TJPA - 0880715-33.2022.8.14.0301
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Desembargadora Margui Gaspar Bittencourt
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
29/10/2024 12:00
Remetidos os Autos (por julgamento definitivo do recurso) para Baixa ou Devolução de Processo
-
29/10/2024 11:59
Baixa Definitiva
-
26/10/2024 00:16
Decorrido prazo de JOSE VIEIRA DE CASTRO JUNIOR em 25/10/2024 23:59.
-
26/10/2024 00:14
Decorrido prazo de Condominio do Edificio Jairo Barata em 25/10/2024 23:59.
-
03/10/2024 00:30
Publicado Acórdão em 03/10/2024.
-
03/10/2024 00:30
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 03/10/2024
-
02/10/2024 00:00
Intimação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0880715-33.2022.8.14.0301 APELANTE: JOSE VIEIRA DE CASTRO JUNIOR APELADO: CONDOMINIO DO EDIFICIO JAIRO BARATA RELATOR(A): Desembargadora MARGUI GASPAR BITTENCOURT EMENTA PROCESSO Nº: 0880715-33.2022.8.14.0301 ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL COMARCA: BELÉM/PA (12ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL) APELANTE: JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR ADVOGADO: JOSÉ LUIZ MESSIAS SALES – OAB/PA 6.150-A APELADO: CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO JAIRO BARATA ADVOGADO: ANDRÉ BECKMANN DE CASTRO MENEZES – OAB/PA 10.367 RELATORA: DESEMBARGADORA MARGUI GASPAR BITTENCOURT Ementa: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
APELAÇÃO CÍVEL.
EMBARGOS DE TERCEIRO.
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA.
DÍVIDAS CONDOMINIAIS.
REJEIÇÃO DA TESE DE NULIDADE POR AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
RECURSO DESPROVIDO.
I.
CASO EM EXAME 1.
Apelação Cível interposta por JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR contra sentença da 12ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém/PA, que julgou improcedente os Embargos de Terceiro, nos quais o apelante alegou impenhorabilidade de bem de família, curatela de um dos moradores e nulidade do processo por ausência de participação do Ministério Público.
Requereu o provimento do recurso e a reforma da sentença.
II.
QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2.
Há duas questões em discussão: (i) determinar se há nulidade na sentença por ausência de participação do Ministério Público em razão da presença de curatelado no imóvel; (ii) definir se o imóvel pode ser penhorado apesar de ser caracterizado como bem de família, em razão de dívida de natureza condominial.
III.
RAZÕES DE DECIDIR 3.
A ausência de participação do Ministério Público não configura nulidade, uma vez que o recorrente age como terceiro, defendendo a posse do imóvel, e não possui legitimidade para representar o curatelado. 4.
A impenhorabilidade do bem de família não se aplica às dívidas condominiais, conforme o art. 3º, IV, da Lei nº 8.009/90, e a jurisprudência consolidada do STJ.
IV.
DISPOSITIVO E TESE 5.
Recurso desprovido.
Tese de julgamento: 1.
A ausência de participação do Ministério Público em ação de embargos de terceiro não gera nulidade quando o embargante não possui legitimidade para representar o curatelado. 2.
A penhora do bem de família é permitida quando a dívida for de natureza condominial, conforme exceção prevista na Lei nº 8.009/90.
Dispositivos relevantes citados: CPC/2015, art. 674, caput, e art. 18; Lei nº 8.009/90, art. 3º, IV.
Jurisprudência relevante citada: STJ, AgInt no AREsp nº 1.974.007/SP, rel.
Min.
Nancy Andrighi, 3ª Turma, j. 02.05.2022.
RELATÓRIO PROCESSO Nº: 0880715-33.2022.8.14.0301 ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL COMARCA: BELÉM/PA (12ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL) APELANTE: JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR ADVOGADO: JOSÉ LUIZ MESSIAS SALES – OAB/PA 6.150-A APELADO: CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO JAIRO BARATA ADVOGADO: ANDRÉ BECKMANN DE CASTRO MENEZES – OAB/PA 10.367 RELATORA: DESEMBARGADORA MARGUI GASPAR BITTENCOURT RELATÓRIO JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR interpôs Recurso de Apelação Cível contra sentença prolatada pelo Juízo da 12ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Belém-Pará, que julgou improcedente a pretensão formulada em Embargos de Terceiro.( PJe ID 17169043 – Páginas 1-2).
As razões recursais detêm os seguintes argumentos núcleos: - impenhorabilidade do bem de família; - dentre os moradores do bem há um curatelado, igualmente parte na questão litigiosa e -nulidade ante ausência de participação do Ministério Público.
Ao final, requer que: - seja conhecido o Recurso de Apelação Cível; - seja conhecido e provido o Recurso interposto nos termos ora almejados.( PJe ID 17169044 – Páginas 1-12).
Contrarrazões apresentadas e pleiteando a condenação por litigância de má-fé.( PJe ID 17169044 – Páginas 1-12). É o relatório que apresento. À Unidade de Processamento Judicial das Turmas de Direito Público e Privado incluir em pauta de julgamento.
Belém-Pará, data conforme Sistema PJe .
