TJTO - 0010604-70.2025.8.27.2700
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Gabinete Desembargadora Ngela Prudente
Polo Ativo
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
19/08/2025 13:10
Ato ordinatório - Lavrada Certidão
-
19/08/2025 02:04
Disponibilização de Pauta - no dia 19/08/2025<br>Data da sessão: <b>27/08/2025 14:00</b>
-
19/08/2025 00:00
Intimação
2ª CÂMARA CÍVEL Pauta de Julgamentos DETERMINO A INCLUSÃO DO(S) PROCESSO(S) ABAIXO RELACIONADO(S), OBSERVANDO A DECISÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA NO PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº 0006764-89.2024.2.00.0000, NA PAUTA DE JULGAMENTOS DA 10ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA TOTALMENTE VIRTUAL DA 2ª CÂMARA CÍVEL DO ANO DE 2025, COM INÍCIO NO DIA 27 DE AGOSTO DE 2025, QUARTA-FEIRA, A PARTIR DAS 14:00, E TÉRMINO NO DIA 03 DE SETEMBRO DE 2025, QUARTA-FEIRA, ÀS 14:00, PODENDO, ENTRETANTO, NESSA MESMA SESSÃO OU EM SESSÕES SUBSEQUENTES SEREM JULGADOS OS PROCESSOS ADIADOS OU CONSTANTES DE PAUTAS JÁ PUBLICADAS, RESSALVANDO-SE QUE NÃO SERÃO INCLUÍDOS NA SESSÃO VIRTUAL, OU DELA SERÃO EXCLUÍDOS, OS FEITOS COM MANIFESTAÇÃO DE EXCLUSÃO DA SESSÃO POR UM OU MAIS JULGADORES POR MEIO DE MENSAGEM ELETRÔNICA NO SISTEMA, BEM COMO OS PROCESSOS COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL EM QUE NÃO HAJA INDEFERIMENTO.
RESSALTA-SE QUE: I OS PROCESSOS EXPRESSAMENTE ADIADOS FICAM INCLUÍDOS NA SESSÃO VIRTUAL ORDINÁRIA OU EXTRAORDINÁRIA IMEDIATAMENTE POSTERIOR, INDEPENDENTE DE INTIMAÇÃO, NOS TERMOS DO ARTIGO 935, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, SEM NECESSIDADE DE NOVA INTIMAÇÃO DAS PARTES, INCLUINDO-SE AÍ OS PROCESSOS SUJEITOS À APLICAÇÃO DO ART. 942, DO CPC, E DO ART. 115, DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINS, CASO NÃO SEJAM JULGADOS NA MESMA SESSÃO VIRTUAL; II AS APELAÇÕES COM RESULTADO NÃO UNÂNIME PODERÃO TER A CONTINUIDADE DO JULGAMENTO NA MESMA SESSÃO VIRTUAL, COLHENDO-SE OS VOTOS DOS OUTROS JULGADORES QUE COMPÕEM O COLEGIADO, DESDE QUE NÃO HAJA PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL; III OS PROCESSOS COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL SERÃO RETIRADOS DE JULGAMENTO E INCLUÍDOS EM MESA EM SESSÃO ORDINÁRIA OU EXTRAORDINÁRIA PRESENCIAL, INDEPENDENTEMENTE DE INTIMAÇÃO, TENDO OS ADVOGADOS A POSSIBILIDADE DE COMPARECER AO PLENÁRIO DA 2ª CÂMARA CÍVEL OU POR MEIO DE VIDEOCONFERÊNCIA PARA REALIZAR A SUSTENTAÇÃO NO DIA 03 DE SETEMBRO DE 2025 A PARTIR DAS 14:00; IV OS PEDIDOS DE SUSTENTAÇÃO ORAL PRESENCIAL OU POR VIDEOCONFERÊNCIA SERÃO OBRIGATORIAMENTE FORMULADOS DE FORMA EXPRESSA POR MEIO DE REQUERIMENTO NOS AUTOS, ENDEREÇADO AO RELATOR, DEVENDO O REPRESENTANTE PROCESSUAL DA PARTE APÓS ISSO, SE POSSÍVEL, EFETUAR O AGENDAMENTO NA PÁGINA ELETRÔNICA DOS AUTOS, NO CAMPO ?AÇÕES?, NA FERRAMENTA ?PEDIDO DE PREFERÊNCIA/SUSTENTAÇÃO ORAL; V SERÃO ADMITIDOS OS PEDIDOS DE SUSTENTAÇÃO ORAL ATÉ O INÍCIO DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA TOTALMENTE VIRTUAL, LOGO, ATÉ ÀS 14:00 DA QUARTA-FEIRA DO DIA 27 DE AGOSTO DE 2025 (ART. 937, § 2º, DO CPC/2015); VI OS FEITOS COM PEDIDO DE SUSTENTAÇÃO ORAL QUE FOREM RETIRADOS DE JULGAMENTO DA SESSÃO ORDINÁRIA OU EXTRAORDINÁRIA PRESENCIAL SERÃO INCLUÍDOS, INDEPENDENTEMENTE DE INTIMAÇÃO, NA SESSÃO ORDINÁRIA OU EXTRAORDINÁRIA PRESENCIAL FÍSICA OU PRESENCIAL POR VIDEOCONFERÊNCIA SUBSEQUENTE OU EM SESSÕES PRESENCIAIS POSTERIORES SE O ADIAMENTO PERSISTIR, DE ACORDO COM A MODALIDADE DE SUSTENTAÇÃO ORAL REQUERIDA; E VII O ADVOGADO QUE NÃO COMPARECER PARA REALIZAR A SUSTENTAÇÃO ORAL TERÁ O SEU FEITO JULGADO INDEPENDENTEMENTE DA SUSTENTAÇÃO NO PLENÁRIO VIRTUAL.
