TRF1 - 1004336-50.2024.4.01.3904
1ª instância - Castanhal
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
10/06/2025 11:31
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para Turma Recursal
-
19/05/2025 16:33
Juntada de Informação
-
17/05/2025 13:31
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 16/05/2025 23:59.
-
23/04/2025 15:07
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
-
15/04/2025 19:03
Decorrido prazo de Central de Análise de Benefício - Ceab/INSS em 14/04/2025 23:59.
-
05/04/2025 00:22
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 04/04/2025 23:59.
-
05/04/2025 00:11
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 04/04/2025 23:59.
-
01/04/2025 17:05
Juntada de recurso inominado
-
21/03/2025 00:03
Publicado Sentença Tipo A em 21/03/2025.
-
21/03/2025 00:03
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 21/03/2025
-
20/03/2025 00:00
Intimação
Processo nº : 1004336-50.2024.4.01.3904 Autor(a) : AUTOR: ANGELA MARIA FORO BELO Réu : REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Tipo : A SENTENÇA 1.
RELATÓRIO Dispensado o relatório nos termos do parágrafo único do Art. 38 da Lei n° 9.099/95 c/c o art. 1º da Lei n° 10.259/01. 2.
FUNDAMENTAÇÃO Trata-se de ação por meio da qual a parte autora pretende a concessão do benefício de pensão por morte, sob o fundamento de ostentar a qualidade de dependente de segurado falecido da Previdência Social.
O óbito do segurado da Previdência Social constitui-se em um dos riscos sociais previstos na Constituição Federal e na legislação, autorizador da cobertura previdenciária.
Nessa senda, para ter assegurado o direito de receber o benefício de pensão por morte, a requerente deve comprovar: 1) a qualidade de segurado do instituidor do benefício ao tempo do óbito; 2) a materialização da contingência prevista em lei e 3) sua qualidade de dependente, nos termos do art. 16, da Lei nº 8.213/91.
O cumprimento do período de carência (assim entendida como o número mínimo de contribuições necessárias para o deferimento do benefício) está dispensado pelo art. 26, I, da Lei 8.213/91.
Cabe frisar que este juízo passou a adotar a sistemática do “fluxo concentrado”, o qual tem como principal premissa a produção prévia da prova testemunhal acompanhando a petição inicial.
Considerando que a negativa administrativa foi fundada, eminentemente, na ausência de comprovação da união estável/ dependência econômica da autora em relação ao segurado instituidor, conforme decisão denegatória que instrui os autos, bem como o fato de a contestação ter como primados o ônus da impugnação específica e da concentração da defesa, cabendo ao réu refutar todos os fatos alegados pelo autor na primeira oportunidade que couber se manifestar no processo, indicando, inclusive, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo da pretensão deduzida, nos termos dos arts. 336 e 371, II do CPC, cabe prioritariamente ao INSS indicar a existência de circunstância prejudicial junto aos depoimentos gravados, notadamente quando os demais elementos de prova mostrarem-se suficientes ao esclarecimento das circunstâncias de fato e de direito.
No caso dos autos, a morte do pretenso instituidor JOÃO ADELINO DA ROCHA, está provada pela juntada da certidão de óbito, ocorrido em 29/01/2024.
Quanto à qualidade de segurado do de cujus não há controvérsias, já que ele figurava como titular de benefício de aposentadoria por invalidez (NB 075.759.083-7), cessado por ocasião do passamento.
No que concerne à qualidade de dependente da parte autora, para demonstração da constituição de união estável declarada e da existência de dependência econômica, o art. 16, §6º-A, do Decreto 3048/99 apregoa que “as provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito”.
Por sua vez, o art. 22, §3º, do Decreto 3.048/99, elenca uma série de documentos que podem ser apresentados como forma de comprovar a dependência econômica, sendo necessário no mínimo 2 (dois) para provar os fatos alegados.
No caso em concreto, verifica-se que não há elementos de prova contundentes que evidenciam a manutenção da relação de união estável declarada até o evento morte.
Com efeito, os documentos apresentados que fazem menção à constituição de relação de união declarada à exordial foram produzidos essencialmente em momento extemporâneo ao período de prova (posterior ao óbito ou muito remotamente), a saber: O documento do TAUS foi emitido em 20/10/2021, fora do período de 24 meses exigido para o benfício pleiteado; O recibo de compra e venda foi firmado somente em nome da autora em período muito anterior ao óbito; Declaração de terceiros tomadas a termo não é prova documental, mas simples prova documentada, sendo meio apto a provar apenas a existência da declaração e não os fatos declarados.
Especificamente quanto à certidão de óbito a autora não figura como declarante do evento morte, não há qualquer indicação de manutenção de relação de união estável, não se podendo meramente presumi-la.
Observa-se que, embora a autora tenha tido uma vida em comum e filhos com o falecido, não ficou comprovado que os mesmos ainda conviviam até a morte do pretenso instituidor.
Por sua vez, os registros fotográficos são inservíveis a comprovar os fatos alegados, seja porque não traduzem, por si só, relação duradoura e estável entre os participantes, seja em razão da falta de precisão do marco temporal dos acontecimentos.
