TRF1 - 0024184-88.2010.4.01.3400
1ª instância - 11ª Brasilia
Polo Ativo
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Polo Passivo
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Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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06/02/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Distrito Federal 11ª Vara Federal de Execução Fiscal da SJDF SENTENÇA TIPO "B" PROCESSO: 0024184-88.2010.4.01.3400 CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116) POLO ATIVO: CONSELHO REGIONAL ENFERMAGEM DO DF POLO PASSIVO:ZILDA SOUZA DINIZ SENTENÇA Trata-se de execução fiscal ajuizada por CONSELHO REGIONAL ENFERMAGEM DO DF – COREN/DF em desfavor de ZILDA SOUZA DINIZ.
Instado a se manifestar sobre a prescrição intercorrente, o exequente pugnou pela sua não consumação (id 1021084251). É o relatório.
DECIDE-SE: No âmbito das execuções fiscais, o STJ editou em 08.02.2006 a súmula 314 estabelecendo que “em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição intercorrente”.
Posteriormente, em 2018, o STJ no julgamento do RESp 1.340.553 destrinchou o instituto do art. 40, §§ 1º e 2º da lei 6.830/80 (lei de execução fiscal - LEF), definindo, com efeito vinculante (Tema Repetitivo 566), como deve ser aplicada a sistemática da prescrição intercorrente no procedimento prático, in verbis: RECURSO ESPECIAL REPETITIVO.
ARTS. 1.036 E SEGUINTES DO CPC/2015 (ART. 543-C, DO CPC/1973).
PROCESSUAL CIVIL.
TRIBUTÁRIO.
SISTEMÁTICA PARA A CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO) PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI N. 6.830/80). 1.
O espírito do art. 40, da Lei n. 6.830/80 é o de que nenhuma execução fiscal já ajuizada poderá permanecer eternamente nos escaninhos do Poder Judiciário ou da Procuradoria Fazendária encarregada da execução das respectivas dívidas fiscais. 2.
Não havendo a citação de qualquer devedor por qualquer meio válido e/ou não sendo encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora (o que permitiria o fim da inércia processual), inicia-se automaticamente o procedimento previsto no art. 40 da Lei n. 6.830/80, e respectivo prazo, ao fim do qual restará prescrito o crédito fiscal.
Esse o teor da Súmula n. 314/STJ: "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente". 3.
Nem o Juiz e nem a Procuradoria da Fazenda Pública são os senhores do termo inicial do prazo de 1 (um) ano de suspensão previsto no caput, do art. 40, da LEF, somente a lei o é (ordena o art. 40: "[...] o juiz suspenderá [...]").
Não cabe ao Juiz ou à Procuradoria a escolha do melhor momento para o seu início.
No primeiro momento em que constatada a não localização do devedor e/ou ausência de bens pelo oficial de justiça e intimada a Fazenda Pública, inicia-se automaticamente o prazo de suspensão, na forma do art. 40, caput, da LEF.
Indiferente aqui, portanto, o fato de existir petição da Fazenda Pública requerendo a suspensão do feito por 30, 60, 90 ou 120 dias a fim de realizar diligências, sem pedir a suspensão do feito pelo art. 40, da LEF.
Esses pedidos não encontram amparo fora do art. 40 da LEF que limita a suspensão a 1 (um) ano.
Também indiferente o fato de que o Juiz, ao intimar a Fazenda Pública, não tenha expressamente feito menção à suspensão do art. 40, da LEF.
O que importa para a aplicação da lei é que a Fazenda Pública tenha tomado ciência da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido e/ou da não localização do devedor.
Isso é o suficiente para inaugurar o prazo, ex lege. 4.
