TJPA - 0832550-86.2021.8.14.0301
1ª instância - 11ª Vara Civel e Empresarial de Belem
Polo Ativo
Partes
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Assistente Desinteressado Amicus Curiae
Partes
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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12/07/2025 08:11
Juntada de identificação de ar
-
12/07/2025 08:11
Juntada de identificação de ar
-
07/07/2025 12:05
Juntada de Petição de petição
-
07/07/2025 11:03
Juntada de Petição de petição
-
25/06/2025 17:23
Juntada de Petição de petição
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24/06/2025 10:53
Juntada de Petição de petição
-
23/06/2025 10:22
Expedição de Outros documentos.
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23/06/2025 10:22
Expedição de Aviso de recebimento (AR).
-
23/06/2025 10:22
Expedição de Aviso de recebimento (AR).
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09/04/2025 08:31
Expedição de Informações.
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15/06/2024 03:52
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 11/06/2024 23:59.
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07/06/2024 14:25
Juntada de Petição de petição
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31/05/2024 04:18
Decorrido prazo de TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA em 27/05/2024 23:59.
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31/05/2024 02:30
Decorrido prazo de PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA em 27/05/2024 23:59.
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22/05/2024 05:41
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 21/05/2024 23:59.
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08/05/2024 15:02
Juntada de Petição de petição
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07/05/2024 10:05
Expedição de Outros documentos.
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03/05/2024 11:32
Juntada de Termo de Compromisso
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26/04/2024 10:59
Expedição de Outros documentos.
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26/04/2024 10:59
Proferidas outras decisões não especificadas
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26/04/2024 10:47
Conclusos para decisão
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26/04/2024 10:47
Cancelada a movimentação processual
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18/04/2024 16:25
Juntada de Petição de petição
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de XERXES LOWELL ULIANA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de ENZO CHAVES AMARAL ULIANA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de XERXES LOWELL ULIANA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de ENZO CHAVES AMARAL ULIANA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA em 29/01/2024 23:59.
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11/02/2024 02:00
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 29/01/2024 23:59.
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24/01/2024 11:06
Expedição de Certidão.
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15/12/2023 10:57
Expedição de Outros documentos.
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15/12/2023 10:56
Ato ordinatório praticado
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12/12/2023 15:22
Juntada de petição inicial
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05/07/2023 09:10
Remetidos os Autos (em diligência) para Instância Superior
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01/11/2022 11:02
Juntada de Petição de petição
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12/06/2022 02:54
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 10/06/2022 23:59.
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12/06/2022 01:31
Decorrido prazo de MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA em 09/06/2022 23:59.
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12/06/2022 01:31
Decorrido prazo de TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA em 09/06/2022 23:59.
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12/06/2022 01:31
Decorrido prazo de PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA em 09/06/2022 23:59.
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12/06/2022 01:31
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 09/06/2022 23:59.
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21/05/2022 00:03
Publicado Decisão em 19/05/2022.
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21/05/2022 00:03
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 21/05/2022
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18/05/2022 00:00
Intimação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.
INVENTÁRIO (39) PROCESSO Nº 0832550-86.2021.8.14.0301 REQUERENTE: DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO, PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA, TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA Nome: DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 1065, apto 302, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000 Nome: PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA Endereço: Travessa Angustura, 1927, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180 Nome: TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA Endereço: Travessa Angustura, 1927, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180 INVENTARIADO: MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA Nome: MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA Endereço: Avenida Almirante Barroso, 3591, Alameda Tatiana, Souza, BELéM - PA - CEP: 66613-710 DECISÃO A presente Ação de Inventário foi proposta pelo falecimento de MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA.
O feito distribuído ao juízo da 11ª Vara Cível de Belém.
Em decisão id Num. 28199233 - Pág. 1, este juízo determinou a redistribuição do feito, para vara de órfãos, em razão de interesse do menor impúbere, E.C.A.U., representado pelo genitor supérstite.
Os autos foram redistribuídos a 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital, que em decisão Num. 31586422 - Pág. 1, determinou o retorno dos autos ao presente juízo, alegando que o E.
Tribunal de Justiça do Estado do Pará declarou em alguns acórdãos a incompetência do juízo de órfãos, quando houver representação destes por um de seus genitores.
Não obstante as razões da magistrada, prolatora da decisão que encaminhou a este Juízo os presentes autos, entendo que tal decisão vai de encontro ao disposto no Código de Organização Judiciária do Estado do Pará e da jurisprudência do tribunal estadual.
Explico! A diretriz da competência para julgamento do feito encontra-se no citado art. 105, da Lei 5.008/91 c/c a Resolução nº 023/2007, o qual determina a fixação da competência em razão da parte, no momento da distribuição do feito. É sabido que a competência em razão da pessoa possui caráter absoluto, a qual é fixada, em regra, para atender o interesse público, que no caso em tela, é a proteção do menor.
