a regularidade da contratação do empréstimo consignado e, por via de consequência, dos descontos no beneficiário previdenciário da autora, julgando improcedente os pedidos deduzidos na inicial. À unanimidade. (TJPA - 8382872, 8382872, Rel.
RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado, Julgado em 2022-02-22, Publicado em 2022-03-04) Conclui-se que as provas documentais apresentadas pelo banco promovido são suficientes para demonstrar que a relação jurídica entre as partes de fato existiu, não estando eivada de qualquer vício nem sendo proveniente de fraude praticada por terceiro.
Da litigância de má-fé Avançando, entendo como temerária a conduta da parte autora, consistente em contratar livremente um serviço, receber e usufruir dos valores, e posteriormente, buscar a tutela jurisdicional, alegando que não fizera o citado contrato, requerendo a devolução em dobro do que pagou e ainda indenização por dano moral, induzindo este juízo ao erro.
Ressalte-se que processos judiciais tais como o presente assoberbam o Judiciário, a exigir que o magistrado utilize os meios à disposição para evitar a propositura de ações temerárias, impondo ás partes que reflitam e analisem com parcimônia se há de fato razões para se demandar em juízo, considerando as eventuais consequências advindas, não se valendo do Judiciário como uma espécie de loteria sem ônus, visto que o direito de acesso à justiça não tem caráter absoluto, nem admite um uso abusivo.
A atitude do demandante enquadra-se perfeitamente nas situações previstas no Código de Processo Civil/2015, in verbis: “Art. 80.
Considera-se litigante de má-fé aquele que: II - alterar a verdade dos fatos; (...)” (destaquei).
Art. 81.
De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
DISPOSITIVO Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE os pedidos formulados na petição inicial, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Condeno a parte autora ao pagamento de multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa atualizado pelo IPCA, nos termos do art. 81, caput, do CPC, bem como ao pagamento das custas processuais finais e em verba honorária que, nos termos do art. 85, § 2º, do Código de Processo Civil, fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, ficando a sua exigibilidade suspensa nos termos do art. 98, §3º, do CPC.
Após o trânsito em julgado, não havendo qualquer requerimento ou interposição de recurso, arquivem-se os autos.
P.R.I.
Dom Eliseu, data da assinatura digital.
FRANCISCO WALTER RÊGO BATISTA Juiz de Direito Substituto integrante do Núcleo de Justiça 4.0 - Grupo de Assessoramento e Suporte do 1º Grau (Portaria nº 1130/2022-GP) auxiliando a Vara Cível e Empresarial da Comarca de Dom Eliseu (Portaria nº 245/2023-GP) -
02/03/2023 10:37
Expedição de Outros documentos.
-
02/03/2023 10:37
Julgado improcedente o pedido
-
01/03/2023 07:21
Conclusos para julgamento
-
01/03/2023 07:21
Cancelada a movimentação processual
-
23/02/2023 11:37
Cancelada a movimentação processual
-
01/02/2023 16:00
Juntada de Petição de petição
-
01/08/2022 12:22
Juntada de Petição de petição
-
24/06/2022 11:44
Expedição de Outros documentos.
-
07/12/2021 03:16
Decorrido prazo de ANA PEREIRA LIMA em 06/12/2021 23:59.
-
10/11/2021 09:55
Expedição de Outros documentos.
-
05/10/2021 12:28
Ato ordinatório praticado
-
24/08/2021 00:53
Decorrido prazo de BANCO CETELEM S.A. em 23/08/2021 23:59.
-
18/08/2021 00:14
Decorrido prazo de ANA PEREIRA LIMA em 17/08/2021 23:59.
-
09/08/2021 13:04
Juntada de Petição de contestação
-
23/07/2021 09:26
Expedição de Outros documentos.
-
23/07/2021 09:26
Expedição de Outros documentos.
-
13/07/2021 00:49
Decorrido prazo de ANA PEREIRA LIMA em 12/07/2021 23:59.
-
13/07/2021 00:49
Decorrido prazo de BANCO CETELEM S.A. em 12/07/2021 23:59.
-
18/06/2021 14:30
Expedição de Outros documentos.
-
15/06/2021 09:21
Ato ordinatório praticado
-
11/06/2021 12:56
Processo migrado do Sistema Libra
-
11/06/2021 12:29
ALTERAÇÃO DE DADOS DO PROCESSO - Alteração( es) no processo 00084353920188140107: - Classe Antiga: 26, Classe Nova: 7. - O asssunto 7698 foi removido. - O asssunto 7768 foi acrescentado. - O Asssunto Principal foi alterado de 7698 para 7768. - Justi
-
11/02/2021 15:17
PROVIDENCIAR OUTROS
-
11/02/2021 10:21
CADASTRO DE DOCUMENTO - Movimento de Cadastro de Documento
-
11/02/2021 10:21
A SECRETARIA - Tramitação automática realizada pelo Cadastro de Documento
-
11/02/2021 10:21
Alteração de tipo de movimento de acordo com o Siga MEM-2024/14145
-
11/02/2021 09:34
CONCLUSOS AO MAGISTRADO
-
12/12/2019 10:16
PROVIDENCIAR OUTROS
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07/12/2018 12:21
PROVIDENCIAR OUTROS
-
05/12/2018 10:33
ASSOCIAÇÃO E JUNTADA DO PROTOCOLO AO PROCESSO - Movimento de Junção
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05/12/2018 10:33
JUNTAR DOCUMENTO - Movimento de Junção
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05/12/2018 10:33
BAIXA DE TRAMITAÇÃO - Movimento de Recebimento de Documento de Tramitação
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30/11/2018 09:48
REIMPRESSÃO DE ETIQUETA DE PROTOCOLO - Reimpressão de protocolo de número 20.***.***/5614-41
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30/11/2018 09:48
ASSOCIAÇÃO DO PROTOCOLO AO PROCESSO - CADASTRO DE DOCUMENTO
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30/11/2018 09:48
ASSOCIAÇÃO DE DOCUMENTO - CADASTRO DE PROTOCOLO
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30/11/2018 09:48
Remessa
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10/10/2018 14:18
VISTAS AO DEFENSOR
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20/08/2018 12:21
PROVIDENCIAR OUTROS
-
20/08/2018 12:13
PROVIDENCIAR OUTROS
-
20/08/2018 09:59
A SECRETARIA
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17/08/2018 10:15
CADASTRO DE DOCUMENTO - Movimento de Cadastro de Documento
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17/08/2018 10:15
Alteração de tipo de movimento de acordo com o Siga MEM-2024/14145
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07/08/2018 14:53
CONCLUSOS
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02/08/2018 13:19
DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSO - DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSO Para Comarca: DOM ELISEU, Vara: VARA UNICA DE DOM ELISEU, Secretaria: SECRETARIA DA VARA UNICA DE DOM ELISEU, JUIZ RESPONDENDO: CELIA GADOTTI BEDIN
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02/08/2018 13:19
CONCLUSOS AO MAGISTRADO
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02/08/2018 13:19
AUTUAÇÃO - Movimento de Autuação
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
02/08/2018
Ultima Atualização
22/07/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
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