TJRN - 0815488-59.2023.8.20.5001
1ª instância - 3ª Vara Civel da Comarca de Natal
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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02/12/2024 07:20
Publicado Sentença em 11/09/2023.
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05/03/2024 05:33
Arquivado Definitivamente
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05/03/2024 05:33
Transitado em Julgado em 06/02/2024
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07/02/2024 05:59
Decorrido prazo de CLAUDIA ALVARENGA MEDEIROS AMORIM SANTOS em 06/02/2024 23:59.
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07/02/2024 05:59
Decorrido prazo de CLAUDIA ALVARENGA MEDEIROS AMORIM SANTOS em 06/02/2024 23:59.
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07/02/2024 05:59
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 06/02/2024 23:59.
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07/02/2024 05:59
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 06/02/2024 23:59.
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18/12/2023 19:25
Juntada de Petição de comunicações
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16/12/2023 01:13
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 15/12/2023 23:59.
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16/12/2023 01:13
Decorrido prazo de CLAUDIA ALVARENGA MEDEIROS AMORIM SANTOS em 15/12/2023 23:59.
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08/12/2023 14:49
Juntada de Petição de comunicações
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06/12/2023 14:29
Publicado Sentença em 06/12/2023.
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06/12/2023 14:29
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 05/12/2023
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06/12/2023 14:20
Publicado Sentença em 06/12/2023.
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06/12/2023 14:20
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 05/12/2023
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06/12/2023 14:20
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 05/12/2023
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06/12/2023 14:20
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 05/12/2023
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05/12/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 3ª Vara Cível da Comarca de Natal Rua Doutor Lauro Pinto, 315, 7º Andar, Candelária, NATAL - RN - CEP: 59064-250 Processo: 0815488-59.2023.8.20.5001 Ação: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) AUTOR: M.
C.
M.
B.
D.
S., MARCUS AUGUSTO MONTENEGRO DE SA REU: HUMANA ASSISTENCIA MEDICA LTDA SENTENÇA Trata-se de ação em fase de cumprimento de sentença proposta por MARCUS AUGUSTO MONTENEGRO DE SÁ em face da HUMANA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA.
No curso do feito, o(a) executado(a) efetuou o pagamento do débito. É o relatório.
Por força da norma subsidiária do art. 513 do CPC/2015, o artigo 924, inciso II, do mesmo diploma legal estabelece que se extingue a execução quando o devedor satisfaz a obrigação e o artigo 925 do mesmo código afirma que a extinção só produz efeito quando declarada por sentença.
No caso em exame, o executado pagou o débito, satisfazendo a obrigação.
Pelo exposto, declaro extinta a presente execução com base no 924, II, do Código de Processo Civil de 2015.
Sem custas remanescentes.
Intimem-se as partes pelo sistema.
Após o trânsito em julgado, dê-se baixa na distribuição e arquivem-se os autos, observando as formalidades legais.
Natal/RN, data registrada no sistema.
DANIELLA PARAÍSO GUEDES PEREIRA Juíza de Direito (documento assinado digitalmente na forma da Lei n°11.419/06) -
04/12/2023 16:00
Expedição de Outros documentos.
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04/12/2023 16:00
Expedição de Outros documentos.
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04/12/2023 11:16
Extinta a execução ou o cumprimento da sentença
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01/12/2023 15:07
Conclusos para despacho
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30/11/2023 11:35
Juntada de Certidão
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30/11/2023 04:07
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 28/11/2023 23:59.
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30/11/2023 04:06
Decorrido prazo de CLAUDIA ALVARENGA MEDEIROS AMORIM SANTOS em 28/11/2023 23:59.
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28/11/2023 18:37
Expedição de Alvará.
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27/11/2023 10:41
Expedição de Outros documentos.
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27/11/2023 10:41
Expedição de Outros documentos.
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24/11/2023 15:10
Proferido despacho de mero expediente
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23/11/2023 13:58
Conclusos para decisão
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23/11/2023 13:42
Juntada de Petição de petição
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08/11/2023 14:07
Expedição de Outros documentos.
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08/11/2023 14:07
Expedição de Outros documentos.