Segundo a magistrada, “a menoridade de forma genérica não é condição suficiente a atrair a competência” do Juízo de órfãos interditos e ausentes.
Aduz ainda que a representação processual por um dos seus genitores afastaria, de “per si” a competência elencada no Código Judiciário.
A qualidade de órfão menor – para fins de fixação de competência – é a condição da pessoa relativa ou absolutamente incapaz, que perdeu um de seus genitores.
Logo, a “menoridade genérica” alegada, de fato, não atrai a competência do juízo de órfãos, interditos e ausentes.
E nem é o caso em questão, pois além da incapacidade civil, está-se diante de parte que perdeu um de seus genitores e pleiteia seus direitos sucessórios, seja por arrolamento, seja por inventário.
Logo, a mera incapacidade não autoriza a distribuição automática ao juízo em questão, sendo a exceção o processamento das ações sucessórias.
Não se pode olvidar que toda pessoa, para estar em juízo, necessita da correta representação, conforme art. 71, do CPC/2015.
Assim, a capacidade processual não é fato jurídico que altere a competência ou a qualidade da parte, mas requisito para o processamento da ação (Art.76, I, CPC/2015).
Logo, todo menor, seja ele órfão ou não, deverá estar representado por seu pai ou por tutor, em qualquer ação judicial.
Quanto a ratio decidendi mencionada no CC 0811807-22.2020.8.14.0000, Des.
Relator CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Seçãod e Direito Privado, Julgado em 03 de Fevereiro de 2021, não se pode alegar que aplica ao presente caso, visto que o feito sucessório, não se limita a divisão do patrimônio – ainda que seja o fim colimado.
Ao juízo sucessório cabe a apreciação das demais questões de direito, conforme enuncia Art.612, CPC/2015.
Neste sentido, recentemente se manifestou o preclaro Des.
RICARDO FERREIRA NUNES, no julgamento do conflito de competência nº 0810369- 58.2020.814.0000, publicado em 17.11.2020: “O caso comporta decisão de plano por este relator pela faculdade que me concede o inciso I, do parágrafo único, do artigo 955, do Código de Processo Civil c/c art.133, XXXIV, c[1] do RITJPA .
No caso em apreço, o Juízo suscitante defendeu que a menoridade de forma genérica não é condição suficiente para atrair a competência do Juízo da Vara de Órfãos, Interditos e Ausentes, nos termos do art. 105 da Lei Estadual n.º 5.008/91 (Código Judiciário do Estado do Pará) c/c a Resolução nª 023/2007.
Todavia, a respeito da matéria, o art. 105 do Código Judiciário do Estado do Pará, assim dispõe: “Art. 105.
Como Juiz de Órfãos, Interditos e Ausentes, compete aos Juizes de Direito: I- Processar e Julgar: a) os inventários e arrolamentos em que forem interessados, por qualquer modo, órfãos menores e interditos;” Já a Resolução nº. 23/2007 de lavra da Presidência deste Egrégio, preleciona: “Art. 2º.
O Fórum Cível da Comarca de Belém é integrado por 30 Varas, a partir da renumeração das Varas existentes, na forma dos incisos abaixo: I.
A 1ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "1ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; II.
A 2ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "2ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; III.
A 10ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "3ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; (...)” (grifei) Conforme se depreende dos dispositivos acima mencionados, e na esteira do parecer da Douta Procuradoria do Ministério Público, tratando-se o presente feito de pedido de ação de inventário envolvendo órfão, outra conclusão não se pode chegar que não seja a de que o Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca da Capital/Pa é o competente para processar e julgar a referida demanda.
A respeito do assunto, a Jurisprudência desta Corte comunga do mesmo entendimento, em caso análogo: “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - TUTELA - MENOR ÓRFÃO EM SITUAÇÃO REGULAR - AFASTADA A COMPETENCIA DA VARA ESPECIALIZADA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE - OBSERVÂNCIA AO DISPOSTO NO ART. 105 DO CÓDIGO JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ BEM COMO NA RESOLUÇÃO Nº 23/2007 DE LAVRA DA PRESIDÊNCIA DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL - COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL - DECISÃO UNÂNIME. 1- Ao Juízo da Infância e Juventude compete solucionar questões que digam respeito à menor em situação jurídica irregular e em risco, o que não ocorre no presente caso. 2-Observância ao pedido de tutela, envolvendo órfã menor, fato que atrai a competência da 3ª Vara Cível da Comarca da Capital/Pa, para processar e julgar o feito.” (2015.03473611-83, 151.060, Rel.
MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2015-09-16, Publicado em 2015-09-18) TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7031/2020 - Terça-feira, 17 de Novembro de 2020 67 (destaquei) “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA AÇÃO DE INVENTÁRIO HERDEIRA ORFÃ QUE ATINGE A MAIORIDADE CIVIL NO CURSO DO PROCESSO IMPOSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA PERPETUATIO JURISDICIONIS CONFLITO DIRIMIDO EM FAVOR DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DECISÃO UNÂNIME. 1- In casu, a alteração do estado de fato da lide maioridade da herdeira - não enseja modificação de competência relativa retione personae, prevalecendo a jurisdição firmada no momento do ajuizamento da Ação de Inventário, em razão do instituto da perpetuatio jurisdicionis. (2014.04470387-23, 128.702, Rel.
MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2014-01- 22, Publicado em 2014-01-24) (destaquei) Ainda seguindo o raciocínio explanado no parecer ministerial, o precedente citado pelo Juízo Suscitante, processo nº 2013.3.019437-9, de relatoria do Des.
Roberto Gonçalves Moura, no qual foi reconhecida a competência da 4ª Vara Cível, considerando que, na ação ajuizada pelo menor, verifica-se que a natureza da ação era de cunho indenizatório, diferentemente do feito em testilha, que cuida de ação de inventário.
Vejam-se: “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.
COMPETÊNCIA ATRIBUÍDA À VARA CÍVEL COM COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA OS FEITOS RELATIVOS À ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES.
RESPONSABILIDADE CIVIL.
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
AÇÃO AJUIZADA POR MENOR REPRESENTADO POR SEU GENITOR. 1.
Não cabe à vara com competência privativa dos feitos relativos a órfãos, interditos e ausentes, julgar e processar as causas em que figure incapaz de forma genérica, tampouco se o infante não é órfão e se encontra representado por seu genitor. 2.
Nas questões em que figure menor em um polo da demanda, não sendo o caso dele se encontrar em risco e seu interesse for meramente patrimonial, não haverá falar em competência privativa da Vara da Infância e Juventude. 3.
Conflito conhecido e provido, declarando-se a competência do juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Belém PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. (TJPA, CC - 2013.3.019437-9.
Relator: Des.
Roberto Gonçalves de Moura.
Julgado: 26/03/2014) Da leitura do julgado, observa-se claramente que o referido feito, diversamente do caso em tela, trata-se de ação indenizatória.
A presente discussão travada nesse momento, diz respeito à inventário no qual se discute interesse de órfão.
Com essas considerações, aliado ao parecer do parquet, com base no artigo 955, § único, I, do CPC c/c art.133, XXXIV, “c” do RITJPA, julgo monocraticamente o presente conflito de competência para, com fundamento no art. 105, I, alínea ‘‘a’’, do Código Judiciário do Estado do Pará, declarar competente para julgar a ação o Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Capital.
Comunique-se essa decisão aos juízos em conflito.
Belém, 12 de novembro de 2020 (grifo nosso).
Por fim, importa ressaltar que, não raras vezes ocorrem conflitos sobre a partilha de bens e qualidade de herdeiros, nas ações sucessórias.
Assim, a segregação de tais feitos em vara especializada, guarda direta relação com a proteção do menor órfão, uma vez que visa a tutela do infante, inclusive em relação aos seus representantes legais, sejam eles um dos pais ou tutor, muitas vezes partes concorrentes nas referidas ações.
Por todo exposto, entende este juízo que a competência para processar e julgar as ações de inventário e arrolamento, nas quais for parte órfão menor, deve se ater a literalidade do Artigo 105 da Lei 5.008/91, observada a Resolução nº 023/200, portanto, ao juízo de órfãos, SUSCITO CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará, nos termos do art. 951, do CPC. À UPJ para que encaminhe o presente conflito ao c.
TJE/PA, formando-se o respectivo instrumento com a juntada das peças necessárias à sua formação, servindo a presente decisão como razões da instauração do conflito.
Publique-se.
Registre-se.
Intime-se.
Cumpra-se.
Belém-PA, 27 de agosto de 2021 FABIO ARAUJO MARCAL Juiz de Direito Auxilar de 3ª Entrância -
17/05/2022 10:38
Expedição de Outros documentos.
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17/05/2022 10:38
Expedição de Outros documentos.
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11/03/2022 12:31
Expedição de Certidão.
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06/10/2021 04:40
Decorrido prazo de PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA em 05/10/2021 23:59.
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06/10/2021 04:40
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 05/10/2021 23:59.
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03/09/2021 17:18
Juntada de Petição de petição
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02/09/2021 15:50
Juntada de Petição de petição
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30/08/2021 00:00
Intimação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM-PA.
INVENTÁRIO (39) PROCESSO Nº 0832550-86.2021.8.14.0301 REQUERENTE: DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO, PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA, TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA Nome: DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 1065, apto 302, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000 Nome: PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA Endereço: Travessa Angustura, 1927, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180 Nome: TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA Endereço: Travessa Angustura, 1927, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180 INVENTARIADO: MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA Nome: MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA Endereço: Avenida Almirante Barroso, 3591, Alameda Tatiana, Souza, BELéM - PA - CEP: 66613-710 DECISÃO A presente Ação de Inventário foi proposta pelo falecimento de MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA.
