TJPA - 0093431-72.2015.8.14.0301
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Desembargador Constantino Augusto Guerreiro
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
28/04/2022 12:16
Remetidos os Autos (por julgamento definitivo do recurso) para Baixa ou Devolução de Processo
-
28/04/2022 12:15
Baixa Definitiva
-
28/04/2022 01:25
Decorrido prazo de CELIA MARIA ALVES em 27/04/2022 23:59.
-
28/04/2022 01:25
Decorrido prazo de ORM CABO ANANINDEUA LTDA em 27/04/2022 23:59.
-
31/03/2022 00:02
Publicado Decisão em 31/03/2022.
-
31/03/2022 00:02
Disponibilizado no DJ Eletrônico em #(data)
-
30/03/2022 00:00
Intimação
1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL N. 0093431-72.2015.8.14.0301 COMARCA: BELÉM / PA.
APELANTE: ROMA CABO TELECOMUNICAÇÕES LTDA ADVOGADO(A)(S): EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL (OAB/PA N. 13.179) APELADO(S): CÉLIA MARIA ALVES ADVOGADO(A): NATASHA ROCHA VALENTE BORGES (OAB/PA N. 16.458) FELIPE GARCIA LISBOA BORGES (OAB/PA N. 16.465) RELATOR: DES.
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.
D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A Des.
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL.
DANOS MATERIAIS.
ACIDENTE DE TRÂNSITO.
PREJUÍZO PATRIMONIAL DE CONSERTO DE AUTOMÓVEL.
AVANÇO DE SEMÁFORO COM SINAL VERMELHO.
CULPA DA CONDUTORA.
NÃO COMPROVAÇÃO.
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO PROBATÓRIA DA CONDUÇÃO CARACTERIZADORA DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO.
PROVA DOCUMENTAL.
AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE AVANÇO DE SINAL PROIBIDO.
PROVA ORAL.
INOCORRÊNCIA DE ASSUNÇÃO DE CULPA. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA.
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE.
JULGAMENTO DE IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO.
APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.
Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta por ROMA CABO TELECOMUNICAÇÕES LTDA, nos autos de Ação de Indenização por Danos Materiais movida contra CÉLIA MARIA ALVES, diante do inconformismo com sentença proferida pelo Juízo de Direito da 12ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém (Id. 2287950), que julgou improcedente o pedido da demanda, não reconhecendo a responsabilidade civil da Autora.
Nas razões recursais (Id. 2287951), a Apelante busca a reforma integral da sentença.
Sustenta, em síntese, que, a teor dos arts. 186 e 927, do CC/02, restaria comprovado o dever de reparar os prejuízos materiais sofridos pela apelante, tendo sido demonstrada a conduta culposa da Autora pelo acidente de trânsito que gerou danos patrimoniais àquela.
Pleiteia, finalmente, a revisão dos ônus de sucumbência, alegando a ocorrência de sucumbência parcial da autora, posto que afastada a preliminar de ilegitimidade ativa, razão pela qual os honorários de sucumbência deveriam ser fixados proporcionalmente.
Em contrarrazões (Id. 2287952), a Apelada pugna pelo desprovimento do recurso, a fim de ser mantida na íntegra a sentença de mérito. É o sucinto relatório.
Decido monocraticamente.
Satisfeitos os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso de apelação.
De se ver que a pauta recursal do apelo consiste apenas em questão de fato.
Basicamente, a apelante objetiva o reconhecimento da responsabilidade civil da ré em relação ao acidente de trânsito que lhe causou danos patrimoniais.
De acordo com a causa de pedir, a causação do acidente automobilístico deveria ser atribuída à demandada, posto que, na condução do seus automóvel particular, avançou semáforo com sinal vermelho e com isso colidiu com o automóvel da autora, lhe gerando um prejuízo de reparação mecânica material no valor de R$20.809,42.
No curso da instrução probatória, dentre os documentos relevantes juntou-se apenas: Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito – BOAT (Id. 2287944, pág. 23/28), Boletim de Ocorrência Policial (Id. 2287944) e Orçamento de conserto mecânico (Id. 2287944, pág. 31/33) Com efeito, no contexto das provas documentais, percebo que a Autora não comprovou efetivamente a conduta ilícita imputada à Autora.
A teor do art. 373, I, do CPC, não houve demonstração bastante da alegado ato ilícito consubstanciado no avanço de semáforo com sinal vermelho, por parte da apelada.