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08/11/2023 13:41
Proferido despacho de mero expediente
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07/11/2023 11:28
Conclusos para decisão
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07/11/2023 11:17
Juntada de Petição de petição
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30/10/2023 11:45
Proferido despacho de mero expediente
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30/10/2023 09:40
Conclusos para despacho
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30/10/2023 09:32
Juntada de Petição de execução / cumprimento de sentença
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28/10/2023 06:16
Publicado Intimação em 11/10/2023.
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28/10/2023 06:16
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 10/10/2023
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17/10/2023 14:23
Juntada de custas
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10/10/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 3ª Vara Cível da Comarca de Natal Rua Doutor Lauro Pinto, 315, 7º Andar, Candelária, NATAL - RN - CEP: 59064-250 Processo nº 0815488-59.2023.8.20.5001 Ação: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Autor: M.
C.
M.
B.
D.
S. e outros Réu: HUMANA ASSISTENCIA MEDICA LTDA ATO ORDINATÓRIO Nos termos e para os fins do art. 203, § 4º, do Novo Código de Processo Civil, procedo a intimação da parte autora/vencedora, para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, querendo, requerer o cumprimento da sentença ID 105568853, na forma do art. 513, § 1º, c/c os arts. 523 e 524 do mesmo diploma legal, ou, promover a liquidação adequada, se for o caso.
Natal/RN, 9 de outubro de 2023.
ANDREA FILGUEIRA DO AMARAL Analista Judiciário (documento assinado digitalmente na forma da Lei n°11.419/06) -
09/10/2023 14:09
Expedição de Outros documentos.
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09/10/2023 14:08
Ato ordinatório praticado
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09/10/2023 14:07
Transitado em Julgado em 04/10/2023
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05/10/2023 10:18
Decorrido prazo de CLAUDIA ALVARENGA MEDEIROS AMORIM SANTOS em 04/10/2023 23:59.
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05/10/2023 10:18
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 04/10/2023 23:59.
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05/10/2023 07:40
Decorrido prazo de CLAUDIA ALVARENGA MEDEIROS AMORIM SANTOS em 04/10/2023 23:59.
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05/10/2023 07:40
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 04/10/2023 23:59.
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01/10/2023 03:51
Publicado Sentença em 11/09/2023.
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01/10/2023 03:51
Publicado Sentença em 11/09/2023.
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22/09/2023 07:37
Juntada de Petição de comunicações
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30/08/2023 17:50
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/08/2023
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30/08/2023 17:50
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/08/2023
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30/08/2023 17:50
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/08/2023
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30/08/2023 17:50
Publicado Intimação em 21/08/2023.
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30/08/2023 17:50
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/08/2023
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30/08/2023 17:50
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 18/08/2023
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30/08/2023 17:09
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 17:09
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 17:09
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 17:09
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 17:09
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 17:09
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 16:56
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 16:56
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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30/08/2023 16:56
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023
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28/08/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 3ª Vara Cível da Comarca de Natal Rua Doutor Lauro Pinto, 315, 7º Andar, Candelária, NATAL - RN - CEP: 59064-250 Processo: 0815488-59.2023.8.20.5001 Ação: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) AUTOR: M.
C.
M.
B.
D.
S., MARCUS AUGUSTO MONTENEGRO DE SA REU: HUMANA ASSISTENCIA MEDICA LTDA SENTENÇA
Vistos.
I - RELATÓRIO Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de antecipação de tutela e danos morais, ajuizada por MELYNDA CAMPOS MONTENEGRO BRUNET SÁ, menor impúbere, representado por seu genitor, MARCUS AUGUSTO MONTENEGRO DE SÁ, em face da HUMANA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA, partes devidamente qualificadas à exordial.
Segundo aduz, a autora é beneficiária do plano de saúde réu e sem carências a cumprir, tendo sido diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (CID F 84.0), motivo pelo qual o médico neurologista requisitou o tratamento com profissionais especializados e intensidade adequada, com sessões com fonoaudiólogo, terapia ocupacional com integração sensorial, psicomotricidade, psicologia e terapia ABA, com abordagem no domicílio e na escola, conforme indicação médica, por ser portador de espectro autista, além de baixa visão, miopia e atrésia no esôfago.
Entretanto, a empresa ré negou a cobertura desses tratamentos sob a alegação de que não estão inclusos no rol da ANS.