O feito distribuído ao juízo da 11ª Vara Cível de Belém.
Em decisão id Num. 28199233 - Pág. 1, este juízo determinou a redistribuição do feito, para vara de órfãos, em razão de interesse do menor impúbere, E.C.A.U., representado pelo genitor supérstite.
Os autos foram redistribuídos a 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital, que em decisão Num. 31586422 - Pág. 1, determinou o retorno dos autos ao presente juízo, alegando que o E.
Tribunal de Justiça do Estado do Pará declarou em alguns acórdãos a incompetência do juízo de órfãos, quando houver representação destes por um de seus genitores.
Não obstante as razões da magistrada, prolatora da decisão que encaminhou a este Juízo os presentes autos, entendo que tal decisão vai de encontro ao disposto no Código de Organização Judiciária do Estado do Pará e da jurisprudência do tribunal estadual.
Explico! A diretriz da competência para julgamento do feito encontra-se no citado art. 105, da Lei 5.008/91 c/c a Resolução nº 023/2007, o qual determina a fixação da competência em razão da parte, no momento da distribuição do feito. É sabido que a competência em razão da pessoa possui caráter absoluto, a qual é fixada, em regra, para atender o interesse público, que no caso em tela, é a proteção do menor.
Segundo a magistrada, “a menoridade de forma genérica não é condição suficiente a atrair a competência” do Juízo de órfãos interditos e ausentes.
Aduz ainda que a representação processual por um dos seus genitores afastaria, de “per si” a competência elencada no Código Judiciário.
A qualidade de órfão menor – para fins de fixação de competência – é a condição da pessoa relativa ou absolutamente incapaz, que perdeu um de seus genitores.
Logo, a “menoridade genérica” alegada, de fato, não atrai a competência do juízo de órfãos, interditos e ausentes.
E nem é o caso em questão, pois além da incapacidade civil, está-se diante de parte que perdeu um de seus genitores e pleiteia seus direitos sucessórios, seja por arrolamento, seja por inventário.
Logo, a mera incapacidade não autoriza a distribuição automática ao juízo em questão, sendo a exceção o processamento das ações sucessórias.
Não se pode olvidar que toda pessoa, para estar em juízo, necessita da correta representação, conforme art. 71, do CPC/2015.
Assim, a capacidade processual não é fato jurídico que altere a competência ou a qualidade da parte, mas requisito para o processamento da ação (Art.76, I, CPC/2015).
Logo, todo menor, seja ele órfão ou não, deverá estar representado por seu pai ou por tutor, em qualquer ação judicial.
Quanto a ratio decidendi mencionada no CC 0811807-22.2020.8.14.0000, Des.
Relator CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, Seçãod e Direito Privado, Julgado em 03 de Fevereiro de 2021, não se pode alegar que aplica ao presente caso, visto que o feito sucessório, não se limita a divisão do patrimônio – ainda que seja o fim colimado.
Ao juízo sucessório cabe a apreciação das demais questões de direito, conforme enuncia Art.612, CPC/2015.
Neste sentido, recentemente se manifestou o preclaro Des.
RICARDO FERREIRA NUNES, no julgamento do conflito de competência nº 0810369- 58.2020.814.0000, publicado em 17.11.2020: “O caso comporta decisão de plano por este relator pela faculdade que me concede o inciso I, do parágrafo único, do artigo 955, do Código de Processo Civil c/c art.133, XXXIV, c[1] do RITJPA .
No caso em apreço, o Juízo suscitante defendeu que a menoridade de forma genérica não é condição suficiente para atrair a competência do Juízo da Vara de Órfãos, Interditos e Ausentes, nos termos do art. 105 da Lei Estadual n.º 5.008/91 (Código Judiciário do Estado do Pará) c/c a Resolução nª 023/2007.
Todavia, a respeito da matéria, o art. 105 do Código Judiciário do Estado do Pará, assim dispõe: “Art. 105.
Como Juiz de Órfãos, Interditos e Ausentes, compete aos Juizes de Direito: I- Processar e Julgar: a) os inventários e arrolamentos em que forem interessados, por qualquer modo, órfãos menores e interditos;” Já a Resolução nº. 23/2007 de lavra da Presidência deste Egrégio, preleciona: “Art. 2º.
O Fórum Cível da Comarca de Belém é integrado por 30 Varas, a partir da renumeração das Varas existentes, na forma dos incisos abaixo: I.
A 1ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "1ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; II.
A 2ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "2ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; III.
A 10ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "3ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; (...)” (grifei) Conforme se depreende dos dispositivos acima mencionados, e na esteira do parecer da Douta Procuradoria do Ministério Público, tratando-se o presente feito de pedido de ação de inventário envolvendo órfão, outra conclusão não se pode chegar que não seja a de que o Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca da Capital/Pa é o competente para processar e julgar a referida demanda.