Agravo de Instrumento Nº 0010604-70.2025.8.27.2700/TO (Pauta: 243) RELATORA: Desembargadora ANGELA MARIA RIBEIRO PRUDENTE AGRAVANTE: PAULA DA SILVA QUEIROZ TEIXEIRA ADVOGADO(A): EDUARDO BRUNO MENDES DE SOUSA (OAB PA025522) AGRAVADO: J.
B.
P.
DE SOUSA INTERESSADO: JUIZ 1ª VARA CÍVEL - TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO TOCANTINS - Araguaína Publique-se e Registre-se.Palmas, 18 de agosto de 2025.
Desembargador EURÍPEDES LAMOUNIER Presidente -
18/08/2025 18:37
Remessa para disponibilização no Diário Eletrônico de Pauta - no dia 19/08/2025
-
11/08/2025 12:48
Intimação Eletrônica - Expedida/Certificada - Pauta - <b>Sessão Extraordinária</b>
-
11/08/2025 12:48
Inclusão em pauta - Para julgamento de mérito - <b>Sessão Extraordinária</b><br>Data da sessão: <b>27/08/2025 14:00</b><br>Sequencial: 243
-
09/08/2025 00:02
Decurso de Prazo - Refer. ao Evento: 7
-
06/08/2025 15:52
Remessa Interna com pedido de dia pelo relator - SGB01 -> CCI02
-
06/08/2025 15:52
Juntada - Documento - Relatório
-
05/08/2025 13:28
Remessa Interna - CCI02 -> SGB01
-
04/08/2025 20:01
Juntada - Carta pelo Correio Devolvida sem cumprimento - Refer. ao Evento: 10
-
21/07/2025 09:45
PETIÇÃO PROTOCOLADA JUNTADA - Refer. ao Evento: 8
-
21/07/2025 09:45
Confirmada a intimação eletrônica - Refer. ao Evento: 8
-
18/07/2025 02:48
Publicado no DJEN - no dia 18/07/2025 - Refer. ao Evento: 7
-
17/07/2025 15:04
Expedido Carta pelo Correio - 1 carta
-
17/07/2025 02:00
Disponibilizado no DJEN - no dia 17/07/2025 - Refer. ao Evento: 7
-
17/07/2025 00:00
Intimação
Agravo de Instrumento Nº 0010604-70.2025.8.27.2700/TOPROCESSO ORIGINÁRIO: Nº 0006769-56.2025.8.27.2706/TO AGRAVANTE: PAULA DA SILVA QUEIROZ TEIXEIRAADVOGADO(A): EDUARDO BRUNO MENDES DE SOUSA (OAB PA025522) DECISÃO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Paula da Silva Queiroz Teixeira, em face da decisão interlocutória proferida pelo Juízo da 1ª Vara Cível de Araguaína/TO, no evento 20 dos autos da Execução de Título Extrajudicial, que indeferiu a tutela liminar postulada pela agravante para concessão dos benefícios da justiça gratuita.
Nas razões recursais, alega a agravante que se encontra atualmente desempregada e que, diante de sua hipossuficiência financeira, faz jus aos benefícios da gratuidade da justiça.
Sustenta que cumpriu integralmente a determinação judicial para apresentação de documentos comprobatórios de sua situação econômica, tendo juntado extratos bancários, declaração de hipossuficiência e manifestação quanto à inexistência de outras contas além das apresentadas.
