TRF1 - 1005662-58.2022.4.01.3502
1ª instância - 2ª Anapolis
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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12/03/2025 19:21
Arquivado Definitivamente
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27/02/2025 20:53
Decorrido prazo de DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO em 26/02/2025 23:59.
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19/02/2025 11:38
Juntada de Certidão
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19/02/2025 11:38
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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19/02/2025 11:38
Ato ordinatório praticado
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06/01/2025 11:42
Juntada de Certidão
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06/01/2025 11:42
Juntada de petição - emissão de certidão de objeto e pé
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16/12/2024 14:29
Juntada de Certidão
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16/12/2024 14:29
Juntada de petição - emissão de certidão de objeto e pé
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22/11/2024 00:17
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 21/11/2024 23:59.
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15/11/2024 00:31
Decorrido prazo de DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO em 14/11/2024 23:59.
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07/11/2024 13:44
Expedição de Outros documentos.
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07/11/2024 13:44
Expedição de Outros documentos.
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07/11/2024 13:44
Requisição de pagamento de pequeno valor preparada para envio
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07/11/2024 13:44
Expedição de Documento RPV.
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28/10/2024 15:28
Juntada de Certidão
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06/09/2024 00:50
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 04/09/2024 23:59.
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01/08/2024 12:48
Juntada de manifestação
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01/08/2024 08:35
Juntada de Certidão
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01/08/2024 08:35
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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01/08/2024 08:35
Ato ordinatório praticado
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24/07/2024 08:27
Remetidos os autos da Contadoria ao Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Anápolis-GO.
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24/07/2024 08:27
Juntada de Cálculos judiciais
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29/04/2024 13:08
Recebidos os Autos pela Contadoria
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29/04/2024 13:08
Remetidos os Autos (outros motivos) para Contadoria
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13/04/2024 00:22
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 12/04/2024 23:59.
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06/04/2024 01:09
Decorrido prazo de DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO em 05/04/2024 23:59.
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26/03/2024 11:56
Processo devolvido à Secretaria
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26/03/2024 11:56
Juntada de Certidão
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26/03/2024 11:56
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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26/03/2024 11:56
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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26/03/2024 11:56
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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26/03/2024 11:56
Proferido despacho de mero expediente
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26/03/2024 11:51
Conclusos para despacho
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26/03/2024 11:51
Juntada de documento comprobatório
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21/03/2024 00:35
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 20/03/2024 23:59.
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25/11/2023 00:58
Decorrido prazo de DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO em 24/11/2023 23:59.
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17/11/2023 00:00
Intimação
JUSTIÇA FEDERAL Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Anápolis-GO Processo: 1005662-58.2022.4.01.3502 Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) AUTOR: DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS DESPACHO INTIME-SE o INSS para, no prazo de 60 (sessenta) dias, manifestar-se sobre os cálculos apresentados pela parte autora (ID 1812945156).
Intime-se.
Cumpra-se.
Anápolis/GO, 16 de novembro de 2023.
ALAÔR PIACINI Juiz Federal -
16/11/2023 11:52
Processo devolvido à Secretaria
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16/11/2023 11:52
Juntada de Certidão
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16/11/2023 11:52
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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16/11/2023 11:52
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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16/11/2023 11:52
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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16/11/2023 11:52
Proferido despacho de mero expediente
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16/11/2023 10:18
Conclusos para despacho
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10/10/2023 19:41
Juntada de manifestação
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10/10/2023 00:00
Intimação
JUSTIÇA FEDERAL Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Anápolis-GO PROCESSO: 1005662-58.2022.4.01.3502 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) AUTOR: DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS DESPACHO Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, excluir da planilha de cálculo apresentada as parcelas referentes aos meses de julho, agosto e setembro de 2023, visto que tais importâncias serão pagas administrativamente, conforme consta na sentença ID 1665706472.
Anápolis/GO, 9 de outubro de 2023.
