TRF1 - 1006369-66.2021.4.01.3500
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Gab. 06 - Des. Fed. Joao Luiz de Sousa
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Partes
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Assistente Desinteressado Amicus Curiae
Partes
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
22/05/2025 00:00
Intimação
JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1006369-66.2021.4.01.3500 PROCESSO REFERÊNCIA: 1006369-66.2021.4.01.3500 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) POLO ATIVO: FRANCISCA CHAVES DUARTE REPRESENTANTE(S) POLO ATIVO: ALLYSSON BATISTA ARANTES - GO22479-A POLO PASSIVO:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS RELATOR(A):JOAO LUIZ DE SOUSA PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 1ª Região Gab. 6 - DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA Processo Judicial Eletrônico APELAÇÃO CÍVEL (198) 1006369-66.2021.4.01.3500 RELATÓRIO O EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA (RELATOR): Trata-se de apelação interposta pela autora em face da sentença pela qual o juízo a quo julgou improcedente o pedido inicial que reclamava a determinação à autarquia previdenciária conceder o benefício de aposentadoria por invalidez cumulado com o acréscimo de 25% destinado a pessoas dependentes de terceiros.
Em sua apelação, a autora afirma que a ocorrência da incapacidade se deu posteriormente ao ingresso no regime previdenciário, pugnando pela reforma meritória da sentença.
Decorrido o prazo para apresentação de contrarrazões os autos subiram a esta Corte. É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 1ª Região Gab. 6 - DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA Processo Judicial Eletrônico APELAÇÃO CÍVEL (198) 1006369-66.2021.4.01.3500 VOTO O EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA (RELATOR): Importa destacar que o art. 59, parágrafo único, da Lei 8.213/91 dispõe que não será devido auxílio-doença ao segurado que ao se filiar ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS) já seja portador da doença/lesão invocada como causa para o benefício, salvo se a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da doença/lesão.
No caso dos autos, verifica-se no CNIS da parte autora (ID 793011545 – Pág. 4-8) que ela permaneceu longo período sem efetuar contribuições (05/2012 a 08/2014).
Em seguida, efetuou recolhimentos de 01/09/2014 a 31/01/2015 e de 01/03/2015 a 31/03/2015.
No que se refere à incapacidade, o perito constatou que a autora é portadora de lombociatalgia (CID 10: M54.4), o que acarretou sua incapacidade total e definitiva para o trabalho (ID 1428127790 – Pág. 6 e 7).
Ao final do laudo, o perito conclui o seguinte (ID 1428127790 – Pág. 15): “O (a) Periciada (o) trabalha com serviço braçal por toda vida, faxina, diária e doméstica.
Tem ensino fundamental completo.
Apresenta exame físico positivo para radiculopatia. 57 anos.
Afastamento laboral total e multiprofissional”.
O perito judicial não fixou a data de início da incapacidade.
Todavia, é possível, com base no conjunto probatório, concluir que a parte autora reingressou no RGPS já incapaz, o que afasta o direito ao benefício por incapacidade pleiteado.
Com efeito, os laudos e exames médicos contidos no ID 464274441 demonstram que a parte autora desde, pelo menos, 16/12/2013, já estava incapaz para o exercício de suas atividades laborativas.
O laudo de fls. 06 do ID 464274441, datado de 16/12/2013, informa que a demandante apresentava quadro de hérnia de disco lombar e cervical incapacitante.
Como sua última contribuição para o RGPS antes da data do referido atestado/laudo médico foi recolhida em 06/2012, quando trabalhou para CAMELODROMO CENTRAL CANEDAO EIRELI, há que se concluir que ela perdeu a qualidade de segurado em 15/08/2013, antes, portanto, do surgimento da incapacidade laborativa, em 16/12/2013.
Dessa forma, quando reingressou no RGPS, ao passar a contribuir novamente em 01/09/2014, a parte autora já estava incapacitada, razão pela qual ela não tem direito ao benefício por incapacidade, conforme prevê o art. 42, §2º, da Lei 8.213/91.
Honorários recursais arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor fixado pelo juízo a quo e sem prejuízo deste, a teor do disposto no art. 85, §§2º, 3º e 16º, primeira parte, do CPC.