Em razão do exposto, busca provimento jurisdicional, inclusive em caráter antecipatório, para que o plano de saúde seja compelido a autorizar/custear as terapias prescritas pelo médico assistente na Clínica Ideal Terapias Integradas, indenização por dano moral em R$ 10.000,00 (dez mil reais), além de custas e honorários advocatícios sucumbenciais.
Juntou documentos.
Decisão que concedeu parcialmente a antecipação dos efeitos da tutela para determinar que a operadora do plano de saúde autorize "o tratamento com profissionais especializados e intensidade adequada, com sessões com fonoaudiólogo, terapia ocupacional com integração sensorial, psicomotricidade, psicologia, psicopedagogia e terapia ABA, assistente terapêutico em âmbito unicamente hospitalar, dentro da rede credenciada" (ID 98549318).
Devidamente citada, a HUMANA SAÚDE apresentou contestação (ID 99805286) argumentando que agiu legitimamente ao negar cobertura aos tratamentos não abrangidos pelo contrato e tampouco relacionados no rol da ANS, de modo que não há que se falar em violação a qualquer dispositivo legal.
Embargos de declaração acolhidos para fixar a carga horária da terapia (ID 99541312).
O autor não apresentou réplica à contestação.
Parecer do Ministério Público (ID 105482057).
Inexistindo questões processuais pendentes, vieram-me os autos conclusos. É o relatório.
Passo a decidir.
II - FUNDAMENTAÇÃO DO JULGAMENTO ANTECIPADO Prescindível a produção de outras provas, passo ao julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, I, do CPC/15.
DA RELAÇÃO DE CONSUMO De início, constata-se que a relação jurídica existente entre as partes, por obediência à Constituição de 1988 e ao Código de Defesa do Consumidor – CDC (Lei n.º 8.078/90), caracteriza-se como uma relação de consumo, disciplinada por normas de ordem pública e interesse social, justificadas pelo reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado.
DO MÉRITO Presentes as condições da ação e os pressupostos processuais, passa-se ao exame do mérito.
A causa de pedir consubstancia-se na obrigação de custeio, pelo plano de saúde, das terapias prescritas pelo médico assistente da autora, o qual é portadora de TEA.
Pois bem.
Conforme anteriormente consignado, a relação estabelecida entre as partes é de consumo.
Nas relações de consumo entre as operadoras de planos e seguros de saúde e o consumidor, a Lei nº 9.656/98 veio normatizar a assistência privada à saúde, trazendo importantes modificações no sistema legal até então vigente.
O art. 10 do referido diploma legal instituiu o plano-referência, tornando claras as cláusulas de exclusão de cobertura, a fim de que o contrato não se torne iníquo para o consumidor, no momento que mais precise de assistência, quando acometido de moléstia grave.
No entanto, a incidência do CDC nos contratos de seguro, o princípio da força obrigatória dos contratos fica mitigado, autorizando a revisão das cláusulas contratuais, eis que as normas postas no referido diploma legal, por serem de ordem pública, prevalecem sobre as de direito privado, e isso se justifica pelo fato de que se tem como pano de fundo a finalidade principal desses contratos a promoção da saúde e da vida humana, assim como a opinião médica dada em cada caso.
Sobre a regra fundamental que dispõe acerca da saúde do cidadão, o art. 196 da Constituição Federal assim estabelece: Art. 196.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
No caso dos autos, tem-se a imprescindibilidade do tratamento prescrito pelo médico assistente (ID’s 97562722), e no que diz respeito ao custeio dos procedimentos por meio de clínicas ou profissionais que não componham a rede credenciada do plano de saúde o Superior Tribunal de Justiça assim tem se posicionado: Ementa: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
CIVIL.
PLANO DE SAÚDE.
DESCABIMENTO DO REEMBOLSO INTEGRAL.
CIRURGIA FEITA POR MÉDICO NÃO CREDENCIADO.
LIMITAÇÃO AO VALOR DA TABELA CONTRATUAL.
REVISÃO DO JULGADO.
IMPOSSIBILIDADE.
INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 5 E 7/STJ.
DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL PREJUDICADO.
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1.