ALAÔR PIACINI Juiz Federal -
09/10/2023 16:07
Processo devolvido à Secretaria
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09/10/2023 16:07
Juntada de Certidão
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09/10/2023 16:07
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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09/10/2023 16:07
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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09/10/2023 16:07
Proferido despacho de mero expediente
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09/10/2023 14:24
Conclusos para despacho
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09/10/2023 14:23
Juntada de Certidão de trânsito em julgado
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15/09/2023 12:39
Juntada de manifestação
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01/08/2023 11:13
Juntada de documento comprobatório
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08/07/2023 01:20
Decorrido prazo de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em 07/07/2023 23:59.
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01/07/2023 01:07
Decorrido prazo de DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO em 30/06/2023 23:59.
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15/06/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Anápolis-GO Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Anápolis-GO SENTENÇA TIPO "A" PROCESSO: 1005662-58.2022.4.01.3502 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) POLO ATIVO: DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO REPRESENTANTES POLO ATIVO: MARIANNA GONCALVES LOPES DO NASCIMENTO - GO60224 POLO PASSIVO:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS S E N T E N Ç A Dispensado o relatório, por aplicação subsidiária do art. 38 da Lei nº 9.099/1995 c/c art. 1º da Lei nº 10.259/2001.
Trata-se de ação em que a parte autora objetiva a concessão do benefício de prestação continuada de amparo social à pessoa portadora de deficiência e a condenação do INSS ao pagamento dos valores retroativos, desde a data de entrada do requerimento administrativo (NB: 711.637.374-9 - DER: 20/06/2022 – id: 1289482758).
O benefício pleiteado pela parte autora está previsto no inciso V do art. 203 da Constituição da República, veja-se: Art. 203.
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: (...) V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (sublinhei).
Por sua vez a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que “Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)”, dispõe: Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Parágrafo único.
Esta Lei tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008, em conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, data de início de sua vigência no plano interno.
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. § 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no desempenho de atividades; e IV - a restrição de participação. § 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da deficiência. (...) Art. 40. É assegurado à pessoa com deficiência que não possua meios para prover sua subsistência nem de tê-la provida por sua família o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (destaquei).
Já a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, regula tal benefício nos moldes a seguir: Art. 20.
O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) § 3º Observados os demais critérios de elegibilidade definidos nesta Lei, terão direito ao benefício financeiro de que trata o caput deste artigo a pessoa com deficiência ou a pessoa idosa com renda familiar mensal per capita igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (redação dada pela Lei nº 14.176, de 22 de junho de 2021) § 4º O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 5º A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 6º A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2º, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) § 7º Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura. (Incluído pela Lei nº 9.720, de 30.11.1998) § 8º A renda familiar mensal a que se refere o § 3º deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido. (Incluído pela Lei nº 9.720, de 30.11.1998) § 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) § 10.
Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2º deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011) § 11.
Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) § 11-A.
O regulamento de que trata o § 11 deste artigo poderá ampliar o limite de renda mensal familiar per capita previsto no § 3º deste artigo para até 1/2 (meio) salário-mínimo, observado o disposto no art. 20-B desta Lei. (redação dada pela Lei nº 14.176, de 22 de junho de 2021) § 12.
São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único, conforme previsto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019) (...) § 14.
O benefício de prestação continuada ou o benefício previdenciário no valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido a idoso acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade ou pessoa com deficiência não será computado, para fins de concessão do benefício de prestação continuada a outro idoso ou pessoa com deficiência da mesma família, no cálculo da renda a que se refere o § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.982, de 2020) § 15.
O benefício de prestação continuada será devido a mais de um membro da mesma família enquanto atendidos os requisitos exigidos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.982, de 2020) (...) Art. 20-B.