A respeito do assunto, a Jurisprudência desta Corte comunga do mesmo entendimento, em caso análogo: “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - TUTELA - MENOR ÓRFÃO EM SITUAÇÃO REGULAR - AFASTADA A COMPETENCIA DA VARA ESPECIALIZADA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE - OBSERVÂNCIA AO DISPOSTO NO ART. 105 DO CÓDIGO JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ BEM COMO NA RESOLUÇÃO Nº 23/2007 DE LAVRA DA PRESIDÊNCIA DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL - COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL - DECISÃO UNÂNIME. 1- Ao Juízo da Infância e Juventude compete solucionar questões que digam respeito à menor em situação jurídica irregular e em risco, o que não ocorre no presente caso. 2-Observância ao pedido de tutela, envolvendo órfã menor, fato que atrai a competência da 3ª Vara Cível da Comarca da Capital/Pa, para processar e julgar o feito.” (2015.03473611-83, 151.060, Rel.
MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2015-09-16, Publicado em 2015-09-18) TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7031/2020 - Terça-feira, 17 de Novembro de 2020 67 (destaquei) “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA AÇÃO DE INVENTÁRIO HERDEIRA ORFÃ QUE ATINGE A MAIORIDADE CIVIL NO CURSO DO PROCESSO IMPOSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA PERPETUATIO JURISDICIONIS CONFLITO DIRIMIDO EM FAVOR DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DECISÃO UNÂNIME. 1- In casu, a alteração do estado de fato da lide maioridade da herdeira - não enseja modificação de competência relativa retione personae, prevalecendo a jurisdição firmada no momento do ajuizamento da Ação de Inventário, em razão do instituto da perpetuatio jurisdicionis. (2014.04470387-23, 128.702, Rel.
MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2014-01- 22, Publicado em 2014-01-24) (destaquei) Ainda seguindo o raciocínio explanado no parecer ministerial, o precedente citado pelo Juízo Suscitante, processo nº 2013.3.019437-9, de relatoria do Des.
Roberto Gonçalves Moura, no qual foi reconhecida a competência da 4ª Vara Cível, considerando que, na ação ajuizada pelo menor, verifica-se que a natureza da ação era de cunho indenizatório, diferentemente do feito em testilha, que cuida de ação de inventário.
Vejam-se: “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.
COMPETÊNCIA ATRIBUÍDA À VARA CÍVEL COM COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA OS FEITOS RELATIVOS À ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES.
RESPONSABILIDADE CIVIL.
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
AÇÃO AJUIZADA POR MENOR REPRESENTADO POR SEU GENITOR. 1.
Não cabe à vara com competência privativa dos feitos relativos a órfãos, interditos e ausentes, julgar e processar as causas em que figure incapaz de forma genérica, tampouco se o infante não é órfão e se encontra representado por seu genitor. 2.
Nas questões em que figure menor em um polo da demanda, não sendo o caso dele se encontrar em risco e seu interesse for meramente patrimonial, não haverá falar em competência privativa da Vara da Infância e Juventude. 3.
Conflito conhecido e provido, declarando-se a competência do juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Belém PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. (TJPA, CC - 2013.3.019437-9.
Relator: Des.
Roberto Gonçalves de Moura.
Julgado: 26/03/2014) Da leitura do julgado, observa-se claramente que o referido feito, diversamente do caso em tela, trata-se de ação indenizatória.
A presente discussão travada nesse momento, diz respeito à inventário no qual se discute interesse de órfão.
Com essas considerações, aliado ao parecer do parquet, com base no artigo 955, § único, I, do CPC c/c art.133, XXXIV, “c” do RITJPA, julgo monocraticamente o presente conflito de competência para, com fundamento no art. 105, I, alínea ‘‘a’’, do Código Judiciário do Estado do Pará, declarar competente para julgar a ação o Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Capital.
Comunique-se essa decisão aos juízos em conflito.
Belém, 12 de novembro de 2020 (grifo nosso).
Por fim, importa ressaltar que, não raras vezes ocorrem conflitos sobre a partilha de bens e qualidade de herdeiros, nas ações sucessórias.
Assim, a segregação de tais feitos em vara especializada, guarda direta relação com a proteção do menor órfão, uma vez que visa a tutela do infante, inclusive em relação aos seus representantes legais, sejam eles um dos pais ou tutor, muitas vezes partes concorrentes nas referidas ações.
Por todo exposto, entende este juízo que a competência para processar e julgar as ações de inventário e arrolamento, nas quais for parte órfão menor, deve se ater a literalidade do Artigo 105 da Lei 5.008/91, observada a Resolução nº 023/200, portanto, ao juízo de órfãos, SUSCITO CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará, nos termos do art. 951, do CPC. À UPJ para que encaminhe o presente conflito ao c.
TJE/PA, formando-se o respectivo instrumento com a juntada das peças necessárias à sua formação, servindo a presente decisão como razões da instauração do conflito.