Reverter a conclusão do Colegiado originário, para acolher a pretensão recursal, demandaria o envolvimento de cláusulas contratuais e do acervo fático-probatório dos autos, o que é vedado ante a natureza excepcional da via eleita, consoante os enunciados das Súmulas n. 5 e 7 do Superior Tribunal de Justiça. 2.
O propósito recursal é definir se é cabível o reembolso de despesas, efetuado por beneficiário do plano de saúde em estabelecimento não contratado, credenciado ou referenciado pela operadora, em situação não caracterizada como caso de urgência ou emergência. 3.
O comando do art. 12, VI, da Lei 9.656/1998 dispõe, como regra, que o reembolso de despesas médicas em estabelecimento não contratados, credenciados ou referenciados pelas operadoras está limitado às hipóteses de urgência ou emergência. 4.
Todavia, a exegese desse dispositivo que mais se coaduna com os princípios da boa-fé e da proteção da confiança nas relações privadas – sobretudo considerando a decisão do STF, em repercussão geral (Tema 345), acerca do ressarcimento devido ao SUS pelos planos de saúde – é aquela que permite que o beneficiário seja reembolsado quando, mesmo não se tratando de caso de urgência ou emergência, optar pelo atendimento em estabelecimento não contratado, credenciado ou referenciado pela operadora, respeitados os limites estabelecidos contratualmente. 5.
Esse entendimento respeita, a um só tempo, o equilíbrio atuarial das operadoras de plano de saúde e o interesse do beneficiário, que escolhe o hospital não integrante da rede credenciada de seu plano de saúde e, por conta disso, terá de arcar com o excedente da tabela de reembolso prevista no contrato. 6.
Tal solução reveste-se de razoabilidade, não impondo desvantagem exagerada à recorrente, pois a suposta exorbitância de valores despendidos pelos recorridos na utilização dos serviços prestados por médico de referência em seu segmento profissional será suportada por eles, porquanto o reembolso está limitado ao valor da tabela do plano de saúde. 7.
A incidência do Súmula n. 7/STJ impede o conhecimento do recurso lastreado, também, pela alínea c do permissivo constitucional, dado que falta identidade entre os paradigmas apresentados e os fundamentos do acórdão recorrido, tendo em vista a situação fática de cada caso. 8.
Agravo interno desprovido. (Processo: AgInt no AREsp 1822928 SP 2021/0013170-4; Órgão Julgador: Terceira Turma; Publicação: DJe 28/05/2021; Julgamento: 25 de maio de 2021; Relator: Ministro Marco Aurélio Belizze).
De mais a mais, como bem aventado pelo Ministério Público em seu parecer: 13. (...) Importante salientar que em que pese o Superior Tribunal de Justiça reconhecer recentemente a possibilidade do Plano/Seguro de Saúde prevê as doenças para as quais garantirá cobertura, assentando o entendimento sobre a taxatividade do rol; sabe-se que não poderão ocorrer restrições às terapêuticas utilizadas para tal fim. 14.
Afinal de contas, a indicação médica é de pura responsabilidade do profissional que a prescreveu, sendo desarrazoado ao Judiciário adentrar no mérito da adequação/utilidade do tratamento (STJ - AgRg no Ag: 1325939/DF, Relator: Min.
Raul Araújo, Data de Julgamento: 03.04.14, 4ª Turma). 15.
Isto é, não cabe ao Judiciário extrair a força vinculante de contratos celebrados na forma da lei ou atenuar o caráter normativo de resoluções concernentes no âmbito do executivo, mas é função típica deste Poder compatibilizá-los com o sistema de proteção à dignidade da pessoa humana assegurado pela Constituição Federal, mediante ponderação de princípios igualmente válidos perante o ordenamento vigente. 16.
Tanto que, neste particular, tal entendimento não se viu alterado, com caráter cogente, pela Corte Superior, pois o entendimento consagrado no REsp nº 1.733.013/PR sequer possui eficácia vinculante, mostrando-se, aliás, divergente ao posicionamento da 3ª Turma do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Registro que o tratamento foi prescrito pelo médico assistente da parte autora, conforme laudo de ID 97562722.
Desse modo, a confirmação parcial da decisão sob o ID 98549318 e 99541312 é a medida que se impõe, registrando que o tratamento deverá ser realizado unicamente em ambiente clínico/hospitalar e dentro da rede credenciada.
