TRF1 - 1001544-90.2022.4.01.3000
1ª instância - 1ª Rio Branco
Polo Ativo
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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09/08/2022 13:21
Baixa Definitiva
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09/08/2022 13:21
Remetidos os Autos (declaração de competência para órgão vinculado a Tribunal diferente) para Vara Cível - Xapuri (TJAC)
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09/08/2022 13:19
Juntada de Certidão
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09/08/2022 13:16
Juntada de Certidão
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09/08/2022 12:59
Juntada de Certidão
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04/08/2022 00:40
Decorrido prazo de MUNICIPIO DE XAPURI em 03/08/2022 23:59.
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30/07/2022 01:23
Decorrido prazo de UNIÃO FEDERAL em 29/07/2022 23:59.
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07/07/2022 20:36
Decorrido prazo de MARCIO PEREIRA MIRANDA em 06/07/2022 23:59.
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06/06/2022 00:13
Publicado Decisão em 06/06/2022.
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04/06/2022 02:24
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 04/06/2022
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03/06/2022 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Acre 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SJAC PROCESSO: 1001544-90.2022.4.01.3000 CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) POLO ATIVO: MUNICIPIO DE XAPURI REPRESENTANTES POLO ATIVO: MARCOS MAIA PEREIRA - AC3799 POLO PASSIVO:MARCIO PEREIRA MIRANDA e outros DECISÃO Cuida-se de pretensão de ressarcimento dirigida pelo Município de Xapuri em face de Márcio Pereira Mirada, com pedidos cautelares formulados em relação à União.
Deferida a tutela provisória vindicada (id 950700648, pp. 37/41), para que a União excluísse eventuais registros em desfavor do Município autor no SICAF, o juízo estadual, ante o qual ajuizada a demanda, promoveu o declínio da competência para processar e julgar o feito (id 950700648, pp. 76/78), em razão da existência de interesse de ente público federal sob controvérsia (o ressarcimento de recursos oriundos de transferência voluntária efetuada entre União e autor).
Distribuídos os autos a este juízo federal, instou-se a União para manifestar interesse no feito, tendo o ente federal se pronunciado negativamente (id 1002949258).
Decido.
O art. 109, I, da Constituição Federal, disciplina a competência cível da Justiça Federal, de forma mais geral, vinculando-a à presença de ente federal na lide, como parte ou terceiro.
Ou seja, a mera presença de ente federal atrai a competência desta Justiça Federal, do que se haure, em sentido contrário, que a ausência de pessoa com tal qualidade, na lide, repele-a.
Este o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, vertendo-se sobre circunstâncias bastante similares às evidenciadas neste feito: PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA INSTAURADO ENTRE JUÍZOS ESTADUAL E FEDERAL.
AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA AJUIZADA POR ENTE MUNICIPAL EM RAZÃO DE IRREGULARIDADES EM PRESTAÇÃO DE CONTAS DE VERBAS FEDERAIS.
MITIGAÇÃO DAS SÚMULAS 208/STJ E 209/STJ.
COMPETÊNCIA CÍVEL DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, I, DA CF) ABSOLUTA EM RAZÃO DA PESSOA.
AUSÊNCIA DE ENTE FEDERAL EM QUALQUER DOS POLOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.
AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1.
No caso dos autos, o Município de Água Doce do Maranhão/MA ajuizou ação de improbidade administrativa contra José Eliomar da Costa Dias, em razão de irregularidades na prestação de contas de verbas federais decorrentes de convênio firmado com o PRONAT. 2.
A competência para processar e julgar ações de ressarcimento ao erário e de improbidade administrativa, relacionadas à eventuais irregularidades na utilização ou prestação de contas de repasses de verbas federais aos demais entes federativos, estava sendo dirimida por esta Corte Superior sob o enfoque das Súmulas 208/STJ ("Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita à prestação de contas perante órgão federal") e 209/STJ ("Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal"). 3.
