TJPA - 0802161-92.2019.8.14.0009
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Desembargador Constantino Augusto Guerreiro
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Passivo
Assistente Desinteressado Amicus Curiae
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
17/11/2023 05:12
Remetidos os Autos (por julgamento definitivo do recurso) para Baixa ou Devolução de Processo
-
17/11/2023 05:12
Baixa Definitiva
-
17/11/2023 00:34
Decorrido prazo de DAMIANA CARDOSO DOS SANTOS em 16/11/2023 23:59.
-
15/11/2023 00:14
Decorrido prazo de BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A. em 14/11/2023 23:59.
-
20/10/2023 00:05
Publicado Intimação em 20/10/2023.
-
20/10/2023 00:05
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 20/10/2023
-
19/10/2023 00:00
Intimação
1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL N. 0802161-92.2019.8.14.0009.
COMARCA: BRAGANÇA/PA.
APELANTE: DAMIANA CARDOSO DOS SANTOS.
ADVOGADO: RODOLFO QUEIROZ LOPES DOS SANTOS - OAB PA28478-B e LUCAS AQUILES CAROBOLANTE - OAB PA28479-B APELADO: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A.
ADVOGADO: LARISSA SENTO SE ROSSI - OAB BA16330-A.
RELATOR: DES.
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.
DECISÃO MONOCRÁTICA EMENTA: PROCESSUAL CIVIL.
CONDENAÇÃO DA REQUERENTE AO PAGAMENTO DE MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ.
IMPOSSIBILIDADE.
DOLO OU CULPA NÃO CARACTERIZADOS.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
DES.
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por DAMIANA CARDOSO DOS SANTOS em face de BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A., diante de seu inconformismo com sentença prolatada pelo Juízo de Primeiro Grau, que julgou improcedentes os pedidos constantes na inicial, condenando a autora ao pagamento de multa por litigância de má-fé.
Em suas razões, a recorrente requer seja afastada a condenação por litigância de má-fé.
Houve oferecimento de contrarrazões. É relatório.
Decido monocraticamente.
Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.
Sem delongas, entendo que o presente recurso merece ser provido, conforme passo a expor.
A Apelante se insurge contra a multa de 2% (dois por cento) sobre o valor da causa aplicada pelo magistrado por entender ter havido litigância de má-fé.
Ocorre que, de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, para a aplicação de multa por litigância de má fé é necessário que esteja presente o elemento subjetivo dolo ou culpa grave, de modo que tenha restado devidamente evidenciado que a parte agiu com o intuito de obstruir do trâmite regular do processo ou de causar prejuízo à parte contrária.
Neste sentido, vejamos: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
DECISÃO DA PRESIDÊNCIA.
RECONSIDERAÇÃO.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NÃO DEMONSTRADA.
AGRAVO INTERNO PROVIDO PARA CONHECER DO AGRAVO E DAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. 1.
Agravo interno contra decisão da Presidência que não conheceu do agravo em recurso especial, em razão da falta de impugnação específica de fundamentos decisórios.
Reconsideração. 2.
Não configura ofensa aos arts. 489 e 1.022 do CPC/2015 o fato de o Tribunal de origem, embora sem examinar individualmente cada um dos argumentos suscitados pela recorrente, adotar fundamentação contrária à pretensão da parte, suficiente para decidir integralmente a controvérsia. 3.
Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, para aplicação da multa por litigância de má-fé, há necessidade de verificação do elemento subjetivo, consistente no dolo ou culpa grave da parte, que deve ter sido reconhecido pelas instâncias ordinárias, o que não ocorre na hipótese em exame.
Precedentes. 4.
Agravo interno provido para conhecer do agravo e dar provimento ao recurso especial, a fim de afastar a aplicação da multa por litigância de má-fé. (AgInt no AREsp 1709471/MS, Rel.
Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 08/02/2021, DJe 23/02/2021) Com efeito, a sentença merece reforma nesse ponto, na medida em que a mera comprovação de que a contratação do empréstimo ocorreu de forma regular não necessariamente leva a crer que a Apelante dolosamente pretendeu alterar a verdade dos fatos.
Sabe-se que a má-fé não pode ser presumida, sendo imprescindível a existência de mais elementos para que se configure uma das hipóteses do artigo 80 do CPC.
Caso contrário, estar-se-ia dificultando o acesso à justiça de pessoas hipossuficientes, como a autora, em virtude da aplicação do art. 98, §4º do CPC.