Caso os genitores queiram realizar o tratamento na clínica indicada na petição inicial ou em outra clínica fora da rede credenciada, deverá arcar com os valores que excedem a tabela do plano de saúde.
Passo a analisar o pedido de indenização por dano moral.
DO DANO MORAL A responsabilização civil nas relações de consumo assenta-se na teoria da qualidade do serviço ou do produto, notadamente em relação à segurança legitimamente esperada. É o que se extrai da análise dos arts. 12 e 14 do Código de Defesa do Consumidor: Art. 12.
O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
Art. 14.
O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam(...).
Nesse sentido, por se tratar de responsabilidade civil objetiva, é dispensável a análise do elemento volitivo, mas a norma exige a análise do elemento objetivo, qual seja, a falha de prestação de serviço, cabendo ao consumidor a demonstração do dano (material e/ou moral), do nexo de causalidade entre esse e o vício do produto/serviço, independentemente da existência de culpa, sendo que, quanto aos danos morais, o prejuízo imaterial é uma decorrência natural da violação do direito da personalidade ou da prática do ato ilícito.
No caso em apreço, a negativa do plano de saúde ultrapassou o mero descumprimento contratual ou dissabor da vida em sociedade, ante o inegável sofrimento psicológico e de angústia da parte autora ao ver-se desamparada em situação de imensa fragilidade, sendo responsável diretamente pelo dano e representado o nexo de causalidade.
Já em relação ao elemento culpa, conforme anteriormente descrito, mostra-se despicienda sua verificação, já que a responsabilidade civil do caso possui natureza objetiva (relação consumerista).
Presentes os requisitos necessários à responsabilização civil, passo ao arbitramento do quantum debeatur, levando em conta alguns fatores relevantes.
De acordo com o caso em concreto, considerando a recusa do plano e a necessidade de realização dos procedimentos médico-hospitalares solicitados, levando em conta também a orientação jurisprudencial e a capacidade econômica das partes, tem-se como justa a indenização de dano moral na quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais).
III – DISPOSITIVO Pelo exposto, resolvendo o mérito da ação com base no art. 487, inc.
I, do CPC/15, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na petição inicial para: a.
CONFIRMAR as decisões de ID’s 98549318 e 99541312, para determinar que a parte ré forneça ao autor o tratamento com profissionais especializados e intensidade adequada, com sessões com fonoaudiólogo, terapia ocupacional com integração sensorial, psicomotricidade, psicologia, psicopedagogia e terapia ABA, este último por 30 horas semanais, assistente terapêutico em âmbito unicamente hospitalar, dentro da rede credenciada ou por profissional escolhido pela parte autora, com reembolso limitado à tabela da HUMANA SAÚDE; b.
CONDENAR a HUMANA SAÚDE ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), a ser atualizado pelo INPC, desde a publicação desta sentença (súmula 362 do STJ), e acrescido de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, na forma simples, desde a citação da ré (art. 405 do CC/02).
CONDENO, ainda, a parte ré ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais, os quais arbitro no percentual de 10% sobre o proveito econômico obtido, a ser apurado em liquidação de sentença, atualizado pelo índice INPC desde o ajuizamento da ação, com juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, na forma simples, contados do trânsito em julgado da sentença.
Interposta(s) apelação(ões), intime(m)-se a(s) parte(s) contrária(s) para apresentar(em) contrarrazões ao(s) recurso(s), no prazo legal.
Em seguida, encaminhem-se os autos ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para julgamento do(s) apelo(s).
Por fim, não havendo requerimento a ser apreciado ou diligência a ser cumprida, arquivem-se os autos.
Intimem-se as partes através do sistema PJe.
Cumpra-se.
Natal/RN, data registrada no sistema.
DANIELLA PARAÍSO GUEDES PEREIRA Juíza de Direito (documento assinado digitalmente na forma da Lei n°11.419/06) -
25/08/2023 11:10
Expedição de Outros documentos.
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25/08/2023 11:10
Expedição de Outros documentos.
