TRF1 - 1011934-40.2024.4.01.4200
1ª instância - 2ª Boa Vista
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Polo Passivo
Partes
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Assistente Desinteressado Amicus Curiae
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
16/06/2025 12:23
Arquivado Definitivamente
-
14/06/2025 01:04
Decorrido prazo de MARIANGELA NASCIMENTO SA DA SILVA em 13/06/2025 23:59.
-
28/05/2025 17:32
Juntada de petição intercorrente
-
19/05/2025 16:34
Processo devolvido à Secretaria
-
19/05/2025 16:34
Juntada de Certidão
-
19/05/2025 16:33
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
-
19/05/2025 16:33
Proferido despacho de mero expediente
-
19/05/2025 14:56
Conclusos para despacho
-
14/05/2025 11:23
Recebidos os autos
-
14/05/2025 11:23
Juntada de informação de prevenção negativa
-
12/03/2025 15:21
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para Tribunal
-
12/03/2025 15:20
Juntada de Informação
-
12/03/2025 00:08
Decorrido prazo de UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA em 11/03/2025 23:59.
-
15/01/2025 17:25
Expedida/certificada a comunicação eletrônica
-
15/01/2025 16:36
Juntada de apelação
-
20/12/2024 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária de Roraima 2ª Vara Federal Cível da SJRR PROCESSO: 1011934-40.2024.4.01.4200 CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120) POLO ATIVO: MARIANGELA NASCIMENTO SA DA SILVA REPRESENTANTES POLO ATIVO: SARAH WALESKA MORAIS BARROS - MA27768 POLO PASSIVO: MAGNIFICO REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA e outros SENTENÇA Trata-se de mandado de segurança impetrado por MARIANGELA NASCIMENTO SA DA SILVA no qual pretende o reconhecimento do direito líquido e certo à revalidação de seu diploma estrangeiro na modalidade simplificada. É o relato necessário.
Decido.
Dispõe o CPC: Art. 332.
Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: [...] II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; [...] O Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial Representativo de Controvérsia nº 1.349.445/SP, tombado sob o Tema Repetitivo nº 599, fixou a seguinte Tese jurídica vinculante: “O art. 53, inciso V, da Lei 9394/96 permite à universidade fixar normas específicas a fim de disciplinar o referido processo de revalidação de diplomas de graduação expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior, não havendo qualquer ilegalidade na determinação do processo seletivo para a revalidação do diploma, porquanto decorre da necessidade de adequação dos procedimentos da instituição de ensino para o cumprimento da norma, uma vez que de outro modo não teria a universidade condições para verificar a capacidade técnica do profissional e sua formação, sem prejuízo da responsabilidade social que envolve o ato”.
O acórdão foi assim ementado: ADMINISTRATIVO.
ENSINO SUPERIOR.
REVALIDAÇÃO DE DIPLOMA ESTRANGEIRO.
EXIGÊNCIA DE PROCESSO SELETIVO.
AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA.
ARTIGOS 48, §2º, E 53, INCISO V, DA LEI Nº 9394/96 E 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
LEGALIDADE. 1. É de se destacar que os órgãos julgadores não estão obrigados a examinar todas as teses levantadas pelo jurisdicionado durante um processo judicial, bastando que as decisões proferidas estejam devida e coerentemente fundamentadas, em obediência ao que determina o art. 93, inc.
IX, da Constituição da República vigente.
Isto não caracteriza ofensa ao art. 535 do CPC. 2.
No presente caso, discute-se a legalidade do ato praticado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, consistente na exigência de aprovação prévia em processo seletivo para posterior apreciação de procedimento de revalidação de diploma obtido em instituição de ensino estrangeira, no caso, o curso de Medicina realizado na Bolívia, uma vez que as Resoluções ns. 01/2002 e 08/2007, ambas do CNE/CES, não fizeram tal exigência. 3.
A Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul editou a Resolução n. 12, de 14 de março de 2005, fixando as normas de revalidação para registro de diplomas de graduação expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior, exigindo a realização de prévio exame seletivo. 4.
O registro de diploma estrangeiro no Brasil fica submetido a prévio processo de revalidação, segundo o regime previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (art. 48, § 2º, da Lei 9.394/96). 5.
Não há na Lei n.º 9.394/96 qualquer vedação ao procedimento adotado pela instituição eleita. 6.
Os critérios e procedimentos de reconhecimento da revalidação de diploma estrangeiro, adotados pelo recorrente, estão em sintonia com as normas legais inseridas em sua autonomia didático-científica e administrativa prevista no art. 53, inciso V, da Lei 9.394/96 e no artigo 207 da Constituição Federal. 7.
A autonomia universitária (art. 53 da Lei 9.394/98) é uma das conquistas científico-jurídico-políticas da sociedade atual, devendo ser prestigiada pelo Judiciário.
Dessa forma, desde que preenchidos os requisitos legais - Lei 9.394/98 - e os princípios constitucionais, garante-se às universidades públicas a liberdade para dispor acerca da revalidação de diplomas expedidos por universidades estrangeiras. 8.
O art. 53, inciso V, da Lei 9394/96 permite à universidade fixar normas específicas a fim de disciplinar o referido processo de revalidação de diplomas de graduação expedidos por estabelecimentos estrangeiros de ensino superior, não havendo qualquer ilegalidade na determinação do processo seletivo para a revalidação do diploma, porquanto decorre da necessidade de adequação dos procedimentos da instituição de ensino para o cumprimento da norma, uma vez que de outro modo não teria a universidade condições para verificar a capacidade técnica do profissional e sua formação, sem prejuízo da responsabilidade social que envolve o ato. 9.