O art. 109, I, da Constituição Federal prevê, de maneira geral, a competência cível da Justiça Federal, delimitada objetivamente em razão da efetiva presença da União, entidade autárquica ou empresa pública federal, na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes na relação processual.
Estabelece, portanto, competência absoluta em razão da pessoa (ratione personae), configurada pela presença dos entes elencados no dispositivo constitucional na relação processual, independentemente da natureza da relação jurídica litigiosa. 4.
Por outro lado, o art. 109, VI, da Constituição Federal dispõe sobre a competência penal da Justiça Federal, especificamente para os crimes praticados em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, entidades autárquicas ou empresas públicas.
Assim, para reconhecer a competência, em regra, bastaria o simples interesse da União, inexistindo a necessidade da efetiva presença em qualquer dos polos da demanda. 5.
Nesse contexto, a aplicação dos referidos enunciados sumulares, em processos de natureza cível, tem sido mitigada no âmbito deste Tribunal Superior.
A Segunda Turma afirmou a necessidade de uma distinção (distinguishing) na aplicação das Súmulas 208 e 209 do STJ, no âmbito cível, pois tais enunciados provêm da Terceira Seção deste Superior Tribunal, e versam hipóteses de fixação da competência em matéria penal, em que basta o interesse da União ou de suas autarquias para deslocar a competência para a Justiça Federal, nos termos do inciso IV do art. 109 da CF.
Logo adiante concluiu que a competência da Justiça Federal, em matéria cível, é aquela prevista no art. 109, I, da Constituição Federal, que tem por base critério objetivo, sendo fixada tão só em razão dos figurantes da relação processual, prescindindo da análise da matéria discutida na lide (excertos da ementa do REsp 1.325.491/BA, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/06/2014, DJe 25/06/2014). 6.
Assim, nas ações de ressarcimento ao erário e improbidade administrativa ajuizadas em face de eventuais irregularidades praticadas na utilização ou prestação de contas de valores decorrentes de convênio federal, o simples fato das verbas estarem sujeitas à prestação de contas perante o Tribunal de Contas da União, por si só, não justifica a competência da Justiça Federal. 7.
O Supremo Tribunal Federal já afirmou que o fato dos valores envolvidos transferidos pela União para os demais entes federativos estarem eventualmente sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas da União não é capaz de alterar a competência, pois a competência cível da Justiça Federal exige o efetivo cumprimento da regra prevista no art. 109, I, da Constituição Federal. 8.
Igualmente, a mera transferência e incorporação ao patrimônio municipal de verba desviada, no âmbito civil, não pode impor de maneira absoluta a competência da Justiça Estadual.
Se houver manifestação de interesse jurídico por ente federal que justifique a presença no processo, (v.g.
União ou Ministério Público Federal) regularmente reconhecido pelo Juízo Federal nos termos da Súmula 150/STJ, a competência para processar e julgar a ação civil de improbidade administrativa será da Justiça Federal. 9.
Em síntese, é possível afirmar que a competência cível da Justiça Federal, especialmente nos casos similares à hipótese dos autos, é definida em razão da presença das pessoas jurídicas de direito público previstas no art. 109, I, da CF na relação processual, seja como autora, ré, assistente ou oponente e não em razão da natureza da verba federal sujeita à fiscalização da Corte de Contas da União.
Precedentes: AgInt no CC 167.313/SE, Rel.
Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/03/2020, DJe 16/03/2020; AgInt no CC 157.365/PI, Rel.
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/02/2020, DJe 21/02/2020; AgInt nos EDcl no CC 163.382/PA, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/11/2019, DJe 07/05/2020; AgRg no CC 133.619/PA, Rel.
Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/05/2018, DJe 16/05/2018. 10.
No caso dos autos, não figura em nenhum dos pólos da relação processual ente federal indicado no art. 109, I, da Constituição Federal, o que afasta a competência da Justiça Federal para processar e julgar a referida ação.