Argumenta que a decisão recorrida foi proferida com fundamentação genérica e sem observância à presunção de veracidade da declaração firmada por pessoa natural, conforme os §§ 2º e 3º do art. 99 do CPC.
Diz que não é exigido estado de miserabilidade, mas apenas insuficiência de recursos para suportar as despesas processuais sem prejuízo da própria subsistência.
Expõe o direito que entende amparar sua tese.
Requer a concessão de liminar recursal para suspender os efeitos da decisão agravada. É o relatório do necessário.
DECIDO.
Para atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente a pretensão recursal, necessário se faz notar a presença concomitante do risco de grave dano, considerado de difícil ou impossível reparação (perigo da demora), bem como na grande probabilidade do direito vindicado, que deve estar calcada na veracidade das alegações de fato e de direito da parte (fumaça do bom direito).
Deste modo, nos termos do art. 300 do CPC, “a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”.
A probabilidade do direito é a plausibilidade do direito invocado. É a aparência do bom direito (fumus boni iuris).
Para tanto, faz-se um juízo da descrição fática com a plausibilidade jurídica, em verdadeiro exercício de subsunção dos fatos à norma invocada.
Já o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo é o perigo da demora (periculum in mora) é a simples possibilidade de dano, objetivamente considerado que, contudo, deve ser grave (afete consideravelmente o bem da ação principal) e de difícil reparação.
Enfim, é a urgência.
Ao atento exame das alegações constantes na peça recursal e dos documentos que instruem o arcabouço processual, limitado pela cognição precária do momento recursal, tenho que a liminar vindicada não merece deferimento.
Explico.
Na origem, trata-se de execução de título executivo extrajudicial, proposta por Paula da Silva Queiroz Teixeira/agravante em desfavor de J.B.P. de Souza ME, ora agravado, aparelhada em Título de Crédito (Cheque) no valor de R$ 103.000,00.
A requerente atribuiu à causa o valor de R$ 104.266,90, que gerou despesas processuais iniciais no importe total de R$ 2.603,87 (eventos 7/8).
Inicialmente, o juízo de origem determinou a apresentação de extratos bancários, comprovantes de renda e declarações fiscais (evento 12).
A autora apresentou documentos bancários (evento 18).
No entanto, o julgador singular proferiu decisão recorrida (evento 20), indeferindo o pedido, sob o fundamento de que a autora mantém vínculo com sete instituições financeiras, porém, juntou extratos de apenas cinco delas, os quais evidenciam movimentações bancárias relevantes, incompatíveis com a alegada hipossuficiência.
Ainda, consignou que a postulante não apresentou as declarações de imposto de renda.
Expostas tais premissas processuais, numa análise superficial do caso concreto, única possível no prematuro momento de cognição, não entrevejo verossimilhança suficiente para justificar a atribuição do efeito ativo pretendido.
Desenvolvo.
Na forma da regra constitucional, o benefício da gratuidade da justiça será prestado àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos, consoante se extrai do inciso LXXIV, do artigo 5º, da Constituição Federal: “O Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
A comprovação da carência de recursos capaz de autorizar a concessão da gratuidade da justiça deve ser feita através de documentação que demonstre realmente a impossibilidade de o autor recolher tais despesas, ou seja, a comprovação deve estar calcada em documentos que evidencie a necessidade.
Neste sentido posiciona-se o STJ, entendimento perfilado por esta Corte de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
JUSTIÇA GRATUITA.
NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE QUE FAZ JUS À GRATUIDADE DA JUSTIÇA.
SÚMULA 481/STJ.ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM QUE INDEFERE O BENEFICIO.
MATÉRIA PROBATÓRIA.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ.(...) 2.
A orientação jurisprudencial desta Corte é firme no sentido de que o deferimento do pedido de assistência judiciária gratuita depende da demonstração de sua impossibilidade de arcar com as custas do processo, nos termos da Súmula 481/STJ, não bastando a simples afirmação da carência de meios, devendo ficar demonstrada a hipossuficiência.3.
Na hipótese, o Tribunal de origem mediante à análise dos autos expressamente afirmou que não fora demonstrada a incapacidade financeira e patrimonial da agravante para arcar com despesas do processo.
Assim, a alteração da conclusão a que chegou o Tribunal de origem acerca da questão demanda o revolvimento de fatos e provas, inviável no âmbito do recurso especial, em face da Súmula 7/STJ.Precedentes: AgRg nos EAg 1242728/PR, Rel.