Posto isso, nego provimento à apelação. É como voto.
PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 1ª Região Gab. 6 - DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA Processo Judicial Eletrônico APELAÇÃO CÍVEL (198) 1006369-66.2021.4.01.3500 APELANTE: FRANCISCA CHAVES DUARTE Advogado do(a) APELANTE: ALLYSSON BATISTA ARANTES - GO22479-A APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS EMENTA PREVIDENCIÁRIO.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO.
DOENÇA PREEXISTENTE AO REINGRESSO NO RGPS. 1..
Os requisitos indispensáveis para a concessão do benefício previdenciário de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez são: a) a qualidade de segurado; b) a carência de 12 (doze) contribuições mensais, salvo nas hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei 8.213/91; c) incapacidade para o trabalho ou atividade habitual por mais de 15 dias ou, na hipótese da aposentadoria por invalidez, incapacidade (permanente e total) para atividade laboral 2.
O art. 59, parágrafo único, da Lei 8.213/91 dispõe que não será devido auxílio-doença/aposentadoria por invalidez ao segurado que ao se filiar ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS) já seja portador da doença/lesão invocada como causa para o benefício, salvo se a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da doença/lesão. 3.
No caso dos autos, verifica-se no CNIS da parte autora (ID 793011545 – Pág. 4-8) que ela permaneceu longo período sem efetuar contribuições (05/2012 a 08/2014).
Em seguida, efetuou recolhimentos de 01/09/2014 a 31/01/2015 e de 01/03/2015 a 31/03/2015.
Conquanto o perito judicial não tenha fixado a data de início da incapacidade, é possível, com base no conjunto probatório, concluir que a parte autora reingressou no RGPS já incapaz, o que afasta o direito ao benefício por incapacidade pleiteado.
Com efeito, os laudos e exames médicos contidos no ID 464274441 demonstram que a parte autora desde, pelo menos, 16/12/2013, já estava incapaz para o exercício de suas atividades laborativas.
O laudo de fls. 06 do ID 464274441, datado de 16/12/2013, informa que a demandante apresentava quadro de hérnia de disco lombar e cervical incapacitante.
Como sua última contribuição para o RGPS antes da data do referido atestado/laudo médico foi recolhida em 06/2012, quando trabalhou para CAMELODROMO CENTRAL CANEDAO EIRELI, há que se concluir que ela perdeu a qualidade de segurado em 15/08/2013, antes, portanto, do surgimento da incapacidade laborativa, em 16/12/2013.
Dessa forma, quando reingressou no RGPS, ao passar a contribuir novamente em 01/09/2014, a parte autora já estava incapacitada, razão pela qual ela não tem direito ao benefício por incapacidade, conforme prevê o art. 42, §2º, da Lei 8.213/91. 5.
Apelação desprovida.
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do voto do relator.
Brasília - DF.
ASSINADO DIGITALMENTE Desembargador Federal João Luiz de Sousa Relator -
11/04/2024 13:00
Recebidos os autos
-
11/04/2024 13:00
Recebido pelo Distribuidor
-
11/04/2024 13:00
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
11/04/2024
Ultima Atualização
22/05/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
SENTENÇA TIPO A • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 1014266-36.2025.4.01.3200
Simone Silva do Nascimento
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Sirlei de Souza Oliveira
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 11/04/2025 16:48
Processo nº 1007481-65.2024.4.01.9999
Neuza Merenciana da Silva
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Pamela Cristina Pedra Teodoro
2ª instância - TRF1
Ajuizamento: 24/04/2024 14:52
Processo nº 1014300-11.2025.4.01.3200
Lorrana Lopes de Carvalho
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Aline Moraes Sobreira Plaster
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 11/04/2025 18:47
Processo nº 1004258-07.2024.4.01.9999
Robert Oliveira Silva
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Felipe Willian Lopes Cavalcante
2ª instância - TRF1
Ajuizamento: 08/03/2024 09:42
Processo nº 1006369-66.2021.4.01.3500
Francisca Chaves Duarte
Instituto Nacional do Seguro Social - In...
Advogado: Allysson Batista Arantes
1ª instância - TRF1
Ajuizamento: 03/03/2021 12:47