Ademais, não existe nenhuma manifestação de interesse em integrar o processo por parte de ente federal e o Juízo Federal consignou que o interesse que prevalece restringe-se à órbita do Município autor, o que atrai a competência da Justiça Estadual para processar e julgar a demanda. 11.
Agravo interno não provido. (AgInt no CC n. 174.764/MA, relator Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe de 17/2/2022.) No presente caso, inexiste ente federal como parte ou terceiro, tampouco demonstrou a União em compor o polo ativo da demanda, a despeito de serem originados do seu orçamento os recursos cujo ressarcimento almeja o autor.
Realço que a mera cumulação anômala de pedidos, dirigindo-se cautelar, em face da União, consorciada com pretensão de ressarcimento ante ex-gestor (para o qual é competente o juízo estadual), não se basta para atrair a competência da Justiça Federal, em face do disposto no art. 45, §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, que preconizam a manutenção da competência da Justiça Estadual, com inadmissão da indevida cumulação de pretensões.
Desse modo, DETERMINO A RESTITUIÇÃO dos autos ao juízo originário, nos termos do art. 45, § 3º, do Código de Processo Civil, analogamente, por não vislumbrar ente público federal como figurante da relação processual, tampouco manifestado interesse da União em intervir no feito, do que ressai a incompetência da Justiça Federal, na forma do art. 109, I, da Constituição Federal.
Exclua-se a União da autuação.
Intimem-se e, em seguida, reencaminhem-se os autos à Vara Única Cível da Comarca de Xapuri.
Rio Branco/AC, documento datado e assinado eletronicamente.
CAROLYNNE SOUZA DE MACÊDO OLIVEIRA Juíza Federal da 1ª Vara/AC -
02/06/2022 16:24
Processo devolvido à Secretaria
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02/06/2022 16:24
Juntada de Certidão
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02/06/2022 16:24
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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02/06/2022 16:24
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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02/06/2022 16:24
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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02/06/2022 16:24
Declarada incompetência
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01/06/2022 16:38
Conclusos para decisão
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05/04/2022 16:23
Decorrido prazo de MUNICIPIO DE XAPURI em 04/04/2022 23:59.
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29/03/2022 15:04
Juntada de petição intercorrente
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26/03/2022 01:36
Decorrido prazo de MARCIO PEREIRA MIRANDA em 25/03/2022 23:59.
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04/03/2022 06:16
Publicado Despacho em 04/03/2022.
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04/03/2022 06:16
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 04/03/2022
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03/03/2022 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Acre 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SJAC PROCESSO: 1001544-90.2022.4.01.3000 CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) POLO ATIVO: MUNICIPIO DE XAPURI REPRESENTANTES POLO ATIVO: MARCOS MAIA PEREIRA - AC3799 POLO PASSIVO:MARCIO PEREIRA MIRANDA e outros DESPACHO Antes de apreciar a competência deste juízo, manifeste-se a União quanto à existência de interesse em intervir no feito, no prazo de quinze dias.
Em seguida, conclusão dos autos.
Rio Branco/AC, documento datado e assinado eletronicamente.
FRANSCIELLE MARTINS GOMES MEDEIROS Juíza Federal Substituta da 1ª Vara/AC -
02/03/2022 17:10
Processo devolvido à Secretaria
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02/03/2022 17:10
Juntada de Certidão
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02/03/2022 17:10
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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02/03/2022 17:10
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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02/03/2022 17:10
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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02/03/2022 17:10
Proferido despacho de mero expediente
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25/02/2022 12:02
Conclusos para decisão
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25/02/2022 11:42
Remetidos os Autos (em diligência) da Distribuição ao 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SJAC
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25/02/2022 11:42
Juntada de Informação de Prevenção
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25/02/2022 07:02
Recebido pelo Distribuidor
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25/02/2022 07:02
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
25/02/2022
Ultima Atualização
03/06/2022
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
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