Ademais, o recorrido, por livre escolha, optou por revalidar seu diploma na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, aceitando as regras dessa instituição concernentes ao processo seletivo para os portadores de diploma de graduação de Medicina, expedido por estabelecimento estrangeiro de ensino superior, suas provas e os critérios de avaliação. 10.
Recurso especial parcialmente provido para denegar a ordem.
Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ. (REsp n. 1.349.445/SP, relator Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 8/5/2013, DJe de 14/5/2013.) No mesmo sentido: Ap Civ 1103322-42.2023.4.01.3300, 5ª T, Rel.
Des.
Eduardo Martins, j. 19.09.24; Ap Civ 1061537-82.2023.4.01.3500, 6ª T, Rel.
Des.
João Carlos Mayer, j. 18/09/2024; AMS 1004512-95.2024.4.01.3300, 6ª T, Rel.
Des.
João Carlos Mayer, j. 18/09/2024; AMS 1012174-56.2023.4.01.3200, 6ª T, Des.
João Carlos Mayer, j. 18/09/2024.
Neste último constou expressamente que "esta Corte Regional adota a orientação de que as universidades revalidadoras, detentoras constitucionalmente de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, possuem a prerrogativa de optar pela realização de exames de revalidação de diplomas e pela definição dos critérios de avaliação, não havendo falar-se em irregularidade ou ilegalidade nos procedimentos adotados pela instituição de educação brasileira, na medida em que a exigência de avaliações e a eventual complementação curricular para a revalidação do diploma de Medicina estão em conformidade com as normas de regência sobre o tema e a jurisprudência dos tribunais superiores".
Assim, como a pretensão é flagrantemente contrária à Tese firmada e ainda vigente, impõe-se a denegação liminar do pedido, nos termos do art. 332, II, do CPC.
Pelo exposto, DENEGO A SEGURANÇA, sentenciando o processo com exame de mérito, nos termos do art. 487, I, C/C art. 332, II, ambos do CPC.
Custas pela parte impetrante, as quais declaro inexigíveis em virtude do benefício da justiça gratuita que neste ato defiro.
Indevidos honorários.
Interposto recurso, cite(m)-se/intimem-(se) a(s) pessoa(s) jurídica(s) a que vinculada(s) a(s) autoridade(s) impetrada(s) para apresentar contrarrazões, no prazo legal, remetendo em seguida os autos ao TRF (art. 1010, § 3º, do CPC), tudo independentemente de novo despacho.
Transitada a sentença em julgado, sem a interposição de recurso ou não sendo modificada, certifique-se e intime-se o ente coletivo impetrado para os fins do art. 332, § 2º, do CPC, apenas se aplicável, com o subsequente imediato arquivamento.
Intimem-se.
Publique-se.
Boa Vista, data da assinatura eletrônica.
Juiz Federal DIEGO CARMO DE SOUSA Titular da 2ª Vara -
19/12/2024 10:04
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
19/12/2024 10:04
Expedição de Publicação ao Diário de Justiça Eletrônico Nacional.
-
18/12/2024 17:35
Processo devolvido à Secretaria
-
18/12/2024 17:35
Denegada a Segurança a MARIANGELA NASCIMENTO SA DA SILVA - CPF: *07.***.*96-50 (IMPETRANTE)
-
18/12/2024 10:35
Conclusos para decisão
-
18/12/2024 10:12
Remetidos os Autos (em diligência) da Distribuição ao 2ª Vara Federal Cível da SJRR
-
18/12/2024 10:12
Juntada de Informação de Prevenção
-
17/12/2024 21:59
Recebido pelo Distribuidor
-
17/12/2024 21:59
Autos incluídos no Juízo 100% Digital
-
17/12/2024 21:59
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
17/12/2024
Ultima Atualização
16/06/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Despacho • Arquivo
Decisão Monocrática Terminativa • Arquivo
Sentença Tipo B • Arquivo
Documento Comprobatório • Arquivo
Documento Comprobatório • Arquivo
Documento Comprobatório • Arquivo
Documento Comprobatório • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 1011636-96.2024.4.01.3311
Ivanildo dos Santos Arcanjo
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Raimundo Santos Pereira Filho
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 12/12/2024 03:42
Processo nº 1014759-45.2024.4.01.4300
Dara Araujo da Rocha
Municipio de Palmas-To
Advogado: Luciano da Cruz Diniz
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 02/12/2024 21:51
Processo nº 0002413-93.2007.4.01.4100
Sebastiao Alves de Freitas
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e ...
Advogado: Jose Gomes Bandeira Filho
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 15/05/2007 17:46
Processo nº 1014508-27.2024.4.01.4300
Municipio de Colinas do Tocantins
Uniao Federal (Fazenda Nacional)
Advogado: Leonard Pierre de Freitas Monteiro
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 27/11/2024 17:39
Processo nº 1011934-40.2024.4.01.4200
Mariangela Nascimento SA da Silva
Procuradoria Federal Nos Estados e No Di...
Advogado: Sarah Waleska Morais Barros
2ª instância - TRF1
Ajuizamento: 12/03/2025 15:20