TRF1 - 1010579-41.2023.4.01.4002
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) 3ª Relatoria da 18ª Turma 4.0 - Adjunta a Turma Recursal de Rondonia
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Polo Passivo
Partes
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Assistente Desinteressado Amicus Curiae
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Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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12/07/2024 00:00
Intimação
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO Seção Judiciária de Rondônia TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS - RONDÔNIA Av.
Presidente Dutra, nº 2203, bairro Baixa da União, Porto Velho/RO (069) 2181 - 5965 INTIMAÇÃO PJe (via sistema) Processo PJE (Turma Recursal): 1010579-41.2023.4.01.4002 (PJe) Processo referência (JEF originário): 1010579-41.2023.4.01.4002 Classe: RECURSO INOMINADO CÍVEL (460) RECORRENTE: GESSINARA LIMA VIEIRA RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS NOTIFICAÇÃO/INTIMAÇÃO DO(A) PROCESSO: 1010579-41.2023.4.01.4002 RECORRENTE: GESSINARA LIMA VIEIRA ADVOGADO: NATHANAEL DE SOUSA COSTA - OAB PI22295-A RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS D E C I S Ã O A PARTE AUTORA, devidamente qualificada, interpôs recurso contra sentença, onde o juiz de primeiro grau julgou improcedente o pedido de concessão do seguro defeso referente ao período 2021/2022, em razão da ausência de prova de pescador artesanal (guia de recolhimento previdenciário ou Nota Fiscal de venda de pescado para o período).
No recurso, sustenta-se que há prova robusta comprovando a qualidade de pescador artesanal, alusivo ao período do seguro defeso 2021/2022. É o suficiente relatório.
Considerando existir jurisprudência consolidada sobre o tema nesta Turma Recursal, decido.
Conheço do recurso, porque presentes os pressupostos de admissibilidade.
Recentemente a temática sobre a paga do seguro-defeso no biênio de 2015/2016 foi decidida pela Turma Nacional de Uniformização/TNU no Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei Federal/PEDILEF n. 0501296-37.2020.4.05.8402/RN (Tema n. 281 Representativo de Controvérsia).
Lá, foi firmada a seguinte tese: "É devido o seguro-desemprego no período de defeso para o pescador artesanal no biênio 2015/2016." Quanto à proibição da pesca no período 2015/2016, após o julgamento da ADI 5.447/DF e ADPF n. 389/DF foi declarada a inconstitucionalidade da Portaria Interministerial nº 192/2015, de modo que jamais houve período normativo de suspensão do defeso e manutenção da pesca.
Assim, considerando o período de defeso na Bacia Amazônica é de 15/11 a 15/03 (Portaria IBAMA nº 48 de 05/11/2007), e que houve proibição da pesca durante todo esse período, razão assiste a parte autora no sentido de que tem direito ao seguro defeso durante o período de 15/11 a 15/03.
Salienta-se não ser relevante, no ponto, identificar se nesse período a parte autora efetivamente deixou de pescar ou não, dada a presunção que a restrição em si mesma estabelece em favor do pescador.
Entendimento contrário significaria cogitar que a parte autora violou norma jurídica que se amolda a tipo criminal (Art. 34 da Lei 9.605/98), o que não é razoável supor.
De fato, a Lei n. 10.779/2003 estabelece como requisitos legais do benefício de seguro defeso: a) o efetivo exercício da atividade profissional ininterruptamente, de forma artesanal e individualmente ou em regime de economia familiar, durante o período compreendido entre o defeso anterior (2020/2021) e o requerido (2021/2022), ou nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do defeso requerido, o que for menor; b) pescador que não disponha de outra fonte de renda; c) não estar em gozo de nenhum benefício previdenciário ou assistencial, exceto pensão por morte e auxílio-acidente; d) registro como pescador profissional (RGP); e) comprovante de recolhimento da contribuição previdenciária no período.
No caso concreto, como bem fundamentou o juiz de primeiro grau, não há provas da realização do recolhimento de contribuição previdenciária no período, conforme exigido no item “E”.
A parte autora não exibiu Guias de Previdência Social – GPS correspondente ao recolhimento da contribuição previdenciária no ano de 2015, em atenção ao Biênio 2015/2016 requerido nos autos.
Logo, a sentença há que ser mantida.
Ante ao exposto CONHEÇO e NEGO provimento ao recurso.
Condeno a parte sucumbente ao pagamento de honorários, que fixo em 10% sobre o valor atribuído à exordial, cuja exigibilidade suspendo desde logo, em razão do benefício da assistência judiciária gratuita.
A interposição de embargos de declaração e/ou outro recurso com manifesto intuito protelatório poderá ensejar a aplicação das multas previstas nos artigos 80, VII; 81, caput; e 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil.
PUBLIQUE-SE.
INTIMEM-SE.
Porto Velho-RO, data da assinatura eletrônica.
MARCELO STIVAL Juiz Federal Relator FINALIDADE: Intimar do Despacho / Decisão / Acórdão em anexo Sede da Turma Recursal AC/RO: Av.
Presidente Dutra, n. 2203, bairro Baixa da União, CEP 76805-902, Porto Velho-RO.
Porto Velho-RO, 11 de julho de 2024. (assinado digitalmente) servidor(a) -
08/02/2024 12:30
Recebidos os autos
-
08/02/2024 12:30
Redistribuído por sorteio em razão de criação de unidade judiciária
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08/02/2024 12:30
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
08/02/2024
Ultima Atualização
01/11/2024
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
ACÓRDÃO • Arquivo
DECISÃO TERMINATIVA • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
SENTENÇA TIPO A • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
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