Publique-se.
Registre-se.
Intime-se.
Cumpra-se.
Belém-PA, 27 de agosto de 2021 FABIO ARAUJO MARCAL Juiz de Direito Auxilar de 3ª Entrância -
27/08/2021 08:44
Expedição de Outros documentos.
-
27/08/2021 08:44
Suscitado Conflito de Competência
-
20/08/2021 10:11
Conclusos para decisão
-
19/08/2021 13:11
Redistribuído por encaminhamento em razão de Determinação judicial
-
13/08/2021 12:49
Proferidas outras decisões não especificadas
-
13/08/2021 10:08
Conclusos para decisão
-
13/08/2021 10:08
Cancelada a movimentação processual
-
10/07/2021 01:15
Decorrido prazo de PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA em 09/07/2021 23:59.
-
10/07/2021 01:08
Decorrido prazo de TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA em 09/07/2021 23:59.
-
10/07/2021 01:08
Decorrido prazo de DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO em 09/07/2021 23:59.
-
22/06/2021 09:39
Redistribuído por sorteio em razão de incompetência
-
18/06/2021 00:00
Intimação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ GABINETE DA 11ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELÉM-PA PROCESSO Nº 0832550-86.2021.8.14.0301 REQUERENTE: DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO, PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA, TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA Nome: DEMMY CHAVES AMARAL MONTEIRO Endereço: Avenida Visconde de Souza Franco, 1065, apto 302, Reduto, BELéM - PA - CEP: 66053-000 Nome: PIETRO CHAVES AMARAL MIRALHA Endereço: Travessa Angustura, 1927, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180 Nome: TARIK CHAVES AMARAL MIRALHA Endereço: Travessa Angustura, 1927, Pedreira, BELéM - PA - CEP: 66080-180 INVENTARIADO: MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA Nome: MYSPAH CHAVES AMARAL ULIANA Endereço: Avenida Almirante Barroso, 3591, Alameda Tatiana, Souza, BELéM - PA - CEP: 66613-710 DECISÃO De início, verifico, que o autor da herança deixou entre os herdeiros, órfão menor impúbere – id Num. 28044500 - Pág. 4.
Neste contexto, verifico que este juízo não possui competência para apreciação do feito, senão vejamos.
Dispõe o art. 105, I, a da Lei Estadual nº5008/81, que compete ao Juiz de órfãos, interditos e ausentes, a competência para processar e julgar os inventários e arrolamentos em que forem interessados, por qualquer modo as referidas pessoas.
Ademais, conforme a resolução nº23/2007, apenas a 1ª, 2ª e 3ª Varas Cíveis da Comarca de Belém, possuem competência para processar feitos do cível, comércio, órfãos e ausentes.
Assim, foge à esfera de competência do Juízo da 11ª Vara cível a apreciação dos presentes autos, face a existência de interesse de órfão menor.
Neste sentido, cito trecho do voto proferido pela relatora Desa.
MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES, no julgamento do conflito de competência PROCESSO Nº 2013.3.013329-4, em 22.01.2014: Cinge-se a questão em dirimir a competência para processar e julgar Ação de Inventário, em que uma das herdeiras, além de ser órfã de mãe (herdeira por representação da sucessora falecida Mary Pinheiro Bastos), era menor de idade a época da propositura da ação e atingiu a maioridade civil no decorrer do seu trâmite.
Analisando detidamente o caso sob análise, observa-se que a Resolução nº. 023/2007-GP deste Egrégio Tribunal de Justiça, em seu art. 2º, estabelece que a 2ª Vara Cível será denominada “2ª Vara Cível da Capital”, com competência para processar e julgar feitos do cível, comércio, órfãos, interditos e ausentes.
Já o art. 105, inciso I, alínea “a” do Código Judiciário Estadual, dispõe que compete aos Juízes de Direito, como Juiz de Órfãos, Interditos e Ausentes, processar e julgar os inventários e arrolamentos em que foram interessados, por qualquer modo, órfãos menores e interditos.
Fazendo a subsunção da referida legislação ao caso concreto, verifica-se que a herdeira Carla Bastos Silva, à época da propositura da Ação de Inventário, além de ostentar a condição de órfã de mãe, era menor impúbere, fato que definiu a competência “ratione personae” da 2ª Vara Cível da Capital, para processar e julgar o referido feito, não importando a maioridade civil atingida pela herdeira, no curso do processo, para fins de alteração de competência, em razão da “perpetuatio jurisdicionis”, prevista no art. 87 do CPC, senão vejamos: Art. 87- Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta.
São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia.(grifo nosso) A respeito do instituto da “perpetuatio jurisdicionis”, Nelson Nery Junior, assim preleciona: “A norma institui a regra da perpetuação da competência (perpetuatio jurisdicionis), com a finalidade de proteger a parte (autor e réu), no sentido de evitar a mudança do lugar do processo toda vez que houver modificações supervenientes, de fato ou de direito, que pudessem, em tese, alterar a competência.