Desse modo, em que pese não haver contradições entre os depoimentos apresentados, a partir da análise do conjunto probatório produzido nos autos, observa-se que a parte autora não se desincumbiu do ônus de provar, de forma indubitável, a manutenção da relação de união estável discriminada na peça inaugural até o passamento, o que afasta a presunção de existência de dependência econômica, razão pela qual resta incabível a concessão de pensão por morte vindicada, sendo dispensável a apreciação dos demais requisitos legais por serem considerados cumulativos entre si. 3.
DISPOSITIVO Ante o exposto, julgo improcedente o pedido, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Por oportuno, defiro os benefícios da justiça gratuita.
Sem custas e honorários advocatícios (art. 55, caput, da Lei n° 9.099/95).
Sem reexame necessário.
Interposto(s) recurso(s) voluntário(s) tempestivo(s) contra a presente, intime-se o(a) recorrido(a) para oferecer resposta, em dez (10) dias, e, decorrido o prazo, com ou sem contrarrazões, remeta-se à Turma Recursal.
Transitada em julgado, arquivem-se os autos.
Cabe ainda inteirar que se a parte autora não tiver advogado(a) constituído(a) nos autos, e deixar de comparecer em Juízo pelo prazo de 30 (trinta) dias após a data da assinatura da sentença, restará devidamente intimada.
Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.
Castanhal, 14 de março de 2025 Assinado Eletronicamente JUIZ FEDERAL -
19/03/2025 11:23
Processo devolvido à Secretaria
-
19/03/2025 11:23
Juntada de Certidão
-
19/03/2025 11:23
Expedição de Outros documentos.
-
19/03/2025 11:23
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
-
19/03/2025 11:23
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
19/03/2025 11:23
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
19/03/2025 11:23
Concedida a gratuidade da justiça a ANGELA MARIA FORO BELO - CPF: *44.***.*28-53 (AUTOR)
-
19/03/2025 11:23
Julgado improcedente o pedido
-
05/03/2025 12:55
Conclusos para julgamento
-
10/12/2024 14:47
Juntada de manifestação
-
18/11/2024 10:37
Processo devolvido à Secretaria
-
18/11/2024 10:37
Juntada de Certidão
-
18/11/2024 10:37
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
-
18/11/2024 10:37
Convertido(a) o(a) Julgamento em Diligência
-
12/11/2024 11:27
Juntada de Certidão
-
12/11/2024 11:17
Juntada de Certidão
-
08/11/2024 13:45
Conclusos para julgamento
-
05/11/2024 18:08
Juntada de réplica
-
09/10/2024 10:42
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
-
07/10/2024 14:08
Juntada de contestação
-
09/09/2024 06:48
Expedida/certificada a citação eletrônica
-
09/09/2024 06:48
Expedição de Outros documentos.
-
04/09/2024 11:58
Juntada de outras peças
-
23/08/2024 09:10
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
-
23/08/2024 09:10
Juntada de Certidão
-
23/08/2024 08:21
Ato ordinatório praticado
-
23/08/2024 07:46
Processo devolvido à Secretaria
-
23/08/2024 07:45
Cancelada a conclusão
-
14/08/2024 14:24
Conclusos para despacho
-
01/07/2024 12:12
Remetidos os Autos (em diligência) da Distribuição ao Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Castanhal-PA
-
01/07/2024 12:12
Juntada de Informação de Prevenção
-
27/06/2024 00:38
Juntada de dossiê - prevjud
-
27/06/2024 00:38
Juntada de dossiê - prevjud
-
27/06/2024 00:38
Juntada de dossiê - prevjud
-
27/06/2024 00:38
Juntada de dossiê - prevjud
-
27/06/2024 00:38
Juntada de dossiê - prevjud
-
16/05/2024 18:02
Recebido pelo Distribuidor
-
16/05/2024 18:02
Juntada de Certidão
-
16/05/2024 18:01
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
16/05/2024
Ultima Atualização
19/03/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Sentença Tipo A • Arquivo
Sentença Tipo A • Arquivo
Despacho • Arquivo
Ato ordinatório • Arquivo
Ato ordinatório • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 1012334-83.2025.4.01.3500
Dione Moreira de Lima
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Jovair Siqueira
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 06/03/2025 13:34
Processo nº 1000037-87.2024.4.01.3400
Camila Carneiro dos Reis
Uniao Federal
Advogado: Rennan Alef Alves Cunha
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 23/01/2025 14:56
Processo nº 1000037-87.2024.4.01.3400
Camila Carneiro dos Reis
Uniao Federal
Advogado: Rennan Alef Alves Cunha
2ª instância - TRF1
Ajuizamento: 11/04/2024 10:36
Processo nº 1000805-52.2025.4.01.3311
Gilberto Moura Santos
Caixa Economica Federal - Cef
Advogado: Eduardo Almeida Santos
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 31/01/2025 14:50
Processo nº 1098339-88.2023.4.01.3400
Eduardo Felipe de Oliveira
Secretario de Atencao Primaria a Saude D...
Advogado: Ana Laura de Oliveira
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 07/01/2025 16:15