Ministro Herman Benjamin, Corte Especial, DJe 20/06/2016; AgInt no AREsp 897.946/RJ, Rel.Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 26/08/2016; AgRg no AREsp 590.984/RS, Rel.
Min.
Olindo Menezes (DES.
CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), Primeira Turma, DJe 25/02/2016).4.
Agravo interno não provido. (AgInt nos EDcl no AREsp 1250343/SP, Rel.
Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/02/2019, DJe 01/03/2019).
PROCESSUAL CIVIL.
GRATUIDADE DA JUSTIÇA INDEFERIDA PELO TRIBUNAL A QUO.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. 1.
O Superior Tribunal de Justiça entende que é relativa a presunção de hipossuficiência oriunda da declaração feita pelo requerente do benefício da justiça gratuita, sendo possível a exigência, pelo magistrado, da devida comprovação. 2.
O Tribunal local indeferiu o pedido de assistência judiciária gratuita em razão de os insurgentes não haverem comprovado a sua insuficiência financeira.
A reforma de tal entendimento requer o reexame do conteúdo fático-probatório dos autos, atraindo à espécie o óbice contido na Súmula 7 do STJ. 3.
Agravo Regimental não provido. (STJ, AgRg no AREsp 815.190/RS, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/04/2016, DJe 25/05/2016).
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AÇÃO DE COBRANÇA.
PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA.
HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO.
DECISÃO SINGULAR MANTIDA.
O magistrado indeferirá o pedido de gratuidade da justiça quando ausentes nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão da benesse, sobretudo, quando determina a intimação do requerente para comprovar o direito ao benefício, e este se mantém silente, não comprovando a alega hipossuficiência financeira. (TJ/TO, AI 0000572-36.2017.827.0000, Rel.
Des.
MARCO VILLAS BOAS, 2ª Turma da 2ª Câmara Cível, julgado em 22/03/2017).
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA.
COMPROVAÇÃO NOS AUTOS DE PROVA APTA A CORROBORAR A ALEGAÇÃODE HIPOSSUFICIÊNCIA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. 1 -A concessão da justiça gratuita é condicionada à comprovação da real condição de hipossuficiência da parte postulante, que deve trazer aos autos elementos de prova demonstrativos de que é pobre ou necessitada (art. 5º, LXXIV, da Carta Magna e Provimento 2/2011 da Corregedoria Geral de Justiça deste Estado).2 -A parte demonstrou fazer jus ao benefício.
Por mais que os contracheques juntados a inicial estejam desatualizados, consta a informação de quea agravante encontra-se desempregada e, além disso, o magistrado deveria ter efetuado a intimação da parte e permitido que a mesma comprovasse sua situação de hipossuficiência. 3 -Agravo de Instrumento Provido. (TJTO, AI 00152311620188270000, Rel.
Desa.
Maysa Vendramini, julgado em 26/02/2019).
Com base neste entendimento, a presunção de veracidade não se limita à mera declaração de hipossuficiência, sendo necessário também provas documentais que evidenciem a impossibilidade de se arcar com as custas e despesas processuais.
Em mesmo sentido, nota-se que a teor do que prescreve o art. 98, do CPC, sobre aqueles que podem ser beneficiários da justiça gratuita: “A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei”.
No caso concreto, como salientado pelo julgador singelo, restou demonstrado que a parte postulante possui vínculo jurídico com sete instituição financeiras (evento 15) e, mesmo instada para apresentar os respectivos extratos bancários, limitou-se a juntar documentos relativos à apenas cinco delas (evento 18), nada ponderando sobre a impossibilidade em relação às outras instituições.
E, após uma análise perfunctória nos únicos extratos bancários jungidos, observa-se que, não obstante os saldos nos respectivos documentos, há robusta movimentação financeira mensal, aparentemente incompatível com a alegação de insuficiência de fundos.
Conseguinte, em relação à alegação de desemprego, além de constituir inovação fática no caderno processual, não se colhe, a priori, a existência de elementos probatórios sobre tal situação jurídica.
Ao contrário, obtempera-se que a postulante qualificou-se como empresária na exordial, porém, olvidou-se na comprovação de sua renda mensal ou a cessação dela, mesmo após determinação judicial expressa para tanto.
Outrossim, cumpre apontar que o Juízo singelo, antes de indeferir o pleito de gratuidade de justiça, determinou também a apresentação de declarações de IRPF da interessada (evento 12).
Contudo, além de omitir-se na juntada dessa documentação, a agravante deixou de tecer qualquer ponderação sobre a determinação, resultando em recusa injustificada.
Por outro lado, não se constata, de plano, nulidade da decisão por deficiência da fundamentação, eis que o magistrado a quo declinou motivadamente, ainda que de maneira sucinta, suas razões de decidir.