Teses julgadas para efeito dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973): 4.1.) O prazo de 1 (um) ano de suspensão do processo e do respectivo prazo prescricional previsto no art. 40, §§ 1º e 2º da Lei n. 6.830/80 - LEF tem início automaticamente na data da ciência da Fazenda Pública a respeito da não localização do devedor ou da inexistência de bens penhoráveis no endereço fornecido, havendo, sem prejuízo dessa contagem automática, o dever de o magistrado declarar ter ocorrido a suspensão da execução; 4.1.1.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., nos casos de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido antes da vigência da Lei Complementar n. 118/2005), depois da citação válida, ainda que editalícia, logo após a primeira tentativa infrutífera de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.1.2.) Sem prejuízo do disposto no item 4.1., em se tratando de execução fiscal para cobrança de dívida ativa de natureza tributária (cujo despacho ordenador da citação tenha sido proferido na vigência da Lei Complementar n. 118/2005) e de qualquer dívida ativa de natureza não tributária, logo após a primeira tentativa frustrada de citação do devedor ou de localização de bens penhoráveis, o Juiz declarará suspensa a execução. 4.2.) Havendo ou não petição da Fazenda Pública e havendo ou não pronuciamento judicial nesse sentido, findo o prazo de 1 (um) ano de suspensão inicia-se automaticamente o prazo prescricional aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) durante o qual o processo deveria estar arquivado sem baixa na distribuição, na forma do art. 40, §§ 2º, 3º e 4º da Lei n. 6.830/80 - LEF, findo o qual o Juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato; 4.3.) A efetiva constrição patrimonial e a efetiva citação (ainda que por edital) são aptas a interromper o curso da prescrição intercorrente, não bastando para tal o mero peticionamento em juízo, requerendo, v.g., a feitura da penhora sobre ativos financeiros ou sobre outros bens.
Os requerimentos feitos pelo exequente, dentro da soma do prazo máximo de 1 (um) ano de suspensão mais o prazo de prescrição aplicável (de acordo com a natureza do crédito exequendo) deverão ser processados, ainda que para além da soma desses dois prazos, pois, citados (ainda que por edital) os devedores e penhorados os bens, a qualquer tempo – mesmo depois de escoados os referidos prazos –, considera-se interrompida a prescrição intercorrente, retroativamente, na data do protocolo da petição que requereu a providência frutífera. 4.4.) A Fazenda Pública, em sua primeira oportunidade de falar nos autos (art. 245 do CPC/73, correspondente ao art. 278 do CPC/2015), ao alegar nulidade pela falta de qualquer intimação dentro do procedimento do art. 40 da LEF, deverá demonstrar o prejuízo que sofreu (exceto a falta da intimação que constitui o termo inicial - 4.1., onde o prejuízo é presumido), por exemplo, deverá demonstrar a ocorrência de qualquer causa interruptiva ou suspensiva da prescrição. 4.5.) O magistrado, ao reconhecer a prescrição intercorrente, deverá fundamentar o ato judicial por meio da delimitação dos marcos legais que foram aplicados na contagem do respectivo prazo, inclusive quanto ao período em que a execução ficou suspensa. 5.
Recurso especial não provido.
Acórdão submetido ao regime dos arts. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 543-C, do CPC/1973).
No caso presente, verifica-se que, após a paralisação dos trâmites do processo em 11/2/2015 (id 394261535), transcorreu prazo superior a seis anos sem diligências frutíferas no sentido de localizar o devedor ou bens penhoráveis.
Assim, revela-se patente a consumação da prescrição intercorrente na espécie.
Ante o exposto, decreto a prescrição intercorrente e JULGO EXTINTA A EXECUÇÃO, nos termos do art. 40, § 4º, da Lei nº 6.830/80 c/c art. 487, II, do novo Código de Processo Civil.
Sem custas e sem honorários.
A prescrição intercorrente é a consequência natural de não serem encontrados o devedor e/ou seus bens para fins de quitação da dívida.
Assim sendo, e em atenção ao princípio da causalidade nos honorários advocatícios, não há como atribuir ao credor a culpa pela frustração da ação executiva.
Intime-se o Exequente para o cancelamento da(s) CDA(s) em execução.
Arquivem-se os autos, oportunamente, dando-se baixa na distribuição, com as anotações de estilo.
Brasília-DF.
JUIZ(A) FEDERAL DA 11ª VARA / DF (assinatura digital - vide rodapé deste documento) -
02/08/2022 15:26
Conclusos para julgamento
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08/04/2022 10:53
Juntada de petição intercorrente
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08/02/2022 11:12
Juntada de Certidão
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08/02/2022 11:12
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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08/02/2022 11:12
Ato ordinatório praticado
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26/03/2021 04:55
Decorrido prazo de ZILDA SOUZA DINIZ em 25/03/2021 23:59.
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18/03/2021 08:40
Juntada de petição intercorrente
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03/03/2021 06:24
Publicado Intimação - Usuário do Sistema em 08/02/2021.
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03/03/2021 06:24
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 03/03/2021
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05/02/2021 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Distrito Federal 11ª Vara Federal de Execução Fiscal da SJDF PROCESSO: 0024184-88.2010.4.01.3400 CLASSE: EXECUÇÃO FISCAL (1116) POLO ATIVO: CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO DISTRITO FEDERAL - COREN/DF e outros POLO PASSIVO: ZILDA SOUZA DINIZ PROCESSO MIGRADO PARA O PJE DESTINATÁRIO(S): ZILDA SOUZA DINIZ Ficam as partes intimadas para se manifestarem sobre a conformidade (eventuais peças omitidas e/ou com qualidade comprometida) do processo migrado ao PJe, no prazo de 30 (trinta) dias.
