TRF2 - 5000806-86.2025.4.02.5106
1ª instância - 1ª Vara Federal de Petropolis
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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08/09/2025 13:07
Recebido o Mandado para Cumprimento pelo oficial de justiça - Refer. ao Evento: 35
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01/09/2025 18:59
Expedição de Mandado - RJPETSECMA
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02/08/2025 13:49
Juntada de mandado não cumprido - Refer. ao Evento: 28
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26/07/2025 11:27
Juntada de mandado não cumprido - Refer. ao Evento: 29
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26/07/2025 01:04
Decorrido prazo - Refer. ao Evento: 21
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25/07/2025 11:37
Recebido o Mandado para Cumprimento pelo oficial de justiça - Refer. ao Evento: 29
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21/07/2025 13:08
Recebido o Mandado para Cumprimento pelo oficial de justiça - Refer. ao Evento: 28
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21/07/2025 12:47
Expedição de Mandado - Prioridade - RJTRISECMA
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21/07/2025 12:47
Expedição de Mandado - Prioridade - RJPETSECMA
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14/07/2025 16:52
Classe Processual alterada - DE: DESAPROPRIAÇÃO PARA: REINTEGRAÇÃO / MANUTENÇÃO DE POSSE
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07/07/2025 11:26
Juntada de Petição - Refer. ao Evento: 22
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07/07/2025 11:26
Confirmada a citação eletrônica - Refer. ao Evento: 22
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04/07/2025 02:00
Publicado no DJEN - no dia 04/07/2025 - Refer. ao Evento: 21
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03/07/2025 02:00
Disponibilizado no DJEN - no dia 03/07/2025 - Refer. ao Evento: 21
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03/07/2025 00:00
Intimação
DESAPROPRIAÇÃO Nº 5000806-86.2025.4.02.5106/RJ AUTOR: COMPANHIA DE CONCESSAO RODOVIARIA JUIZ DE FORA - RIOADVOGADO(A): LUIZ HENRIQUE ALVES BERTOLDI (OAB SP247472)ADVOGADO(A): ALEXANDRA CRISTINA ESTEVES FABICHAK (OAB SP234922) DESPACHO/DECISÃO Trata-se de desapropriação, com pedido de tutela provisória, ajuizada pelo COMPANHIA DE CONCESSAO RODOVIARIA JUIZ DE FORA - RIO contra ADRIANO OLIVEIRA DA COSTA e AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT, em que se requer: a concessão de tutela de urgência em caráter liminar, inaudita altera parte, conforme o disposto no artigo 300, do Código de Processo Civil, para que seja determinada a imediata desocupação e demolição do imóvel localizado no Km 056+700, sentido Juiz de Fora, sob pena de multa diária a ser fixada por esse douto juízo, em valor não inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais). e, ao final requer que seja: (...) julgada procedente, confirmando-se a tutela de urgência, autorizando em definitivo a Concessionária a demolir a construção existente na área em questão, bem como seja determinada a remoção de todo mobiliário e pessoal presentes na faixa de domínio, condenando-o ao pagamento de custas judiciais e honorários, a serem fixados nos termos do artigo 85, do Código de Processo Civil.
Narra, em síntese, que em cumprimento às suas obrigações contratuais, durante a vistoria de rotina realizada em 21/04/2023, a Concessionária constatou a construção irregular de um muro limítrofe, em bloco de concreto, em fase inicial, localizado no Km 56+700, sentido Juiz de Fora, no interior da área de domínio.
Continua, Com efeito, no dia seguinte, em nova diligência realizada pela equipe de engenharia, verificou-se o avanço da obra, momento em que foram encontrados um pedreiro e seu ajudante, ambos responsáveis pela execução da construção.
Questionados sobre a identidade do responsável pela edificação, recusaram-se a fornecer qualquer informação.
Na ocasião, a equipe técnica alertou sobre a ilegalidade da obra, determinando a paralisação imediata das intervenções e a desocupação da área em até 48 horas.