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24/08/2023 15:27
Julgado procedente em parte do pedido
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22/08/2023 07:56
Conclusos para julgamento
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21/08/2023 21:11
Juntada de Petição de petição
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18/08/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 3ª Vara Cível da Comarca de Natal Rua Doutor Lauro Pinto, 315, 7º Andar, Candelária, NATAL - RN - CEP: 59064-250 Processo: 0815488-59.2023.8.20.5001 Parte Autora: M.
C.
M.
B.
D.
S. e outros Parte Ré: HUMANA ASSISTENCIA MEDICA LTDA DESPACHO Vistos, etc...
Vistas ao Ministério Público para o seu parecer final, no prazo de 15 (quinze) dias.
P.I.
Natal/RN, data registrada no sistema.
DANIELLA PARAÍSO GUEDES PEREIRA Juíza de Direito (documento assinado digitalmente na forma da Lei n°11.419/06) -
17/08/2023 12:42
Expedição de Outros documentos.
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13/08/2023 19:28
Proferido despacho de mero expediente
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05/08/2023 02:30
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 04/08/2023 23:59.
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04/08/2023 16:12
Conclusos para despacho
-
04/08/2023 16:11
Juntada de Petição de petição
-
17/07/2023 17:29
Juntada de Petição de petição
-
07/07/2023 05:54
Publicado Intimação em 06/07/2023.
-
07/07/2023 05:54
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 05/07/2023
-
05/07/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 3ª Vara Cível da Comarca de Natal Rua Doutor Lauro Pinto, 315, 7º Andar, Candelária, NATAL - RN - CEP: 59064-250 Processo: 0815488-59.2023.8.20.5001 Parte Autora: M.
C.
M.
B.
D.
S. e outros Parte Ré: HUMANA ASSISTENCIA MEDICA LTDA DESPACHO Vistos, etc...
Declaro invertido o ônus da prova, de acordo com o art. 6º, VIII, do CDC.
Intimem-se as partes para, no prazo comum de 15 (quinze) dias, especificarem as provas que ainda desejam produzir, justificando-as, sob pena de julgamento do processo no estado em que se encontra.
Caso seja pleiteada a prova testemunhal, deverá a parte no mesmo prazo concedido juntar aos autos o rol de testemunhas.
Natal/RN, data registrada no sistema.
DANIELLA PARAÍSO GUEDES PEREIRA Juíza de Direito (documento assinado digitalmente na forma da Lei n°11.419/06) -
04/07/2023 06:50
Expedição de Outros documentos.
-
27/06/2023 11:58
Proferido despacho de mero expediente
-
27/06/2023 07:58
Conclusos para despacho
-
27/06/2023 07:58
Decorrido prazo de M. C. M. B. D. S. e outros em 26/06/2023.
-
27/06/2023 06:18
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 26/06/2023 23:59.
-
26/06/2023 16:14
Juntada de Petição de comunicações
-
13/06/2023 13:25
Decorrido prazo de MARCUS VINICIUS DE ALBUQUERQUE BARRETO em 12/06/2023 23:59.
-
25/05/2023 12:29
Publicado Intimação em 24/05/2023.
-
25/05/2023 12:29
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 23/05/2023
-
22/05/2023 18:47
Expedição de Outros documentos.
-
22/05/2023 18:46
Expedição de Outros documentos.
-
22/05/2023 18:46
Expedição de Outros documentos.
-
16/05/2023 17:06
Outras Decisões
-
08/05/2023 16:43
Juntada de Petição de contestação
-
03/05/2023 12:39
Conclusos para decisão
-
02/05/2023 19:56
Juntada de Petição de embargos de declaração
-
17/04/2023 12:15
Mandado devolvido entregue ao destinatário
-
17/04/2023 12:15
Juntada de Petição de devolução de mandado
-
13/04/2023 13:51
Expedição de Mandado.
-
13/04/2023 13:40
Expedição de Outros documentos.
-
13/04/2023 12:23
Concedida a Antecipação de tutela
-
13/04/2023 07:28
Conclusos para decisão
-
13/04/2023 07:24
Juntada de Petição de petição
-
12/04/2023 13:57
Juntada de custas
-
29/03/2023 08:22
Expedição de Outros documentos.
-
28/03/2023 15:20
Proferido despacho de mero expediente
-
27/03/2023 16:41
Conclusos para decisão
-
27/03/2023 16:41
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
27/03/2023
Ultima Atualização
05/12/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
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