DESEMBARGADORA MARGUI GASPAR BITTENCOURT RELATORA VOTO PROCESSO Nº: 0880715-33.2022.8.14.0301 ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO RECURSO: APELAÇÃO CÍVEL COMARCA: BELÉM/PA (12ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL) APELANTE: JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR ADVOGADO: JOSÉ LUIZ MESSIAS SALES – OAB/PA 6.150-A APELADO: CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO JAIRO BARATA ADVOGADO: ANDRÉ BECKMANN DE CASTRO MENEZES – OAB/PA 10.367 RELATORA: DESEMBARGADORA MARGUI GASPAR BITTENCOURT VOTO Recurso de Apelação Cível recebido dada a presença dos requisitos de admissibilidade extrínseco e intrínseco. Às premissas.
Premissa 1: Nulidade da objurgada por ausência do Ministério Público Inicio destacando os termos do artigo 674, caput, do CPC: Art. 674.
Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.
Diretamente.
Não há falar em nulidade da sentença, porque JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR detém a qualidade de terceiro e, como tal, age para defender a posse do imóvel em que reside, sendo-lhe vedado falar em nome de outrem, mesmo que seja seu genitor, por força do artigo 18 do CPC.
O fato do ascendente de JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR ser curatelado não lhe autoriza à substituição processual, não lhe concede força jurídica para transmudar a finalidade da via processual que elegeu, sendo-lhe vedada direcionar a defesa que lhe pertence a seu genitor.
Premissa rejeitada, então.
Premissa 2: Impenhorabilidade do bem de família Realço termos da Lei n.8.009/90, em seu artigo 3º, IV: Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: V - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar Por forçado artigo 3º, IV, da Lei n. 8.009/90, as dívidas decorrentes da cobrança de taxas e despesas condominiais constitui exceção à impenhorabilidade do bem de família.
Nesse sentido.
PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AÇÃO DECLARATÓRIA.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE.
NÃO OCORRÊNCIA.
HARMONIA ENTRE O ACÓRDÃO RECORRIDO E A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. 1.
Ação de execução de título extrajudicial. 2.
Ausentes os vícios do art. 1.022 do CPC/15, rejeitam-se os embargos de declaração. 3. É possível a penhora do imóvel - ainda que caracterizado como bem de família - quando a dívida é oriunda de cobrança de taxas e despesas condominiais.
Súmula 568/STJ. 4.
Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp n. 1.974.007/SP, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 2/5/2022, DJe de 4/5/2022.) Negritei.
Soma-se ao levante, a decisão proferida nos autos de Exceção de Pré-Executividade onde igual matéria fora debatida e rejeitada, consolidando sobre assunto a coisa julgada. ( PJe ID 60854381) Então, não há dúvidas que JOSÉ VIEIRA DE CASTRO JUNIOR incorre nos ditames do artigo 80 do CPC, merecendo a permanência da condenação por litigância de má-fé por rebater fato incontroverso, usar dos Embargos de Terceiro para obstar o andamento do processo e alterar a verdade dos fatos. À vista disso, conheço do Recurso de Apelação Cível e nego provimento, mantendo-se a sentença combatida irretocável segundo fundamentos acima delineados.
Após o decurso do prazo recursal sem qualquer manifestação, certifique-se o trânsito em julgado e dê-se a baixa no PJE com a consequente remessa dos autos ao Juízo de origem para fins devidos. É como voto.
Belém-Pará, data registrada no Sistema Pje.
DESEMBARGADORA MARGUI GASPAR BITTENCOURT RELATORA Belém, 01/10/2024 -
01/10/2024 18:06
Expedição de Outros documentos.
-
01/10/2024 15:16
Conhecido o recurso de Condominio do Edificio Jairo Barata (APELADO) e não-provido
-
01/10/2024 14:14
Deliberado em Sessão - Julgado - Mérito
-
13/09/2024 07:32
Expedição de Outros documentos.
-
13/09/2024 07:31
Inclusão em pauta para julgamento de mérito
-
27/08/2024 14:04
Conclusos para julgamento
-
27/08/2024 14:04
Cancelada a movimentação processual
-
28/11/2023 11:44
Recebidos os autos
-
28/11/2023 11:44
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
28/11/2023
Ultima Atualização
01/10/2024
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0878958-04.2022.8.14.0301
Nadia da Silva Blanco
Dn Distribuidora e Representacoes Eireli
Advogado: Nelson Adson Almeida do Amaral
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 19/10/2022 20:16
Processo nº 0803255-33.2023.8.14.0301
Renann Patrick Costa Ferreira
Identidade
Advogado: Renann Patrick Costa Ferreira
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 20/01/2023 17:05
Processo nº 0025589-07.2017.8.14.0301
Banco Bradesco SA
Dogivaldo Francisco Nunes Ramos
Advogado: Allan Rodrigues Ferreira
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 25/08/2025 13:57
Processo nº 0871897-92.2022.8.14.0301
Ferreira &Amp; Bombarda LTDA - ME
Danielle Pantoja
Advogado: Bruno Francisco Ferreira
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 03/10/2022 08:27
Processo nº 0217273-55.2016.8.14.0301
Ana Julia Porto Carrasquel
Maria Amelia Rodrigues Porto
Advogado: Arthur Ribeiro de Freitas
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 19/04/2016 11:25