Além disso, foi disponibilizado um contato telefônico da equipe da CONCER para que o responsável pudesse buscar esclarecimentos.
Diante da continuidade da construção e da ausência de contato por parte do responsável, a equipe realizou tratativas com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a execução de uma operação conjunta.
Assim, em 8 de maio de 2023, foi realizada nova diligência ao local, ocasião em que o mesmo pedreiro identificado anteriormente, diante da presença dos agentes da PRF, revelou seu nome como Adriano de Oliveira Costa e afirmou ter repassado as notificações ao responsável pela obra.
Após solicitação dos agentes, forneceu o contato telefônico do proprietário do terreno, que se identificou apenas como Júnior, informando ser carreteiro e ter adquirido o terreno de terceiro.
No entanto, ao ser informado sobre a irregularidade da ocupação, o referido responsável desligou o telefone e não atendeu às ligações subsequentes.
Diante da recusa em regularizar a situação, o pedreiro foi notificado extrajudicialmente para validar as informações prestadas (Doc. 05).
Contudo, por orientação da PRF, a demolição não foi realizada naquele momento, uma vez que já havia uma edificação rudimentar no local, indicando a intenção de ocupação residencial.
Foram realizadas novas vistorias em 11 de agosto de 2023, 4 de novembro de 2024 e 8 de novembro de 2024, com o objetivo de localizar e proceder à identificação do responsável pela construção.
Entretanto, nessas ocasiões, apenas os operários foram encontrados no local, sem êxito na identificação do real ocupante da área.
Notificação extrajudicial no evento 1, ANEXO8.
Localização do imóvel demonstrada no evento 1, ANEXO9 e seguintes. Custas recolhidas no mínimo legal (evento 18, CERT1). É a síntese do necessário.
DECIDO. Da citação dos ocupantes.
Ante a possibilidade da não identificação dos ocupantes do imóvel nas ações possessórias, é possível que a demanda seja proposta contra réus desconhecidos, de forma a possibilitar que haja posterior identificação, quando eles poderão ser citados para integrarem a lide.
Neste sentido: RECURSO ESPECIAL.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
INVASÃO COLETIVA DE IMÓVEL POR NÚMERO INDETERMINADO DE PESSOAS .
CITAÇÃO POR EDITAL DOS INVASORES NÃO ENCONTRADOS PELO OFICIAL DE JUSTIÇA.
NECESSIDADE.
LITISCONSÓRCIO PASSIVO MULTITUDINÁRIO FORMADO POR RÉUS INCERTOS.
AUSÊNCIA DE CITAÇÃO FICTA .
NULIDADE DO FEITO. 1. É firme a jurisprudência do STJ no sentido de que a ausência de intimação do Ministério Público não enseja, por si só, a decretação de nulidade do julgado, salvo a ocorrência de efetivo prejuízo demonstrado nos autos. 2 .
Nas ações possessórias voltadas contra número indeterminado de invasores de imóvel, faz-se obrigatória a citação por edital dos réus incertos. 3.
O CPC/2015, visando adequar a proteção possessória a tal realidade, tendo em conta os interesses público e social inerentes a esse tipo de conflito coletivo, sistematizou a forma de integralização da relação jurídica, com o fito de dar a mais ampla publicidade ao feito, permitindo que o magistrado se valha de qualquer meio para esse fim. 4 .
O novo regramento autoriza a propositura de ação em face de diversas pessoas indistintamente, sem que se identifique especificamente cada um dos invasores (os demandados devem ser determináveis e não obrigatoriamente determinados), bastando a indicação do local da ocupação para permitir que o oficial de justiça efetue a citação daqueles que forem lá encontrados (citação pessoal), devendo os demais serem citados presumidamente (citação por edital). 5.
Na hipótese, deve ser reconhecida a nulidade de todos os atos do processo, em razão da falta de citação por edital dos ocupantes não identificados. 6 .
