TRF1 - 1008931-70.2025.4.01.3900
1ª instância - 8ª Belem
Polo Ativo
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
01/07/2025 16:22
Arquivado Definitivamente
-
01/07/2025 02:17
Decorrido prazo de ODENILDO DO SOCORRO LOBATO MAUES em 30/06/2025 23:59.
-
26/06/2025 00:13
Publicado Sentença Tipo C em 02/06/2025.
-
26/06/2025 00:13
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 26/06/2025
-
30/05/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Estado do Pará 8ª Vara Federal de Juizado Especial Cível da SJPA PROCESSO: 1008931-70.2025.4.01.3900 ASSUNTO:[Seguro-defeso ao pescado artesanal profissional] AUTOR: ODENILDO DO SOCORRO LOBATO MAUES Advogado do(a) AUTOR: CRISTIANO ANDRE COSTA DA SILVA - PA25214 REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS SENTENÇA TIPO: C SENTENÇA 1 - RELATÓRIO Dispensado, conforme disposto no art. 38 da Lei 9099/95 aplicado ao Juizado Especial Federal nos termos do art. 1º da lei 10.259/01. 2 – FUNDAMENTAÇÃO A Lei nº 10.779/03 dispõe sobre a concessão do benefício de seguro desemprego, durante o período de defeso, ao pescador profissional que exerce a atividade pesqueira de forma artesanal.
O art. 2º da referida Lei informa quais os requisitos deverão ser preenchidos para que o pescador faça jus ao benefício: Art. 2o Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receber e processar os requerimentos e habilitar os beneficiários, nos termos do regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015) § 1o Para fazer jus ao benefício, o pescador não poderá estar em gozo de nenhum benefício decorrente de benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pensão por morte e auxílio-acidente. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) (...) § 3o O INSS, no ato de habilitação ao benefício, deverá verificar a condição de segurado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termos da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o requerimento do benefício, o que for menor, observado, quando for o caso, o disposto no inciso II do § 2o. (Incluído pela dada pela Lei nº 13.134, de 2015) Para comprovar tais requisitos, exige-se a apresentação dos seguintes documentos: Art. 2º (...) (...) §2º (...) I - registro como pescador profissional, categoria artesanal, devidamente atualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura com antecedência mínima de 1 (um) ano, contado da data de requerimento do benefício; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) II - cópia do documento fiscal de venda do pescado a empresa adquirente, consumidora ou consignatária da produção, em que conste, além do registro da operação realizada, o valor da respectiva contribuição previdenciária de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, ou comprovante de recolhimento da contribuição previdenciária, caso tenha comercializado sua produção a pessoa física; e (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) Nesse sentido, para ter direito ao benefício é necessário obedecer a alguns requisitos conforme o diploma legal mencionado, destacando-se o registro no Ministério da Pesca e Aquicultura e a consequente apresentação do documento probatório, a saber, a carteira de pescador também denominado de RGP - Registro Geral da Pesca com antecedência mínima de um ano da data de início do defeso.
Além disso, há de se comprar o recolhimento da contribuição previdenciária anual.
Veja-se que a regularidade do RGP é requisito para obtenção do seguro, sem o que o INSS não poderá deferi-lo.
Para exercício da profissão de pescador é preciso obter licença perante o Ministério da Agricultura, nos termos do art. 6º, §1º.III, c/c art. 25, §2º da lei 11959/2009.
Para tanto é preciso que obtenha previamente cadastro no Registro Geral de Pesca.
Quanto ao RPG, aquela lei foi regulamentada pelo Decreto 8425/15.
Nota-se que o RGP é instrumento administrativo que visa permitir à pessoa exercício da atividade de pesca por exigência legal.
Nesse contexto é que surge o poder de autotutela administrativa para fins de identificar a regularidade de RGPs já concedidos.
No exercício do poder de autotutela a administração pode (e deve) realizar auditorias internas visando impedir a continuidade de RGPs irregulares.
Trata-se de atividade inerente a função administrativa precípua do Poder Executivo.
Nos termos do art. 2º da CF/88, o Poder Executivo é independente, de modo que não cabe ao Poder Judiciário intervir em suas atividades.
A exceção é quando houve ilegalidade, quando deverá o Poder Judiciário declará-la pela inafastabilidade da jurisdição.
No contexto do controle interno é que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao identificar indícios de irregularidade no RGP, promove a suspensão da inscrição para fins identificar se o inscrito trata-se de fato de pescador.
Como exemplo de ato de suspensão foi expedida a Portaria SAP/MAPA 263/2020 (de 19/10/2020), que atingiu 31.903 registros.