Na avaliação de outros elementos probatórios da condição de miserabilidade e da situação de vulnerabilidade de que trata o § 11 do art. 20 desta Lei, serão considerados os seguintes aspectos para ampliação do critério de aferição da renda familiar mensal per capita de que trata o § 11-A do referido artigo: (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) I – o grau da deficiência; (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) II – a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida diária; e (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) III – o comprometimento do orçamento do núcleo familiar de que trata o § 3º do art. 20 desta Lei exclusivamente com gastos médicos, com tratamentos de saúde, com fraldas, com alimentos especiais e com medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência não disponibilizados gratuitamente pelo SUS, ou com serviços não prestados pelo Suas, desde que comprovadamente necessários à preservação da saúde e da vida. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) § 1º A ampliação de que trata o caput deste artigo ocorrerá na forma de escalas graduais, definidas em regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) § 2º Aplicam-se à pessoa com deficiência os elementos constantes dos incisos I e III do caput deste artigo, e à pessoa idosa os constantes dos incisos II e III do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) § 3º O grau da deficiência de que trata o inciso I do caput deste artigo será aferido por meio de instrumento de avaliação biopsicossocial, observados os termos dos §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), e do § 6º do art. 20 e do art. 40-B desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) § 4º O valor referente ao comprometimento do orçamento do núcleo familiar com gastos de que trata o inciso III do caput deste artigo será definido em ato conjunto do Ministério da Cidadania, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e do INSS, a partir de valores médios dos gastos realizados pelas famílias exclusivamente com essas finalidades, facultada ao interessado a possibilidade de comprovação, conforme critérios definidos em regulamento, de que os gastos efetivos ultrapassam os valores médios. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) (destaquei).
Tratando-se de causa que envolve a verificação da existência de deficiência física, constatou-se a necessidade de realização de perícia médica para auferir, com isenção, imparcialidade e equidistância das partes, as limitações oriundas desta.
Isto posto, determinou-se a realização de perícia médica para a produção da prova técnica, fundamental ao deslinde da controvérsia, objetivando a melhor formação do juízo de convencimento quanto aos fatos a comprovar.
Nesse passo, o laudo pericial (id: 1470603884) chegou à conclusão de que a parte autora é portadora de “depressão maior com sintomas psicóticos (quesito “1”)”.
A deficiência/impedimento é de tipo mental com grau de limitação elevado.
Sobre a dificuldade para a execução de tarefas, a perita afirma que a autora “Não mantém atenção e concentração (ao atravessar ruas, contar troco, etc.), não faz planejamentos, não mantém rotina, não consegue frequentar e permanecer em locais com barulho e movimentação de pessoas (mercados, igrejas, estação de ônibus, etc.), não controla impulsividade, não tem mais iniciativas, não termina tarefas eventualmente iniciadas, não mantém a linearidade de pensamento ao longo do dia, entre outras dificuldades” (quesitos “1” e “2”).
A deficiência/impedimento impede a pericianda de garantir o próprio sustento e/ou de sua família (quesito “3”).
A pericianda não se encontra em igualdade de condições com as demais pessoas para participar plena e efetivamente da sociedade.
A perita explica: “A dificuldade decorre diretamente da depressão do humor, na medida em que esta já comprometeu o raciocínio lógico da autora, que apresenta crises de delírios e alucinações.
O prognostico é bastante pobre no sentido de remissão.” (quesito “5”).
Data estimada do início da deficiência/impedimento: algum momento em 2006 (quesito “6”).
O impedimento é de longo prazo e produz efeitos pelo prazo mínimo de 02 (dois) anos (quesito “7”).
A perita prestou outros esclarecimentos: “Pericianda sofre depressão com sintomas psicóticos.
Assim como na depressão simples, o indivíduo com depressão psicótica se sente profundamente triste ou desanimado, tem aumento ou diminuição do sono, diminuição do desejo sexual, dificuldades de concentração, aumento ou diminuição do apetite, recorrência de ideias tristes ou mesmo ideias de culpa ou vontade de morrer.