Estas modificações são irrelevantes para a determinação da competência, que é fixada quando da propositura da ação.
Só incide a regra se o juízo for competente, pois não há estabilização da competência em juízo incompetente.” (Código de Processo Civil Comentado e Legislação Processual Civil Extravagante em vigor. 7ª edição revista e ampliada.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 472) A fim de melhor sedimentar o entendimento ora esposado, colaciono Julgados dos Tribunais Pátrios, vejamos: PROCESSUAL CIVIL - PROCESSO DE CONHECIMENTO - ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS - CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - INVENTÁRIO - MENOR QUE ALCANÇA M0AIORIDADE NO CURSO DA DEMANDA – ALTERAÇÃO NO ESTADO DE FATO DA LIDE - MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA - IMPOSSIBILIDADE – COMPETÊNCIA RELATIVA - APLICAÇÃO DA PERPETUATIO JURISDICTIONIS - CONFLITO PROCEDENTE - COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO.
A alteração do estado de fato da lide - maioridade de herdeiro - não enseja modificação de competência relativa, preservando-se a jurisdição firmada por ocasião do ajuizamento do inventário, em face da perpetuatio jurisdictionis. (TJ-SC - CC: 259518 SC 2007.025951-8, Relator: Monteiro Rocha, Data de Julgamento: 22/11/2007, Segunda Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Conflito de Competência n. , de Blumenau) PROCESSUAL CIVIL CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA INVENTÁRIO MENOR QUE ALCANÇA MAIORIDADE NO CURSO DA DEMANDA ALTERAÇÃO NO ESTADO DE FATO DA LIDE MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA IMPOSSIBILIDADE COMPETÊNCIA RELATIVA APLICAÇÃO DA PERPETUATIO JURISDICTIONIS CONFLITO IMPROCEDENTE COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITANTE.
A alteração do estado de fato da lide maioridade de herdeiro não enseja modificação de competência relativa, preservando-se a jurisdição firmada por ocasião do ajuizamento do inventário, em face da perpetuatio jurisdictionis. (TJPA, Conflito Negativo de Competência nº. 2013.3.010018-6, Rel.
Des.
Leonam Gondim da Cruz Junior, julgado em 02/10/2013) Nesse sentido, resta cristalino a competência da 2ª Vara Cível da Comarca da Capital, definida em razão da condição de uma das herdeiras na época da propositura da ação: órfã de mãe e menor impúbere, sendo irrelevante, para fins de alteração de competência, no presente caso, o fato da herdeira ter atingido a maioridade civil no curso do processo.
Ante o exposto e, na esteira da Douta Procuradoria de Justiça, JULGO IMPROCEDENTE o presente Conflito Negativo de Competência, para declarar competente o Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca da Capital, para processar e julgar o feito.
No mesmo sentido, recentemente se manifestou o preclaro Des.
RICARDO FERREIRA NUNES, no julgamento do conflito de competência nº 0810369- 58.2020.814.0000, publicado em 17.11.2020: “O caso comporta decisão de plano por este relator pela faculdade que me concede o inciso I, do parágrafo único, do artigo 955, do Código de Processo Civil c/c art.133, XXXIV, c[1] do RITJPA .
No caso em apreço, o Juízo suscitante defendeu que a menoridade de forma genérica não é condição suficiente para atrair a competência do Juízo da Vara de Órfãos, Interditos e Ausentes, nos termos do art. 105 da Lei Estadual n.º 5.008/91 (Código Judiciário do Estado do Pará) c/c a Resolução nª 023/2007.
Todavia, a respeito da matéria, o art. 105 do Código Judiciário do Estado do Pará, assim dispõe: “Art. 105.
Como Juiz de Órfãos, Interditos e Ausentes, compete aos Juizes de Direito: I- Processar e Julgar: a) os inventários e arrolamentos em que forem interessados, por qualquer modo, órfãos menores e interditos;” Já a Resolução nº. 23/2007 de lavra da Presidência deste Egrégio, preleciona: “Art. 2º.
O Fórum Cível da Comarca de Belém é integrado por 30 Varas, a partir da renumeração das Varas existentes, na forma dos incisos abaixo: I.
A 1ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "1ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; II.
A 2ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "2ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; III.
A 10ª VARA CÍVEL SERÁ DENOMINADA "3ª VARA CÍVEL DA CAPITAL", COM COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR FEITOS DO CIVEL, COMERCIO, ORFAOS, INTERDITOS E AUSENTES; (...)” (grifei) Conforme se depreende dos dispositivos acima mencionados, e na esteira do parecer da Douta Procuradoria do Ministério Público, tratando-se o presente feito de pedido de ação de inventário envolvendo órfão, outra conclusão não se pode chegar que não seja a de que o Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca da Capital/Pa é o competente para processar e julgar a referida demanda.