O BOAT (Id. 2287944, pág. 23/28) do acidente, documento que possui presunção de veracidade, não apresenta qualquer conclusão concreta sobre a possível culpa da apelada pelo acidente de trânsito.
Ou seja, inexiste no referido documento, qualquer informação válida que ateste cabalmente que o acidente foi causado em decorrência de conduta da ré, sendo que não qualquer indicativo claro de que houve efetivo avanço de sinal vermelho.
O acidente ocorreu precisamente em cruzamento de vias públicas sinalizadas, de modo que o avanço de sinal deveria restar perfeitamente comprovado, para fins de determinar a culpa da condutora ré.
Ressalto, no contexto das provas orais, que, diante da ausência do preposto da autora à audiência de instrução e julgamento, bem como da falta de apresentação de testemunhas, apenas realizou-se o depoimento pessoal da ré (Id. 2287947).
E, do conteúdo deste depoimento não é possível verificar qualquer assunção de culpa pelo acidente causado.
Em outras palavras, o depoimento da ré não apresenta confissão a respeito do avanço de sinal vermelho, não tendo assumido direta ou indiretamente a culpa pelo acidente.
Tal circunstância, para fins de responsabilidade civil subjetiva, deveria restar cabalmente demonstrada e a autora não se desincumbiu de provar qualquer elemento culposo atribuível à ré.
Vê-se, do conjunto de provas, que alegação de que a ré avançou indevidamente sinal vermelho não ressoa evidenciado nas provas constantes dos autos, de modo que não há comprovação do fato constitutivo do direito da autora.
No tocante à revisão dos honorários de sucumbência, entendo que a sentença deve ser mantida.
Isso porque, não houve perfeita caracterização de sucumbência parcial da ré, o que afasta a possibilidade de distribuição proporcional de sucumbência recíproca.
As verbas de sucumbência são atribuíveis segundo o princípio da causalidade, assim quem deu causa à extinção do processo – com ou sem resolução de mérito – deverá arcar com os ônus de sucumbência.
ASSIM, com fundamento no art. 932, IV, letra “b”, do CPC c/c art. 133, XI, letra “d”, do RITJ/PA, CONHEÇO e NEGO PROVIMENTO ao recurso de apelação, no sentido de manter integralmente a sentença de improcedência, considerando a não comprovação da culpa da ré.
P.R.I.
Oficie-se no que couber.
Após o trânsito em julgado, encaminhem-se os autos ao juízo a quo.
Belém/PA, 23 de FEVEREIRO de 2022.
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO Desembargador – Relator -
29/03/2022 09:56
Expedição de Outros documentos.
-
29/03/2022 00:14
Decorrido prazo de CELIA MARIA ALVES em 28/03/2022 23:59.
-
23/03/2022 00:12
Decorrido prazo de ORM CABO ANANINDEUA LTDA em 22/03/2022 23:59.
-
23/02/2022 12:05
Expedição de Outros documentos.
-
23/02/2022 11:49
Conhecido o recurso de ORM CABO ANANINDEUA LTDA - CNPJ: 02.***.***/0001-08 (APELANTE) e não-provido
-
03/10/2019 10:07
Conclusos para decisão
-
03/10/2019 08:25
Recebidos os autos
-
03/10/2019 08:25
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
03/10/2019
Ultima Atualização
29/03/2022
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Documento de Migração • Arquivo
Documento de Migração • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0800886-49.2021.8.14.0103
Aldenir Romana Teixeira da Silva
Advogado: Maycon Miguel Alves
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 28/12/2021 11:09
Processo nº 0856895-19.2021.8.14.0301
Espaco Educacional Primeira Infancia Ltd...
Joao Kelvis Amorim da Silva
Advogado: Eline Wulfertt de Queiroz
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 25/09/2021 14:45
Processo nº 0825023-49.2022.8.14.0301
Carlos Thadeu Vaz Moreira
Lojas Avenida S.A
Advogado: Valeria Cristina Baggio de Carvalho Rich...
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 03/03/2022 16:16
Processo nº 0830733-50.2022.8.14.0301
Aymore Credito, Financiamento e Investim...
Joel Fagundes do Nascimento
Advogado: Rodrigo Frassetto Goes
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 15/03/2022 16:03
Processo nº 0800077-27.2019.8.14.0007
Raimunda Nonata da Silva Medeiros
Jacinto da Cunha Ferreira
Advogado: Vitoria Gabryella Furtado dos Remedios D...
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 29/01/2019 21:17