O aspecto distinto da depressão psicótica é que aparecem ideias incompatíveis com a realidade, ou seja, delírios e alucinações.
Estas crenças não podem ser revertidas, enquanto a pessoa estiver doente, por mais que se argumente ou se mostrem provas contrárias.
Por vezes, os delírios podem não ter conteúdo necessariamente negativo, mas podem se referir a ideias bizarras envolvendo comunicação com mortos, ETs, superpoderes, semelhante ao delírio do esquizofrênico.
As alucinações são, em sua maioria, vozes que dão ordens, tecem comentários ou conversam entre si, causando grande sofrimento à pessoa” (quesito “8”).
Nos termos da legislação de regência, “considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
E mais, “impedimento de longo prazo é aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 02 (dois) anos”.
Portanto, considerando que o impedimento é de longo prazo, a parte autora preenche o primeiro requisito legal.
Quanto à existência de hipossuficiência, se faz necessária a realização de perícia socioeconômica para auferir, com isenção, imparcialidade e equidistância das partes, a real condição da autora. É próprio do procedimento para a concessão do BPC ao deficiente ou idoso, a avaliação socioeconômica do requerente e de seu grupo familiar, para que, de fato, se possa averiguar a hipossuficiência econômica exigida pelo dispositivo legal (art. 20, caput, da Lei n.º 8.742/93).
Desta maneira, depreende-se, do laudo social (id: 1378623746), o seguinte quadro: Da situação familiar: a autora reside com uma pessoa, que é seu marido.
O cônjuge exerce atividade remunerada, mas não possui a CTPS assinada.
Das condições de moradia: a autora não reside em abrigos, asilos ou similares.
A periciada reside em casa de terceiro há quinze anos.
Trata-se de um imóvel situado em uma viela sem pavimentação asfáltica, sem rede de água tratada e sem rede de esgoto, de fácil acesso e com infraestrutura regular.
O imóvel está em condições ruins de conservação, muito danificada, apresentações e paredes sujas.
São 05 cômodos: 01 sala; 01 cozinha, 03 quartos, além de banheiro, o piso é revestido de cerâmica. É servida de luz elétrica, água encanada.
Tem muro frontal e tem a calçada sem concretar.
Da renda: a renda familiar per capita mensal é de R$ 200,00.
Despesas: as despesas mensais com moradia, água, gás e luz totalizam R$ 208,00.
As despesas mensais com alimentação totalizam R$ 300,00.
Não há gastos com saúde, dado que a rede pública é utilizada, todavia, há despesas no valor de R$ 180,00 em remédios.
Vale frisar que os filhos custeiam os remédios da autora.
Conclusões: evidenciou-se através da visita domiciliar que a requerente reside em condições bem modestas.
A casa é pequena e guarda poucos bens.
A usuária é vulnerável emocional e psicologicamente.
O casal vive com pouco recurso financeiro, proveniente de “bicos” que o esposo idoso faz.
A requerente depende de terceiros (filhos) para seu sustento e de sua casa.
A usuária é pobre.
Considerando os dados coletados e análise de estudo sócio-econômico ora apresentado, considera-se que a requerente deve, pois ser considerada pessoa com hipossuficiência econômica no momento.
Dessa forma, submeto o presente laudo a análise de Vossa Senhoria, colocando- me à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.
A requerente prestou as informações descritas.
Dessa forma, após dados coletados, entrevistas, imagens, observação in loco e avaliação de estudo socioeconômico, o estudo social dentro dos parâmetros da assistência social, evidencia SITUAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA vivenciada pela requerente no momento, haja vista a única fonte de renda proveniente de programa de transferência de renda, ser insuficiente para subsidiar os gastos essenciais da requerente com dignidade, particularmente as demandas do tratamento medico bem como as demais despesas da mesma.
Tendo se extraído este cenário, a partir de informações colhidas in loco e constantes no laudo socioeconômico, levando-se em consideração os esclarecimentos da assistente social, verifica-se que a parte autora está em situação de vulnerabilidade.