Recurso especial provido. (STJ - REsp: 1314615 SP 2012/0055332-1, Relator.: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 09/05/2017, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/06/2017) grifos nossos.
Portanto, defiro o pedido para que a citação genérica dos atuais ocupantes do imóvel, de modo que, após a respectiva identificação, possam ser formalmente inseridos no polo passivo da demanda, garantindo-se o contraditório e a ampla defesa.
Do Pedido de Antecipação da Tutela.
O CPC/15 disciplina as tutelas provisórias a partir do art. 294.
Segundo o Código, são espécies de tutela provisória: a) a tutela de urgência (art. 300) e b) a tutela da evidência (art. 311) .
A primeira classifica-se em tutela antecipada e tutela cautelar e tem suas hipóteses de cabimento ligadas a dois fatores.
Um, a probabilidade do direito alegado; outro, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Trata-se de providência protetiva que exige o embasamento da pretensão em elementos probatórios que atestem a verossimilhança das alegações e, ainda, a demonstração de fundado temor de ocorrência de dano ou de que transcurso do tempo tenha o condão de inviabilizar a proteção do bem jurídico pelo provimento judicial final.
No caso, a parte autora é concessionária de serviço público, e, por consequência, responsável pela recuperação, monitoração, melhoramento, manutenção, conservação, operação e a exploração da Rodovia BR-040/MG/RJ, trecho Juiz de Fora – Petrópolis – Rio de Janeiro (Trevo das Missões) e respectivos acessos, em razão do contrato de concessão nº PG-138/95-00 (evento 1, ANEXO6). Dentre as obrigações contratuais, a Concessionária é responsável por adotar todas as providências necessárias, inclusive judiciais, a garantia do patrimônio da rodovia, inclusive de sua faixa de domínio e de seus acessos (seção VIII, art. 81, alínea e do contrato de concessão nº PG-138/95-00 (evento 1, ANEXO6). Com base nestas prerrogativas, a empresa autora identificou construção irregular às margens da Rodovia BR-040, no Km 056+700, sentido Juiz de Fora, por estar localizada dentro da faixa de domínio, em desobediência aos requisitos contidos no art. 4º, inciso III, da Lei nº 6.766/791 – distanciamento de 15 metros de cada lado –, conforme ficou demonstrado nos documentos do evento 1, ANEXO9 ao evento 1, ANEXO14.
A CONCER demonstrou ainda que diligenciou administrativamente, a fim de que o responsável pela ocupação irregular promovesse a desocupação e demolição da edificação, como consta na notificação de irregularidade na faixa de domínio EN-CA-018323, recebida por ADRIANO DE OLIVEIRA DA COSTA em 08/05/2023 (evento 1, ANEXO8), mas que, apesar disto, não houve providência, como constatado nas vistorias realizadas em 11/08/2023, 04/11/2024 e 08/11/2024 (evento 1, ANEXO14, pág. 4). Portanto, verifica-se a probabilidade do direito invocado pela autora. O perigo na demora decorre do próprio espirito da lei.
A restrição legal à construção na área non aedificandi visa maior segurança nas rodovias, tanto para o ocupante de imóveis que as circundam, quanto para os usuários via.
Ante o exposto, DEFIRO EM PARTE o pedido de tutela provisória de urgência a fim de determinar que os réus, no prazo de 30 (trinta) dias, desocupem e promovam a demolição do imóvel localizado no no Km 056+700, sentido Juiz de Fora.
Notifique-se à parte ré, com urgência, para que cumpra voluntariamente a presente decisão.
Em não havendo cumprimento voluntário, fica a CONCER autorizada a promover a remoção e demolição, com expedição de mandado para tal finalidade, a ser cumprido por dois OJAF's, ficando autorizada a requisição de força policial, se necessário.
Em caso de cumprimento forçado, deverá a concessionária garantir a dignidade do processo de remoção com fornecimento de caminhão para que sejam transportados os bens pessoais eventualmente existentes.