BRASÍLIA, 4 de fevereiro de 2021. (assinado eletronicamente) -
04/02/2021 10:51
Expedição de Outros documentos.
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04/02/2021 10:51
Expedição de Outros documentos.
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06/12/2020 09:18
MIGRACAO PJe ORDENADA
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15/12/2016 16:36
ARQUIVADOS PROVISORIAMENTE BENS NAO LOCALIZADOS
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15/12/2016 16:10
RECEBIDOS PELO DIRETOR SECRETARIA PARA ATO ORDINATORIO
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11/02/2015 16:19
SUSPENSAO PROCESSO CIVEL : ORDENADA; NAO LOCALIZADOS BENS / DEVEDOR
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11/02/2015 16:14
PETICAO / OFICIO / DOCUMENTO: JUNTADO(O)
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11/02/2015 16:10
RECEBIDOS EM SECRETARIA
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03/02/2015 11:13
CARGA: RETIRADOS ADVOGADO AUTOR - COREN DF
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22/01/2015 17:38
Intimação NOTIFICACAO / VISTA ORDENADA AUTOR (OUTROS)
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22/01/2015 17:27
DEVOLVIDOS C/ DECISAO OUTROS (ESPECIFICAR)
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21/01/2015 08:40
Conclusos para decisão
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13/03/2014 15:47
RECEBIDOS EM SECRETARIA - sem peticao
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25/10/2013 11:38
CARGA: RETIRADOS ADVOGADO AUTOR - CARGA - COREN -DF
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23/10/2013 16:22
Intimação NOTIFICACAO / VISTA ORDENADA AUTOR (OUTROS)
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23/10/2013 15:26
PENHORA / BLOQUEIO BACENJUD - INSIGNIFICANTE
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21/10/2013 13:27
DEVOLVIDOS C/ DECISAO/BLOQUEIO BACENJUD DEFERIDO - decisao proferida em 18.10.2013
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05/09/2013 16:59
Conclusos para decisão
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05/09/2013 15:51
PETICAO / OFICIO / DOCUMENTO: JUNTADO(O)
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05/09/2013 15:51
RECEBIDOS PELO DIRETOR SECRETARIA PARA ATO ORDINATORIO
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01/03/2013 12:53
RECEBIDOS EM SECRETARIA - COM PETICAO
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29/01/2013 13:12
CARGA: RETIRADOS ADVOGADO AUTOR
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17/01/2013 15:28
Intimação NOTIFICACAO / VISTA ORDENADA AUTOR (OUTROS)
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15/10/2012 16:01
CARTA PRECATÓRIA JUNTADA
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15/10/2012 16:00
CARTA PRECATORIA DEVOLVIDA PELO DEPRECADO
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05/10/2012 13:49
PETICAO / OFICIO / DOCUMENTO: JUNTADO(O)
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05/10/2012 13:47
RECEBIDOS PELO DIRETOR SECRETARIA PARA ATO ORDINATORIO
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29/06/2012 18:25
RECEBIDOS EM SECRETARIA - com peticao
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28/05/2012 11:45
CARGA: RETIRADOS ADVOGADO AUTOR
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23/03/2012 14:16
Intimação NOTIFICACAO / VISTA ORDENADA AUTOR (OUTROS)
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20/03/2012 15:39
DEVOLVIDOS C/ DECISAO OUTROS (ESPECIFICAR)
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16/03/2012 10:42
Conclusos para decisão
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25/11/2010 15:34
SUSPENSAO PROCESSO CIVEL : ORDENADA; PENDENCIA DE DILIGENCIA DEPRECADA / ROGADA
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25/11/2010 15:31
CARTA PRECATORIA EXPEDIDA
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05/08/2010 15:52
CARTA PRECATORIA ORDENADA EXPEDICAO / AGUARDANDO ATO
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04/08/2010 18:47
DEVOLVIDOS C/ DESPACHO
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08/07/2010 16:34
Conclusos para despacho
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27/05/2010 16:47
PROCESSO DIGITALIZADO
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27/05/2010 16:47
RECEBIDOS EM SECRETARIA
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21/05/2010 17:02
DISTRIBUICAO AUTOMATICA - PROGRAMA PJFDI1100
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
14/05/2010
Ultima Atualização
06/02/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
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Ato ordinatório • Arquivo
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