A respeito do assunto, a Jurisprudência desta Corte comunga do mesmo entendimento, em caso análogo: “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - TUTELA - MENOR ÓRFÃO EM SITUAÇÃO REGULAR - AFASTADA A COMPETENCIA DA VARA ESPECIALIZADA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE - OBSERVÂNCIA AO DISPOSTO NO ART. 105 DO CÓDIGO JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ BEM COMO NA RESOLUÇÃO Nº 23/2007 DE LAVRA DA PRESIDÊNCIA DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL - COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL - DECISÃO UNÂNIME. 1- Ao Juízo da Infância e Juventude compete solucionar questões que digam respeito à menor em situação jurídica irregular e em risco, o que não ocorre no presente caso. 2-Observância ao pedido de tutela, envolvendo órfã menor, fato que atrai a competência da 3ª Vara Cível da Comarca da Capital/Pa, para processar e julgar o feito.” (2015.03473611-83, 151.060, Rel.
MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2015-09-16, Publicado em 2015-09-18) TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7031/2020 - Terça-feira, 17 de Novembro de 2020 67 (destaquei) “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA AÇÃO DE INVENTÁRIO HERDEIRA ORFÃ QUE ATINGE A MAIORIDADE CIVIL NO CURSO DO PROCESSO IMPOSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA PERPETUATIO JURISDICIONIS CONFLITO DIRIMIDO EM FAVOR DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DECISÃO UNÂNIME. 1- In casu, a alteração do estado de fato da lide maioridade da herdeira - não enseja modificação de competência relativa retione personae, prevalecendo a jurisdição firmada no momento do ajuizamento da Ação de Inventário, em razão do instituto da perpetuatio jurisdicionis. (2014.04470387-23, 128.702, Rel.
MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2014-01- 22, Publicado em 2014-01-24) (destaquei) Ainda seguindo o raciocínio explanado no parecer ministerial, o precedente citado pelo Juízo Suscitante, processo nº 2013.3.019437-9, de relatoria do Des.
Roberto Gonçalves Moura, no qual foi reconhecida a competência da 4ª Vara Cível, considerando que, na ação ajuizada pelo menor, verifica-se que a natureza da ação era de cunho indenizatório, diferentemente do feito em testilha, que cuida de ação de inventário.
Vejam-se: “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.
COMPETÊNCIA ATRIBUÍDA À VARA CÍVEL COM COMPETÊNCIA PRIVATIVA PARA OS FEITOS RELATIVOS À ÓRFÃOS, INTERDITOS E AUSENTES.
RESPONSABILIDADE CIVIL.
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
AÇÃO AJUIZADA POR MENOR REPRESENTADO POR SEU GENITOR. 1.
Não cabe à vara com competência privativa dos feitos relativos a órfãos, interditos e ausentes, julgar e processar as causas em que figure incapaz de forma genérica, tampouco se o infante não é órfão e se encontra representado por seu genitor. 2.
Nas questões em que figure menor em um polo da demanda, não sendo o caso dele se encontrar em risco e seu interesse for meramente patrimonial, não haverá falar em competência privativa da Vara da Infância e Juventude. 3.
Conflito conhecido e provido, declarando-se a competência do juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Belém PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. (TJPA, CC - 2013.3.019437-9.
Relator: Des.
Roberto Gonçalves de Moura.
Julgado: 26/03/2014) Da leitura do julgado, observa-se claramente que o referido feito, diversamente do caso em tela, trata-se de ação indenizatória.
A presente discussão travada nesse momento, diz respeito à inventário no qual se discute interesse de órfão.
Com essas considerações, aliado ao parecer do parquet, com base no artigo 955, § único, I, do CPC c/c art.133, XXXIV, “c” do RITJPA, julgo monocraticamente o presente conflito de competência para, com fundamento no art. 105, I, alínea ‘‘a’’, do Código Judiciário do Estado do Pará, declarar competente para julgar a ação o Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Capital.
Comunique-se essa decisão aos juízos em conflito.
Belém, 12 de novembro de 2020” Face o exposto, DECLINO DA COMPETÊNCIA deste juízo para prosseguir e julgar a presente ação, e DETERMINO a remessa destes autos a Central de Distribuição, para redistribuição do feito para uma vara de órfãos, interditos e ausentes, conforme indicado no art. 2º da Resolução nº023/2007, promovendo-se a devida baixa na distribuição.
Publique-se.
Registre-se.
Intime-se.
Cumpra-se.
Belém, 17 de junho de 2021.
FÁBIO ARAÚJO MARÇAL Juiz Auxiliar de 3ª Entrância -
17/06/2021 11:33
Expedição de Outros documentos.
-
17/06/2021 11:33
Declarada incompetência
-
14/06/2021 15:26
Conclusos para decisão
-
14/06/2021 15:26
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
19/08/2021
Ultima Atualização
18/05/2022
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
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