Tal circunstância (decisão sucinta), por si só, não inquina de nulidade o julgado recorrido, mormente quando não demonstrado, a princípio, qualquer ofensa ao direito ao contraditório da parte, que pode recorrer e apresentar fundamentos para reforma.
Neste cenário, as provas até então apresentadas conduzem à aparente e atual condição financeira, circunstância que fragiliza a probabilidade do direito alegado no recurso, requisito cumulativamente necessário à concessão da tutela de urgência postulada (art. 300/CPC).
Reafirmo que foi oportunizado pelo magistrado a quo a comprovação do preenchimento dos pressupostos necessários à benesse, na forma do art. 99, § 2º, do CPC, e, contudo, não houve apresentação de provas suficientes da insuficiência econômica.
Por oportuno, cumpre elucidar que a gratuidade de justiça, além de constituir direito pessoal (art. 99, § 6º, do CPC), poderá ser postulada novamente, junto ao Juízo singular, se e quando demonstrada a alteração da condição financeira da parte.
Por sua vez, embora a extinção do feito por ausência de recolhimento de custas constitua risco processual, tal consequência é decorrência legal expressa do art. 290 do CPC e não se qualifica como dano irreparável se a parte deixa de cumprir o encargo processual que lhe compete.
Portanto, sem delongas, não vislumbro a relevância da fundamentação do pedido formulado na exordial recursal, motivo pelo qual o efeito suspensivo deve ser indeferido, sem prejuízo de eventual modificação quando do julgamento do mérito recursal – em respeito às circunstâncias próprias do caso concreto, que demandam análise acurada, para uma prestação jurisdicional permeada da necessária segurança jurídica.
Registre-se que nesta fase perfunctória não se afigura necessário o convencimento intenso sobre as matérias alegadas, mormente porque durante o regular trâmite do feito, surgirá do conjunto fático-probatório a realidade dos fatos, proporcionando, desta forma, uma correta conclusão de toda a estrutura de argumentos.
Diante do exposto, INDEFIRO a liminar recursal pretendida.
Intime-se a parte agravada para, em querendo, apresentar contrarrazões ao presente recurso no prazo legal.
Cumpra-se. -
16/07/2025 15:03
Expedida/certificada a intimação eletrônica
-
16/07/2025 15:03
Expedida/certificada a intimação eletrônica
-
07/07/2025 16:42
Remessa Interna com despacho/decisão - SGB01 -> CCI02
-
07/07/2025 16:42
Decisão - Não-Concessão - Liminar - Monocrático
-
03/07/2025 17:32
Expedida/certificada a comunicação eletrôinica - Custas: Não houve recolhimento de custas no processo originário. Guia criada automaticamente no momento da distribuição
-
03/07/2025 17:32
Juntada - Guia Gerada - Agravo - PAULA DA SILVA QUEIROZ TEIXEIRA - Guia 5392248 - R$ 160,00
-
03/07/2025 17:32
Autos incluídos no Juízo 100% Digital
-
03/07/2025 17:32
Distribuído por sorteio - Ref. ao Despacho/Decisão do(s) evento(s) 20 do processo originário.Autos com o Relator
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
03/07/2025
Ultima Atualização
19/08/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
DECISÃO/DESPACHO • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0027362-37.2025.8.27.2729
Rayane Siqueira Sousa Campos
Marca Motors Veiculos LTDA
Advogado: Katyane Soares Mourao
1ª instância - TJTO
Ajuizamento: 26/06/2025 21:52
Processo nº 0004793-66.2024.8.27.2700
Markes Guimaraes Rodrigues
Municipio de Porto Nacional-To
Advogado: Greyciane Santos de Assis Carvalho
2ª instância - TJTO
Ajuizamento: 22/03/2024 16:28
Processo nº 0000573-67.2021.8.27.2720
Banco Bradesco S.A.
Alana Monteiro de Morais Rodrigues
Advogado: Helba Rayne Carvalho de Araujo
2ª instância - TJTO
Ajuizamento: 14/02/2025 14:39
Processo nº 0000573-67.2021.8.27.2720
Alana Monteiro de Morais Rodrigues
Banco Bradesco S.A.
Advogado: Paulo Eduardo Prado
1ª instância - TJTO
Ajuizamento: 24/04/2021 16:32
Processo nº 0024604-85.2025.8.27.2729
Auri Wulange Ribeiro Jorge
Estado do Tocantins
Advogado: Dnize Ferreira Viana
1ª instância - TJTO
Ajuizamento: 04/06/2025 20:52