Ademais, o benefício assistencial deve ser concedido aos que comprovem a extrema necessidade, pois se trata de direito associado à teoria do mínimo existencial, a fim de que seja garantida a dignidade da pessoa humana, em termos de condições mínimas de existência, nos casos em que, comprovadamente, a mesma esteja sendo inviabilizada pela idade ou deficiência e pela condição de miserabilidade.
Portanto, comprovada a deficiência e a hipossuficiência financeira, entendo que estão preenchidos todos os requisitos legais para a concessão do benefício de prestação continuada de amparo social à pessoa portadora de deficiência.
Por fim, mediante a inclusão realizada pela Lei nº 13.846 de 2019, acerca da inscrição ao Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal como requisito necessário para a concessão, manutenção e revisão de benefícios de prestação continuada, aufere-se que a parte autora encontrava-se devidamente registrada junto ao CadÚnico na realização do requerimento, atendendo, assim, aos critérios legais estabelecidos, conforme exibe-se: Preenchidos os requisitos para a concessão do benefício, vale ressaltar que a Constituição Cidadã proclama, em seu artigo 229 que “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
Assim sendo, em que pese a autora possuir dois filhos maiores e capazes, as informações constantes do CNIS dos filhos (id: 1665639494 e 1665658446) , revelam que os mesmos não possuem vínculo empregatício.
Portanto, conclui-se que a parte autora não pode ser amparada pelos filhos.
Por conseguinte, faz jus à implantação do LOAS idoso.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC, para condenar o INSS a implantar em favor da parte autora, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, o benefício de prestação continuada de amparo social à pessoa portadora de deficiência, a contar da data de entrada do requerimento administrativo (DIB: 20/06/2022) com data de início de pagamento (DIP: 1º/07/2023) e renda mensal inicial no valor de 1 (um) salário mínimo.
Antecipo os efeitos da tutela para DETERMINAR ao INSS que, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, implante o benefício ora deferido.
Após o trânsito em julgado, o INSS, no prazo de 60 dias, deverá apresentar planilha de cálculo das parcelas em atraso, referentes ao período compreendido entre a DIB e a DIP, corrigido monetariamente pelo IPCA-E (conforme decidiu o STF no RE n° 870.947/SE) e acrescidas de juros aplicados à caderneta de poupança, nos termos do art. 1°-F da Lei n° 9.494/97 e, a partir de 9 de dezembro de 2021 (data de entrada em vigor da Emenda Constitucional 113), com a incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, do índice da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulado mensalmente.
Após, dê-se vista à parte autora dos cálculos apresentados.
Sem custas judiciais e honorárias advocatícios neste grau de jurisdição, na forma do art. 55 da Lei nº 9.099/95.
Defiro o benefício da gratuidade de justiça.
Sem reexame necessário (art. 13 da Lei nº 10.259/01).
Liquidado o valor dos atrasados, expeça-se a RPV da parte autora e dos honorários periciais e arquivem-se, com baixa na distribuição.
Publicada e registrada eletronicamente.
Intimem-se.
Anápolis/GO, 14 de junho de 2023.
ALAÔR PIACINI Juiz Federal -
14/06/2023 17:32
Processo devolvido à Secretaria
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14/06/2023 17:32
Juntada de Certidão
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14/06/2023 17:32
Expedição de Outros documentos.
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14/06/2023 17:32
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
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14/06/2023 17:32
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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14/06/2023 17:32
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
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14/06/2023 17:32
Julgado procedente o pedido
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14/06/2023 15:22
Juntada de Certidão
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14/06/2023 12:57
Conclusos para julgamento
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16/02/2023 14:25
Juntada de impugnação
-
14/02/2023 19:05
Juntada de contestação
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13/02/2023 15:45
Expedida/certificada a citação eletrônica
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13/02/2023 15:45
Expedição de Outros documentos.