A suspensão deu-se para averiguação de indícios de irregularidade no cadastro.
A própria portaria previu prazo para recurso administrativo contra a suspensão.
Em 12/05/2021 a Portaria SAP/MAPA 166/2021 efetivou o cancelamento daqueles registros que estavam suspensos pela portaria 263/2020, especificando em cada nome o motivo da irregularidade.
Tal portaria, embora já de cancelamento, também previu prazo para recurso administrativo.
Ressalte-se que a administração está com freqüência a realizar tais controles internos, com a publicação de sucessivas portarias: Note-se que diante da identificação das irregularidades, cabe àquele que teve o RGP suspenso ou cancelado levar à administração os elementos que ratifiquem seu direito ao registro.
Caso não tenha feito, não há ato administrativo individualizado passível de ser discutido em demanda judicial individualizada, o que afasta o interesse de agir.
Apenas há interesse de agir em demanda individualizada caso o interessado submeta sua situação individualizada à administração e esta, ainda assim, mantenha a suspensão ou cancelamento do registro.
Nos termos do art. 330, II, do CPC, a inicial deve ser indeferida desde logo quando não houve interesse de agir, o que mantém correspondência com o art. 485, VI, do CPC.
Por fim, considerando que esta ação se trata de reiterado(s) reajuizamento(s) de ação(ões) anteriore(s) extinta(s) sob a mesma fundamentação, ressalto que novo ajuizamento ensejará multa por litigância de má fé (79 e 81 do Código de Processo Civil). 3 – DISPOSITIVO Ante o exposto, indefiro a inicial e extingo o processo sem resolução de mérito por falta de interesse de agir nos termos do art. 330, II, e art. 485, VI, do CPC.
Sem custas ou honorários.
Defiro a gratuidade requerida.
Transitada em julgado, arquivem-se com baixa.
Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.
Belém(PA), (datado e assinado eletronicamente) JUIZ FEDERAL DA 8ª VARA -
29/05/2025 10:50
Processo devolvido à Secretaria
-
29/05/2025 10:50
Juntada de Certidão
-
29/05/2025 10:50
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
29/05/2025 10:50
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
29/05/2025 10:50
Concedida a gratuidade da justiça a ODENILDO DO SOCORRO LOBATO MAUES - CPF: *91.***.*42-53 (AUTOR)
-
29/05/2025 10:50
Extinto o processo por ausência das condições da ação
-
28/05/2025 14:22
Conclusos para julgamento
-
10/04/2025 12:26
Redistribuído por prevenção em razão de dependência
-
10/04/2025 11:22
Processo devolvido à Secretaria
-
10/04/2025 11:22
Determinação de redistribuição por prevenção
-
09/04/2025 09:20
Conclusos para decisão
-
25/03/2025 04:02
Juntada de dossiê - prevjud
-
25/03/2025 04:02
Juntada de dossiê - prevjud
-
25/03/2025 04:02
Juntada de dossiê - prevjud
-
25/03/2025 04:02
Juntada de dossiê - prevjud
-
25/03/2025 04:02
Juntada de dossiê - prevjud
-
26/02/2025 12:10
Remetidos os Autos (em diligência) da Distribuição ao 12ª Vara Federal de Juizado Especial Cível da SJPA
-
26/02/2025 12:10
Juntada de Informação de Prevenção
-
26/02/2025 10:23
Recebido pelo Distribuidor
-
26/02/2025 10:23
Juntada de Certidão
-
26/02/2025 10:23
Autos incluídos no Juízo 100% Digital
-
26/02/2025 10:23
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
10/04/2025
Ultima Atualização
01/07/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Sentença Tipo C • Arquivo
Decisão • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 1004249-11.2025.4.01.3500
Claudio Marcio Castro
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Hitalo Cassiano Bueno de Paula
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 27/01/2025 21:26
Processo nº 1012423-25.2024.4.01.3312
Jazara Pereira de Oliveira
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Ginaldy Gomes do Nascimento Coelho
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 28/11/2024 16:10
Processo nº 1005459-25.2025.4.01.4300
Euzanira da Silva Araujo
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Barbara Ruita Czapski
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 06/05/2025 14:40
Processo nº 1013954-51.2025.4.01.3300
Eliezer de Almeida Damasceno da Fe
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Eliezer de Almeida Damasceno
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 28/02/2025 14:11
Processo nº 1018505-83.2025.4.01.3200
Joao Filomeno Almeida
Caixa Economica Federal - Cef
Advogado: Pedro Felix Goncalves Dias Figueiredo
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 25/07/2025 13:55