Neste sentido, veja-se: APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DE PESSOA ANALFABETA.
CONTRATO DEVIDAMENTE ASSINADO A ROGO E COM DUAS TESTEMUNHAS.
COMPROVANTE DE TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA.
INEXISTÊNCIA DE FRAUDE.
AFASTADA MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, À UNANIMIDADE. 1.
Existe dever de indenizar quando resta comprovada falha na prestação do serviço em função de operações bancárias realizadas mediante fraude.
A jurisprudência pátria tem entendido que a comprovação de que o empréstimo foi disponibilizado ao consumidor é essencial à aferição da regularidade na contratação. 2.
O Superior Tribunal de Justiça entende ser regular a contratação de empréstimo por pessoa analfabeta, considerando suficiente a assinatura a rogo por terceiro e por duas testemunhas. 3.
In casu, considerando que o Banco Apelado anexou o contrato devidamente assinado a rogo de terceiro, mediante subscrição de duas testemunhas, juntamente com a prova de disponibilização do dinheiro ao mutuário, resta comprovada a relação negocial havida entre as partes.
Manutenção da sentença de improcedência que se impõe. 4.
A má-fé não pode ser presumida, sendo imprescindível a existência de mais elementos para que se configure uma das hipóteses do artigo 80 do CPC.
Caso contrário, estar-se-ia dificultando o acesso à justiça de pessoas hipossuficientes, como a autora, em virtude da aplicação do artigo 98, §4º do CPC.
Sentença alterada somente para afastar a multa por litigância de má-fé. 5.
Recurso conhecido e parcialmente provido à unanimidade. (TJPA – APELAÇÃO CÍVEL – Nº 0800253-63.2020.8.14.0009 – Relator(a): RICARDO FERREIRA NUNES – 2ª Turma de Direito Privado – Julgado em 08/11/2022 ) Desta forma, o recurso merece ser provido, para afastar a multa imposta à recorrente.
ASSIM, art. 133, XII, letra “d”, do RITJ/PA, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao presente Recurso de Apelação, para reformar parcialmente a sentença apelada, afastando a condenação do autor ao pagamento de multa por litigância de má fé.
P.R.I.
Oficie-se no que couber.
Após o trânsito em julgado, remetam-se os autos ao juízo de primeiro grau.
Belém/PA, 18 de outubro de 2023.
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador Relator -
18/10/2023 15:30
Expedição de Outros documentos.
-
18/10/2023 13:52
Conhecido o recurso de DAMIANA CARDOSO DOS SANTOS - CPF: *18.***.*40-49 (APELANTE) e provido em parte
-
10/07/2023 16:18
Conclusos ao relator
-
10/07/2023 16:12
Juntada de Petição de petição
-
26/05/2023 12:44
Expedição de Outros documentos.
-
26/05/2023 12:30
Proferido despacho de mero expediente
-
26/05/2023 09:58
Conclusos para despacho
-
26/05/2023 09:55
Cancelada a movimentação processual
-
23/03/2023 15:05
Cancelada a movimentação processual
-
13/10/2022 15:30
Cancelada a movimentação processual
-
05/07/2022 14:29
Recebidos os autos
-
05/07/2022 14:29
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
05/07/2022
Ultima Atualização
18/10/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0802364-88.2020.8.14.0051
Francisco Helio Neto Bezerra
Azul Linhas Aereas Brasileiras S.A.
Advogado: Alan Chaves Batista
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 13/07/2021 19:52
Processo nº 0801951-58.2021.8.14.0401
Jairo Malato Pinheiro
Ministerio Publico do Estado do para
Advogado: Rondinelly Maia Abranches Gomes
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 17/06/2021 09:46
Processo nº 0802414-98.2021.8.14.0045
Ministerio Publico do Estado do para
Alex Batista Ribeiro
Advogado: Amaranto Silva Junior
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 15/09/2021 20:36
Processo nº 0802352-74.2020.8.14.0051
Valdeane de Moraes de Souza
Deprecated: htmlspecialchars(): Passing null to parameter #1 ($string) of type string is deprecated in /var/www/jusconsulta.com.br/_paginas/processo.show.php on line 1115
Advogado: Camila Neves de Sousa
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 23/03/2020 12:01
Processo nº 0802408-28.2020.8.14.0045
Cleusa Maria Nascimento Sobrinho
Dnm - Distribuidora Nacional de Maquinas...
Advogado: Wilson Mota Martins Junior
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 02/05/2024 02:02