Em caso de existência de crianças e/ou adolescentes, deverá ser comunicado o Conselho Tutelar para acompanhamento da diligência, de preferência com acompanhamento psicológico. Retifique-se a autuação para fazer constar a classe da ação como reintegração/manutenção de posse. Tendo em vista que a questão controvertida não comporta autocomposição nos termos do art. 334, §4º, II, CPC, deixo de designar audiência de conciliação.
Cite-se os réus para apresentação de resposta (art. 335 do CPC) no prazo legal e para trazer aos autos toda a documentação de que disponham para o esclarecimento da causa, bem como especificar justificadamente as provas que pretendem produzir, sob pena de preclusão (art. 336 do CPC).
Em seguida, intime-se a parte autora para que se manifeste em réplica, no prazo de 15 (quinze) dias, na forma do art. 350 do CPC, e para especificar justificadamente as provas que pretende produzir.
Após, intime-se o MPF. Tudo feito, retornem os autos conclusos. Publicado eletronicamente. 1.
Art. 4o.
Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:(...)III – ao longo das faixas de domínio público das rodovias, a reserva de faixa não edificável de, no mínimo, 15 (quinze) metros de cada lado poderá ser reduzida por lei municipal ou distrital que aprovar o instrumento do planejamento territorial, até o limite mínimo de 5 (cinco) metros de cada lado. (Redação dada pela Lei nº 13.913, de 2019) -
02/07/2025 10:03
Expedida/certificada a citação eletrônica
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02/07/2025 10:03
Expedida/certificada a intimação eletrônica - Despacho/Decisão
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02/07/2025 10:03
Concedida em parte a Tutela Provisória
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30/06/2025 14:46
Conclusos para decisão/despacho
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27/06/2025 13:38
Juntada de Certidão
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24/06/2025 15:35
Juntada de Petição - Refer. ao Evento: 14
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18/06/2025 02:06
Publicado no DJEN - no dia 18/06/2025 - Refer. ao Evento: 14
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17/06/2025 02:04
Disponibilizado no DJEN - no dia 17/06/2025 - Refer. ao Evento: 14
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17/06/2025 00:00
Intimação
DESAPROPRIAÇÃO Nº 5000806-86.2025.4.02.5106/RJ AUTOR: COMPANHIA DE CONCESSAO RODOVIARIA JUIZ DE FORA - RIOADVOGADO(A): LUIZ HENRIQUE ALVES BERTOLDI (OAB SP247472)ADVOGADO(A): ALEXANDRA CRISTINA ESTEVES FABICHAK (OAB SP234922) DESPACHO/DECISÃO Intime-se a parte autora para complementar o valor das custas judiciais no derradeiro prazo de 10 dias, sob pena de cancelamento da distribuição. -
16/06/2025 16:18
Expedida/certificada a intimação eletrônica - Despacho/Decisão
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16/06/2025 16:18
Despacho
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12/06/2025 18:40
Conclusos para decisão/despacho
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10/06/2025 01:09
Decorrido prazo - Refer. ao Evento: 9
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18/05/2025 23:59
Confirmada a intimação eletrônica - Refer. ao Evento: 9
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08/05/2025 16:05
Expedida/certificada a intimação eletrônica - Despacho/Decisão
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08/05/2025 16:05
Determinada a intimação
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05/05/2025 15:29
Juntada de Certidão
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05/05/2025 15:17
Juntada de Certidão
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03/04/2025 14:54
Juntada de Petição
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31/03/2025 14:19
Autos excluídos do Juízo 100% Digital
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31/03/2025 14:19
Conclusos para decisão/despacho
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25/03/2025 12:40
Autos incluídos no Juízo 100% Digital
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25/03/2025 12:40
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
25/03/2025
Ultima Atualização
03/07/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
DESPACHO/DECISÃO • Arquivo
DESPACHO/DECISÃO • Arquivo
DESPACHO/DECISÃO • Arquivo
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