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09/02/2023 13:51
Juntada de Certidão
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06/02/2023 17:42
Perícia agendada
-
30/01/2023 11:07
Juntada de laudo pericial
-
29/10/2022 23:11
Juntada de laudo pericial
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20/09/2022 01:35
Decorrido prazo de DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO em 19/09/2022 23:59.
-
12/09/2022 02:00
Publicado Despacho em 12/09/2022.
-
10/09/2022 01:52
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 10/09/2022
-
09/09/2022 00:00
Intimação
JUSTIÇA FEDERAL Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Anápolis-GO PROCESSO: 1005662-58.2022.4.01.3502 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) AUTOR: DINA FERREIRA PIRES BRASILEIRO REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS DESPACHO Trata-se de ação em que a parte autora pretende a concessão de amparo assistencial ao deficiente.
A tutela de urgência, se requerida, será apreciada após a produção de prova pericial e a formação de um contraditório mínimo, com oportunidade à requerida de contestar no prazo legal.
Considerando a necessidade de realização de prova pericial, nomeio para funcionar como perito(a) o(a) médico(a) Dra.
Patrícia Angélica Di Mambro, CRM/GO 7.315.
Para elaboração do estudo socioeconômico, designo o assistente social Wendel Porto – CRESS 7018.
Fixo os honorários periciais no valor de R$ 248,53 (duzentos e quarenta e oito reais e cinquenta e três centavos reais), que serão pagos nos termos da Resolução n. 575/2019, do Conselho da Justiça Federal.
Cientifiquem-se as partes de que o exame pericial será realizado no dia 23/11/2022, às 08:15h, na sede desta Subseção Judiciária, nesta cidade.
Por ocasião da perícia, a parte autora deverá apresentar todos os exames clínicos relacionados à enfermidade indicada como razão da pretensão, podendo estar acompanhada de profissional de sua confiança para funcionar como assistente técnico.
O(a) perito(a) médico(a) responderá aos quesitos constantes do Anexo I da Portaria n. 001/2015, conforme o caso, o qual consiste em formulário que traz a quesitação conjunta do Juízo e do INSS.
O perito assistente social responderá aos quesitos constantes do anexo II da Portaria referida, devendo o laudo respectivo ser entregue no prazo de 15 (quinze) dias.
Advirta-se a parte autora de que o não comparecimento à perícia deverá ser justificado impreterivelmente até a data de realização da mesma, sob pena de sua desídia caracterizar falta de interesse no processo, acarretando sua extinção resolução de mérito.
Apresentado o laudo pericial, cite-se o INSS para apresentar proposta de acordo ou contestar no prazo de 30 dias.
Após a juntada do(s) laudo(s) periciai(s), o processo ficará disponível à parte autora pelo prazo de 15 (quinze) dias para manifestação, caso queira, independente de intimação.
DETERMINO à parte autora que junte aos autos o CADÚNICO, conforme prevê o § 12 do art. 20 da Lei 8.742/93: "§ 12.
São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único, conforme previsto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019 " Defiro os benefícios da justiça gratuita.
Intimem-se.
Anápolis/GO, 8 de setembro de 2022.
ALAÔR PIACINI Juiz Federal -
08/09/2022 16:22
Processo devolvido à Secretaria
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08/09/2022 16:22
Juntada de Certidão
-
08/09/2022 16:22
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
08/09/2022 16:22
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
08/09/2022 16:22
Proferido despacho de mero expediente
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08/09/2022 08:48
Conclusos para despacho
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26/08/2022 13:48
Remetidos os Autos (em diligência) da Distribuição ao Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Anápolis-GO
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26/08/2022 13:48
Juntada de Informação de Prevenção
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25/08/2022 11:33
Recebido pelo Distribuidor
-
25/08/2022 11:33
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
25/08/2022
Ultima Atualização
17/11/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
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